Deputada Isabel Guerreiro...

... Não merece o nosso dinheiro!

Como Deputada, o seu vencimento pelo trabalho na Assembleia da República é pago com o dinheiro dos impostos de todos nós, os Portugueses.

Uma vez que a senhora em questão, de raiz Socialista e pertencente à bancada do Governo, defendeu que a interpelação feita por um seu confrade membro da Iniciativa Liberal, à sua colega, a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa fosse literal, e, sumáriamente, apagada dos registos audio, bem como da acta correspondente à dita Audição da Comissão de Inquérito da Assembleia da República, fica obvio que a sua manutenção no lugar, a continuar, será mais um escândalo a somar aos muitos outros que o Governo vem somando. 

Há aqui, da parte desta senhora um qualquer distúrbio censório, que não lhe deve conferir o direito de continuar a exercer a função na Casa da Democracia, na Assembleia da República.

Quanto ao que espoletou toda esta situação lamentável, ressalve-se que a Ministra Ana Abrunhosa tem nas competências que lhe estão distribuidas a gestão e distribuíção de fundos comunitários. Ora, acontece que o marido da senhora Ministra candidatou-se e conseguiu obter 133.000 Euros para uma empresa de sua pertença maioritária. 

Parece que não é ilegal, parece que é possível, mas que não é bonito, lá isso não é! Falta decôro, falta decência, falta ética, há um nítido conflito de interesses. Se a Lei permite tais deslumbramentos aos familiares de políticos, então senhor Legislador, seja lá ele quem fôr, há que acabar com este obscurantismo legal e fazer o que tem que ser feito!

Vão implodir-se!...

Agora, mais a frio, depois de todo aquele abalo politico-sísmico em que na passada Sexta Feira, o Ministro Pedro Nuno Santos decidiu arremessar aquela bazófia quezilenta que só serviu para lançar areia na engrenagem do Governo, fazem-se contas à vida, que é como quem diz, avaliam-se as consequências de tamanha atoarda.

Pedro Nuno Santos quis testar a sua margem de manobra e de apoio dentro do PS?

O mesmo sujeito quis saber se António Costa tinha coragem para o demitir "tout court" e ponto final?

E Costa, como sai daquele imbróglio passando a mão pelo pêlo do seu correlegionário?

E o Ministro que vem a público com postura de menino arrependido, como que a dizer: desculpa lá pá!

A fotografia de todo este triste episódio é uma calamidade que ficará para a posteridade. Ninguém fica bem no enquadramento. O Ministro, agarrado ao poleiro, temeu perder influência. O Chefe do homem, numa de humanista de pacotilha desculpa e afirma que o seu discípulo já mostrou arrependimento, e como tal, há que seguir em frente...

Volto a repetir para que não restem quaisquer dúvidas: não tenho nenhuma simpatia partidária por quem quer que seja que esteja no expectro político, mas tenho que recordar esse vulto que foi o já desaparecido Jorge Coelho, que afirmava, tendo-se demitido logo após, que "a culpa não pode morrer solteira". É verdade! Para um Homem as atitudes, as posturas têm que ter consequências. Quando tal não acontece?...