Assunção Cristas, "já tamos habituados"

Há dois ou três dias atrás, Assunção Cristas disse uma enormidade, mais uma, das muitas em que é fértil. Infelizmente!

Pois o que disse a senhora, de visita a um qualquer lugarejo desta nossa terra, sintetiza-se assim: que o essencial, o que mais enche de preocupação a sua cabeça, o mais importante do momento que ora se vive no combate político, é o afastamento, a queda de António Costa...

Que vazio, que deserto, que aridez ideológica a desta personagem da nossa cena política. Não, não é o salário mínimo de milhões de Portugueses, não é a saúde e a guerrilha instalada com greves anunciadas de enfermeiros, não é a educação onde faltam professores, auxiliares e livros, não são os comboios e a CP, enfim, o que a preocupa é o afastamento do Costa. Cabeça pequenina...

Assunção, assumiu-se!

Assunção Cristas é agora o "elo mais forte" daquilo que resta do CDS-PP. Se Paulo Portas bate com a porta com muita coisa por explicar, vulgo submarinos e outros contos de fadas, não se me afigura que a agora eleita seja capaz de "levar a carta a Garcia".

Depois do exercício ministeriável no governo anterior, que não deixou ninguém com vontade de lhe tecer elogios, ei-la de novo na crista (salvo seja!) da onda, a baralhar e a querer dar de novo. Só que de uma pretensa Bisca de Espadas, que tudo joga, que tanto ambiciona, é de esperar que a ânsia na ganância a possa queimar e, se tal acontecer, talvez saia de cena reduzida a não mais que uma vulgar Dama de Paus, queimada e chamuscada q.b. para gáudio de muito boa gente ...