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15 outubro, 2024

Ventura sem arte nem engenho

Por terras cá do burgo, lá vamos andando com a novela que os senhores da política nos vão enfiando pela goela abaixo.

Montenegro diz que o outro é mentiroso. O outro afirma a pés juntos, que o mentiroso é Montenegro. Palavra daqui, frase dali, lucubrações dacolá, tem havido nos media nacionais as mais díspares interpretações para a verborreia dum e os silêncios do outro.

O outro afirmou - o que foi grave - que Montenegro é mentiroso e que, se preciso for, tem provas do que afirma tão categoricamente... Tem provas? Mas, que raio de provas? Será que esse cavalheiro a ter ido reunir com Luís Montenegro, levou no bolso do casaco um gravador? Ou terá sido uma micro câmara na lapela, à guisa de alfinete? Se forem deste jaez as provas de que fala, é imperioso que alguém lhe diga abertamente, que tais procedimentos sem consentimento do visado, são comportamentos que configuram uma atitude ilícita, logo, passível de sanções.

Enfim, com o OGE no olho do furacão, este cavalheiro não tem nada de mais útil para fazer do que lançar toda esta atoarda para cima da mesa, mesa onde se baralha e volta a baralhar no sentido de se saber quem, afinal, é que vai dar...

22 dezembro, 2020

Alterações climáticas - Tratantes!

Os Bolsonaros, os Venturas, os Putins, os Maduros, os Trumps, as Le Pens têm todos algo em comum: São todos algo loucos, adoidados, são todos autoritarões, são todos prepotentes, são todos demagogos, e bebem todos na mesma fonte e do mesmo cangaço; eleitores com pouca ou nenhuma literacia, eleitores pobres/na miséria e com pouco poder económico, eleitores pouco bafejados pela vida, eleitores mal tratados pelos seus semelhantes, eleitores desviados de um destino melhor, roubados no mais básico, algemados nos seus direitos, espoliados, sugados, chupados até ao tutano, enfim, vivem da desgraça alheia e dos desgraçados da vida!...

Isso leva a que milhões destes seres que não pediram para nascer e, muito menos, para penar as passas do Algarve no lodo miserável do quotidiano em que vivem atolados, se sintam eternamente rejeitados, humilhados, espezinhados e, como tal, descrentes nos políticos, descrentes de quem manda e como manda, descrentes nos responsáveis da miséria das suas vidas. Já nada os faz acreditar num amanhã melhor senão o arrojo, a lata destes novos arautos da verdade, das palavras insufladas destes falsos pagadores de promessas. E, vai daí, quando surgem eleições, tudo o que esta gente quer é mudança, qualquer que ela seja.

Infelizmente, quando lá chegam acima à cupula, ao poder, levados pela cegueira iletrada destes destratados da vida, tornam-se autoritários, prepotentes, enganadores e detonam tudo o que puderem à sua volta, não deixando hipóteses aos que ficam e aos que hão-de vir, pois o mundo com eles ao leme, vai~se tornando a cada dia que passa, numa "coisa pior". A cegueira destes chefões de pacotilha não deixa muita margem para se recuperar dos retrocessos verificados com as alterações climáticas, com as crises sociais, com o dilema da pobreza extrema, com o horror da espoliação dos direitos mais elementares, enfim, com a desgraceira a que vamos assistindo... Infelizmente!