01 março, 2025

Dois galos e um poleiro...

Donald Trump por um lado e Elon Musk pelo outro, são dois galináceos da mesma estirpe capazes de desatarem à bicada um a outro, quando menos se esperar.

Ambos são multimilionários. Ambos são prepotentes. Ambos são narcisistas extremados. Ambos são donos de uma desmedida ambição. Ambos são doentes, pelo menos, daquelas cabeças desengonçadas, que ora gesticulam sem nexo, ora ensaiam passos de dança que dizem muito das suas dificuldades psicomotoras.

Enfim, um dia destes vão chocar de frente. Vão bater estrepitosamente com aquilo que os rinocerontes ostentam no parietal das suas cabeçorras. Pode ser que, nessa altura, rebentem com todos os cristais que ainda houver na sala...

Trump, a desgraça do costume!!!

A 28 de Fevereiro de 2025, o Mundo assistiu em directo, via televisões de todo o Planeta, ao mais miserável acto no que concerne à política e à diplomacia entre Estados independentes e soberanos, através dos seus mais altos representantes. Falamos de Donald Trump e Volodymyr Zelensky que se reuniram na Sala Oval da Casa Branca, em representação dos Estados Unidos e da Ucrânia, respectivamente.

Zelensky dirigiu-se a Washington incentivado por Trump a fim de assinar um acordo de cedência de terras raras e dos 17 minérios nelas contidos, por troca de material militar que lhe permita continuar a defender-se da agressão e invasão do assaltante Russo, Vladimir Putin.

Na antecâmara das conversações, alguns minutos abertos à imprensa escrita e televisiva dos quatro cantos do mundo. Após dois a três minutos de minudências, eis que J.D.Vance, vice de Trump, inicia um ataque cerrado e feroz a Zelensky, eivado de falta de educação, agressividade verbal e alguns dixotes nada eloquentes...

Estava lançado o mote para que a "criança que parou no tempo", para que o velho senil, rabugento, mal criado, prepotente e ditatorial lançasse as suas malignidades todas em catadupa sobre o Presidente Ucraniano, humilhando-o, reduzindo-o à mais ínfima condição de convidado na sala, que de um momento para o outro, pode ser expulso dali sob uma vaia de impropérios... Foi mau demais! Foi o nunca visto! Foi um momento decrépito, foi demasiado rasteiro, foi à moda de Trump!...

No meio de toda aquela verborreia estapafúrdia de Trump e do seu seguidor amestrado, nada condizente com o protocolo daquilo que são relações internacionais e diplomáticas entre Países, fica, ainda assim intocável, a imagem de Zelensky que aguentou com a dignidade possível, o que jamais se imaginou pudesse acontecer.