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05 outubro, 2024

Professor - Dia Mundial

Celebra-se hoje o Dia Mundial do Professor.

Não-obstante, houve hoje mesmo concentrações de Professores que continuam a manifestar o seu descontentamento pela forma como o Sistema Educativo deste País os trata.

Profissão desvalorizada, carreira docente, embora haja promessas, continua por descongelar para muitos, ainda. Falta respeito e consideração por aqueles que têm como missão ensinar os nossos filhos e, como tal, trabalham para que se consiga um País melhor. A nível remuneratório, a profissão está longe e ser apelativa. As deslocações, por vezes na casa dos 100 kms diários são um óbice a que se consiga chamar para aquela área do saber novos profissionais. As casas e o valor exorbitante das suas rendas, quando a deslocação obriga a que o profissional fique fora da sua área de residência, também torna impossível a aceitação de cargos nessas áreas geográficas. Enfim, uma pleiâde de argumentos e contra argumentos que tornam o exercício desta função bem difícil de desempenhar.

A juntar a tudo o que acima ficou explicitado, há ainda um excesso de burocracia que todo o docente é chamado a desempenhar, o que torna as suas funções um verdadeiro calvário, pelo preenchimento das mais diversas grelhas, que nada têm a ver com aquilo que deveria ser a função primacial e primordial: Transmitir saber, ensinar, tornar melhores, mais cultos, mais nobres e sensíveis aqueles que serão os alicerces da Nação: os adultos do amanhã...

Há ainda um longo caminho a percorrer, se é que alguma vez, conseguiremos atingir tal meta. De qualquer forma, não podíamos deixar passar em claro este dia, sem que ao mesmo fizéssemos esta pequena alusão.

31 agosto, 2024

Educação - sempre em queda...

Neste mesmo espaço, a 20 de Novembro de 2007, escrevi um texto em que fiz uma citação de um profissional da Educação, Professor à época, sob o título 

"Desenganemo-nos, é mesmo assim!..."

Nele, deambulei pela temática da Educação e do que precisávamos fazer com cariz de urgência, para evitar males maiores num futuro não muito distante daquele tempo.

Por mero acaso, reli há pouco uma vez mais, tal texto e fiquei estupefacto com as constatações que fiz.

Nada se alterou! Tudo continua como dantes, com tendência para piorar a cada dia que passa. Quem devia ter actuado, a Tutela, o Ministério da Educação, os Pais, os Encarregados de Educação, ninguém, repito, ninguém mexeu uma palha, e o cenário que se verificava há 17 anos atrás, continua tão imutável como sempre tem estado. Estamos como que adormecidos. Estamos em hibernação. Estamos absolutamente ausentes da realidade. Estamos, como sempre temos estado: inertes, infelizes, descontentes, inoperantes, intolerantes, num beco sem saída, enfim, estamos sem chão, sem eira nem beira, à mercê da sorte, que não de uma estratégia pensada, concertada, focalizada num determinado objectivo.

Pasmo quando leio e releio o que ficou escrito há 17 longos anos atrás. Pasmo e assusto-me deveras com o futuro imediato baseado no acaso, nas mãos do qual ficamos à mercê de continuarmos a ser bafejados por meros golpes de sorte. Se, por acaso, nos encontrarmos com o azar, paciência, não passou disso mesmo: ninguém fez nada, toda a gente assobiou para o lado, em suma: tivemos azar!!!

Numa notícia de hoje mesmo, anuncia-se que 24 Países Europeus estão com falta de Professores. Pudera, quem quer ser mal pago? Quem quer ser insultado em sala de aula, todos os dias da sua vida? Quem quer ser menosprezado por quem deveria tratá-los com respeito? Quem aceita para além de todas as vicissitudes mencionadas antes, ter que pagar para trabalhar? Quem aceita lidar com Pais/Encarregados de Educação que acham que o Professor, mais não é que uma espécie de "bábá" dos seus filhos?

Estamos a caír pela escada abaixo, no que concerne à degradação do nosso edifício escolar. E estamos a fazê-lo sem consciência plena do fosso, do abismo que estamos a criar, entre o aceitável e o desprezível, entre o admissível e o impossível, entre o caminho da verdade e a vereda da impunidade. Já perdemos tempo demais. Abramos os olhos e actuemos duma vez por todas!

17 agosto, 2024

Evolução em retrocesso?!...

O Mundo pula e avança, como diz a canção, em suposta evolução mas que não passa da mais pura regressão... ou seja, parece que civilizacionalmente falando, deveríamos estar bem mais à frente do que, por exemplo, há cinquenta anos atrás, mas, em boa verdade, não é tão linear assim fazer uma tal afirmação.

Hoje, a noção de liberdade no sentido lato da palavra, tende a confundir-se com o "eu posso tudo, não aceito um não por resposta, estou-me borrifando para as regras e a disciplina, e para o meu semelhante também!" Ora, esta forma de ser e estar na vida tem tudo a ver com aquilo que denominamos por "libertinagem", que é a total ausência da mais elementar regra de educação e de respeito para consigo próprio e para com todos os outros, em  particular.

