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12 maio, 2019

Assim, vamos andando...

Desde há uns tempos que "desapareci" deste espaço...
Em boa verdade, têm acontecido tantos e tantos episódios na vida social, judicial e política deste País, que me tenho sentido um pouco cilindrado, como que algo prensado contra uma qualquer parede, por esta sucessão de acontecimentos que não param de me surpreender, de me aturdir, de me espantar...

Os motoristas de materiais perigosos quase pararam este País. Os professores viram uma discussão, na especialidade, gerar consensos entre quatro partidos, mas tal consenso esboroou-se em 48 horas, dando cada um deles (partidos) o dito por não dito!... António Costa, aquando do início daquele processo, veio a terreiro fazer ameaças, lançar ultimato; à sua maneira, veio manobrar politicamente a opinião pública e a oposição. Ganhou! Todos os outros saíram de gatas e de mansinho como quem não quer a coisa...

Uma vida, a de um homem de 49 anos, casado e pai de dois filhos em idade escolar, perdeu-se nos incêndios de Outubro de 2017, a par com tantas outras que, de igual forma, se perderam. Este homem trabalhava heroicamente por entre as labaredas que lhe comeram a vida, manobrando uma máquina de rasto.

A sua viúva e os seus filhos julgavam ter direito a uma indemnização por parte do Estado Português que, embora não lhe trazendo de volta o ente querido desaparecido, permitiria, pelo menos, dar continuidade à vida e aos estudos dos jovens para alicerçarem um futuro melhor... Puro engano! O tal Estado recusou a compensação, com base na alegação de que a 7 de Outubro, o tal incêndio descomunal que roubou vidas a esmo, já não se enquadrava na "época oficial de incêndios"... Mais: o tal Estado ousou sugerir que a viúva, caso discorde, recorra para os Tribunais...

Incrível, inacreditável, inaudito, miserável de mais para poder ser aceite como argumento para o que quer que seja!