02 setembro, 2015

Ajudar, é preciso, mas...

Continua o êxodo dos naturais da Síria, em cujo território se combate ferozmente em clima de guerra aberta, entre os apoiantes e opositores de Bashar El Assad. Já são cerca de 2 milhões os Sírios que se encontram no território da vizinha Turquia, criando problemas de grande monta quanto ao apoio e logística necessários ao acolhimento de um tão significativo número de refugiados. Vindos por terra ou por mar, onde arriscam  a vida a cada passo, eis que aportam às ilhas Gregas, ou a portos Italianos em número de muitos milhares, almejando entrar na Alemanha ou no Reino Unido. O ainda líder Sírio é responsável pela morte e desaparecimento de centenas de milhar dos do seu povo e por este movimento de debandada geral que está a provocar o caos em toda a Europa.

Esta mesma Europa mobiliza-se e um pouco por todos os seus quatro cantos - até nós vamos receber cerca de 20 Sírios e alojá-los no Município de Penela -, encara-se o problema como uma hecatombe humanitária a que urge deitar a mão. Mas, não nos deixemos enganar: os que chegam são de cultura e religião diferente daqueles que os vierem a albergar. E, se é verdade que em nome do Cristianismo já se cometeram muitas atrocidades, também não pode ser negado que os que chegam professam o Islamismo e que este, por exemplo, não permite que as mulheres se sentem ao lado dos homens, ou, pior ainda, que o mesmo credo religioso, prevê o apedrejamento até à morte, de uma mulher que tenha cometido adultério.

A recepção, o acomodamento, a escolaridade, os cuidados sanitários, o encaminhamento rumo a um qualquer amanhã melhor, vai abrir ainda mais chagas junto de tantos que cá estão e que se encontram de chagas abertas... O futuro apresenta-se com côres embaciadas, pouco luzidias, e... é preocupante!