23 abril, 2011

Florestas e Vidas

Em tempos de vacas magras, o responsável do governo pelo sector, anunciou a redução dos meios aéreos para a próxima época estival, aquela que vem sendo, infelizmente, a mais propícia ao aparecimento de fogos florestais de grandes dimensões. Já se sabe que os recursos são parcos, que há que poupar, que nada se pode esbanjar, mas quando falamos de fogos, de grandes fogos, daqueles que por vezes são incontroláveis e põem em risco a vida das pessoas e dos seus bens, parece perigosa esta postura. Poupe-se em tudo, menos na salvação de vidas humanas, para que não mais se lamentem as mortes de bombeiros como tem acontecido em anos idos.

FMI e "Pontes"

Os camaradas da governação já estão numa de campanha eleitoral. Tanta tolerância de ponto cheira logo a esturro. É como a do pobre: "quando  a esmola é grande, .... desconfia!"

O descalabro, o despudor, a falta de vergonha é tal, que nem se lembraram que as gentes do FMI estão por cá, a "trabalhar" para nós, a fazer o "nosso trabalhinho de casa". E que este trabalho se tem desenvolvido no Ministério das Finanças, poiso habitual desde que por cá chegaram.

Ponte é ponte, e sendo nós um país onde o turismo é a principal fonte de receita, se fecha na Quinta à tarde, fecha também na Sexta. Mas, os cavalheiros dos organismos internacionais trabalharam na mesma. A pergunta que se põe é onde? Terá sido numa esplanada, talvez numa tasquinha, ou, quiçá na zona das Docas com vista para o Tejo...

"Portugueses" burros...

Os Homens do "FMI" estão aí, cirandam por estas bandas, cheiram o bolor bafiento das contas públicas, metem o nariz em tudo para aquilatar do real buraco feito por quem nos (des)governa.

Mas, há que lhes reconhecer uma postura séria, nada arrogante, nada vaidosa, nada petulante. São gente comum, como nós, como você aí e eu aqui. São gente que, embora transportados em carros, ditos oficiais, não levam batedores da polícia a afastar a populaça, a fazer 'tironi' para armar ao não sei quê, que quando chegam ao destino não ficam dentro do carro, cheios de pompa e falsas vaidades, esperando que o motorista lhes abra e feche a porta do carro. Não, são simplesmente pessoas de carne e osso, vulgares mortais, de passagem por Portugal e pela vida também.

Aqui há uns tempos atrás, viu-se em televisão a chegada a Tribunal do ex.Presidente da República dr. Jorge Sampaio, para prestar declarações num daqueles processos em que a nossa justiça é fértil. Chovia. Sampaio de chapéuzinho ridículo e gabardina, caminhava apressado frente às câmaras de televisão, tentando fugir às perguntas dos repórteres e à chuva que caía. Atrás dele, com um guarda chuva agigantado na mão, um homenzarrão do tipo cão-de-fila abrigava o dr. Sampaio. Em nome de quê, por alma de quem e pago por quem, é que o cidadão Jorge Sampaio ainda goza da prestação de serviços feita por lacaios deste género?