05 outubro, 2022

César Mourão, a lição...

Aconteceu mais uma daquelas noites televisivas em que tudo o que mais apetece é, mudar de canal...

Tudo engalanado, tudo vestido a preceito, ou talvez não, vestidos eles e elas por costureiros afamados, aclamados, mas..., o resultado final é aquela bizarria, aquela feira de vaidades,  e a constatação que o mau gosto, ou a falta de imaginação, campeia a rodos.

Globos de Ouro da SIC. Pouco haveria para contar, não fosse o triste episódio criado pelo elemento feminino da dupla de apresentadores constituido por Bárbara Guimarães e César Mourão que apareceram em palco para anunciar o vencedor de uma das categorias a concurso.

Quando a dupla entra, após ter sido anunciada pela voz off do espectáculo, eis que Bárbara Guimarães dá dois sacões bruscos a César Mourão, no curto trajecto que vai desde a cortina dos bastidores até â minibancada onde está instalado o microfone. Foi do género "o menino vá devagar, senão zango-me..." Bárbara queria entrar em palco em "souplesse", em passo lento, estudado, grácil para poder mostrar a racha do vestido coxa acima, numa de "aqui a artista, a protagonista sou eu!...".

Puro engano! César Mourão desmontou toda a estrutura anímica arquitectada pela senhora, e durante 5-6 minutos em que ambos estiveram na boca de cena, ele reduziu toda a soberba, toda a sobranceria, todo o maneirismo balôfo e artificial dela, reduziu, dizíamos, tudo isso a pó! Mas, fê-lo de forma assertiva, irónica, caustica e impiedosa. Foi pura e simplesmente demolidor, desconstruiu-a toda. Numa noite de futilidades, uma lição de vida, o ponto alto da noite!

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