25 setembro, 2020

PM de marcha à ré

"Se tivermos que dar um passo atrás, daremos..."; "...Voltar a fechar a economia do País, voltar a uma situação de confinamento, o País não aguenta..., e, "está na altura de imaginarmos as reuniões de família por alturas do Natal..."

Afirmações, mais letra menos letra, do Primeiro Ministro António Costa espaçadas por escassos três meses. Contraditórias? Pois claro, à sua moda, aliás, da forma e conteúdo a que desde sempre nos habituou. Ou, não tivesse ele chegado ao Poder daquela forma rocambolesca e rebuscada que todos conhecemos.

Verdade, verdadinha, é que o Homem até esteve à altura dos acontecimentos nos primeiros 2-3 meses da pandemia. Daí para cá, seja por cansaço, seja por falta de "braço direito", seja por litigâncias internas dentro da máquina partidária, seja por compadrios putrefactos que lhe minaram a auto-estima, o Homem tem vindo a descambar e a acumular uma data de erros de mero principiante, nada em consonância com a mestria política que todos lhe reconhecem, como a arte de tornar o branco em preto, ou de transformar um "puro sangue" num mero asno quadrúpede.

É bom que se recupere e se aguente "nas canetas" para bem de todos os Portugueses!

E o Inverno aí à porta...

É irremediável. É impossivel. Por muito que pareça que estamos sempre a bater na mesma tecla, não há como fugir, como escapar a esta maldita sina de ter que cohabitar com a doença, com a inconsciência de alguns, com a teimosia de uns tantos e com a incompetência de alguns mais.

Em Lisboa e Porto, as filas para os transportes públicos são de dezenas de metros. Os autocarros quando chegam, ou não páram por irem já sobrelotados ou, se o fazem enchem rapidamente. Cenário idêntico nas estações de Metro.

Gente, muita gente agrupada, encostados uns nos outros, como nas escolas, nas universidades, nos centros de saúde...

Proclama a DGS que ""desde que cumpramos as regras básicas, como o distanciamento, a lavagem de mãos, a etiqueta respiratoria..., tudo estará, mais ou menos, controlado..." Mas, que controlo se não é possível fazê-lo por falta de mais transportes, por falta de salas de aula e do desdobramento de turmas, por falta de mais centros de saúde que possam albergar todos, sem que houvesse necessidade de as pessoas, à falta de espaço, virem aguardar a sua consulta no passeio da rua...

Que distantes estão todos aqueles que falam de palanque, da realidade nua e crua que, todos os dias, se vive na rua!