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24 junho, 2020

Quantos passos atrás?...

É verdade que o País precisa de recuperar a sua economia, necessita de recuperar riqueza para dessa forma, poder ajudar todos aqueles que se encontram em situações absolutamente desesperadas. É verdade que a indústria, o comércio, os serviços, nomeadamente o turismo, carecem de regressar à "vida" para reequilibrarem os seus orçamentos... É a máquina da economia a falar mais alto que a malvada pandemia que atenta contra a saúde e a vida de tantos de nós. Pois é, até entendemos que tenha que ser feito, mas, teme-se que esteja a ser feito de forma pouco cuidada, pouco pensada, pouco amadurecida.

Depois dos banhos de mar do Presidente, dos incentivos do Primeiro Ministro para que não esqueçamos as férias, depois dos espectáculos do Campo Pequeno e da Casa da Música, como se pode exigir dos Portugueses responsabilidade social, equilíbrio comportamental?

E, eis que Lisboa e Vale do Tejo explodem em termos de casos de contágio diários. A malta jovem reúne-se às centenas, quando não, aos milhares...

Entretanto, reabriram centros comerciais, cinemas e teatros. Transportes públicos a 2/3 é uma utopia; já vi autocarros a abarrotar de gente. Já vi carruagens de comboio pejadas de gente...

Aqui d'El Rei, a abertura foi demasiada. O desconfinamento, afinal, não devia ter sido tão precipitado, não devia ter acontecido tão abruptamente. Agora, tocam os sinos a rebate e há que dar um - vamos ver se chega - passo atrás. E..., olhamos em frente, e temos receio! Vêm as férias da Escola, vêm os turistas ingleses, brasileiros e quejandos em bandos desordenados e descontraídos. E, hão-de vir as gentes dos futebóis..., hão-de vir os emigrantes...

Até quando vamos viver este pesadelo? E, quem manda, quem coordena os nossos destinos, oxalá saiba tomar as medidas mais adequadas, mais assizadas para bem do nosso destino colectivo!



17 junho, 2020

Champions em Lisboa?!...


De acordo com a notícia constante no 'link' acima, os Alemães proibiram até finais de Outubro quaisquer ajuntamentos de pessoas...
Estarão certos ou errados? O futuro próximo o dirá!, mas...

Ao invés, Portugal acaba de anunciar com pompa e circunstância que os quartos de final, as meias finais e a final da "Champions League", se realizará em Lisboa em finais do mês de Agosto... Mas, Lisboa está debaixo de uma escalada infernal de infectados com Covid-19 e vai daí orgulham-se os poderes públicos de ter conseguido para o País uma façanha irrepetível que fará história...
Está tudo meio louco, ou quê? Às vezes, penso que esta malta acha que o vírus também foi de férias; ou será que "copiando" Trump entendem que com uma qualquer sopradela o "bicho" se afasta, vai para lá bem longe, deixando-nos em paz? Aguardem! Lá para Outubro/Novembro voltamos à conversa. Oxalá eu estivesse enganado!...

10 maio, 2020

E se fôr cêdo demais?

Por cá, intenta-se uma reabertura, um retorno lento e parcimonioso às lides, às saídas e entradas de nós todos num mundo que já não é mais o mesmo. Acha-se que nem que caiam mais uns quantos, isso será o preço a pagar por um "regresso" ao que quer que seja que isso possa ser...

Vamos reabrir escolas (11º. e 12º.anos) e creches, vai regressar o futebol, vão reabrir restaurantes, vamos ter museus e salas de espectáculo de volta(?); o pequeno comércio, a loja de rua já aí estão.
Já a seguir, virão as praias e a sua utilização limitada e vigiada, para em simultâneo termos a hotelaria, a restauração, os bares e os aeroportos inundados por turistas aos milhares vindos, só Deus saberá de onde. É o preço a pagar!

A economia, a queda brutal do PIB, o desemprego, o "lay off", a perda de rendimentos e a fome estão todos interligados numa cadeia sem fim rumo a um poço sem fundo. Sabemos todos que há que retornar, há que, paulatinamente, regressar a níveis de produção que possam reequilibrar as contas públicas... Mas, a abertura de aeroportos e a inundação de estrangeiros vindos de países, onde o nível pandémico está bem mais à frente que o nosso, não será um convite à desgraça? E, se piorarmos a nossa situação face ao que já conseguimos até hoje, será que as contas entre o Deve/Haver, isto é, o que a turistada cá deixar, vai chegar para compensar os milhões que se hão-de gastar no nosso Serviço Nacional de Saúde? Quanto aos que vierem a "desaparecer", se se concretizar este presságio, nem vale a pena falar: não serão tidos em conta!