As duas últimas gerações - gente com 40/45 anos e seus filhos de 15/20 anos - chegaram a esta vida e, na sua grande maioria, não tiveram as mais elementares regras de educação, formação cívica e ética, para só me ficar por estes três conceitos absolutamente basilares na estruturação da personalidade, da força anímica e introspectiva capaz de lançar para a vida seres mais respeitadores, mais sensíveis, mais fortes e  resilientes, capazes de elaborarem uma malha humana bem mais disposta a ouvir, a aprender, a comunicar e a desenvolver as capacidades recebidas.

Os Pais e avós do ontem próximo e do hoje, tendem a permitir ao menino e à menina tudo aquilo que lhes der na gana. Mal chegam à vida já gritam com tudo e todos - Pais incluídos -, esperneiam, vociferam e ai daquele que ouse pensar que o menino merecia uma reprimenda, merecia que lhe fosse dito NÃO, agora não! Isso nem pensar, era o que faltava, ao meu menino!...

Crescem rebeldes, sem regras, sem disciplina, sem a tal reprimenda, sem o "castigo" que tantas vezes se impunha e que poderia passar pela simples privação do uso do telemóvel e computador. Na maioria dos casos, não seria necessário muito mais que isto. Mas não, deixa-se andar que isso de educar dá trabalho, tira tempo nas redes sociais, para além de que educar é função da Escola, não é verdade? Resultado, os meninos crescem nesta panaceia de que a impunidade campeia e como tal, um dia destes, estão metidos em altas trapalhadas com tiros e naifadas em ajustes de contas entre grupos rivais a que, entretanto, aderiram sem que o Pai e Mãe de tal se tenham apercebido. Crescem desordenados, desorientados, e sujeitos a caír num ápice, nas malhas do mundo negro da criminalidade.

A culpa, essa é de nós todos enquanto Sociedade que deveria ser mais actuante, mas que, infelizmente, não passa de "uma coisa do deixa andar, enquanto não me tocar". Deveríamos ser mais interventivos, os  políticos, eleitos por nós, deveriam ser mais exigentes na feitura de Leis, a nossa Justiça deveria ter meios para ser mais acutilante e rápida na punição, a nossa Polícia precisava de ter mais recursos para se tornar mais interventiva e persecutória destes devaneios paternais.

Enquanto, tal não acontece, é vermo-nos a caír constante e incessantemente pela ladeira abaixo rumo ao abismo, donde se não vislumbra nem uma réstea de luz para emendar a tragédia do rumo que levamos.







 

28 junho, 2024

Educação: vão esgotar os Professores!

Temos um novo Ministro da Educação!

Fernando Alexandre, este é o seu nome, é um homem bem diferente, para melhor, de todos os seus antecessores dos últimos vinte a vinte e cinco anos, quer tenham sido homens, ou mulheres. Propôs-se "corrigir" paulatinamente, os erros acumulados durante anos a fio pelos tais antecessores de pouca, ou nenhuma valia. Pelo menos, tem ouvido, tem recebido os seus interlocutores, o que por si só, já é digno dos maiores encómios.

Subsiste no entanto, porém, a carência de Professores, pois como é sabido, Professores não se compram no hipermercado, nem se concretizam da noite para o dia, por um qualquer ajuste directo. Há que "os fazer", há que os preparar condignamente, há que incentivar os mais novos a entrar na carreira, mas para isso, há que tornar a tal carreira mais atractiva, quer monetária, quer socialmente.

Ora, tendo por fundo a máxima acima mencionada, fácil é notar esta gritante falta de Professores. O Governo, pela mão do seu Ministro que tutela a área da Educação, prepara-se para combater com unhas e dentes esta recorrente carência de tais profissionais no início de cada ano lectivo. E, para tal, "escuta-se", ou presume-se que possa vir a alterar as regras do jogo. 

Escutou-se que possa estar na cabeça do Sr. Ministro minorar a falta de professores, atribuindo-lhes mais horas lectivas, em cima daquelas que até aqui, sempre foram consideradas as legalmente atribuíveis - e suportáveis! - de um qualquer horário completo: isto é, 22 horas lectivas! Se a estas, podem corresponder entre 8 e 9 turmas, e se cada turma tiver, 22-24 alunos, fácil é verificar que um Professor com um horário deste quilate (completo) tem entre 190 a 200 alunos... Quantas aulas para preparar? Quantos testes escritos para elaborar? Quantos testes escritos para corrigir? Quantos testes auditivos (listening, no caso das línguas) para avaliar? Quantos testes diferenciados para inventar, tendo em vista, alunos diferentes, com diferentes capacidades intelectuais e motoras, os denominados alunos com necessidades educativas especiais? E quanta indisciplina para suportar, para participar por escrito, quantas reuniões com encarregados de educação para minorar estragos e quantas partipações à CPCJ para elaborar, nos casos ditos mais bicudos?...

Se a tudo o que acima ficou exposto, o Governo vier a autorizar que as Direções Escolares possam atribuír a um qualquer Professor contratado mais 5 ou 10 horas lectivas, isto poderá significar não um horário completo, mas sim um horário e meio. Vamos reduzir,  com tal medida, ao número de alunos sem Professor no arranque  do ano lectivo?... Se calhar vamos, mas, a que preço, com que custos emocionais, sociais e de saúde para os profissionais da Educação? Será que quem tiver um horário completo numa Reserva de Recrutamento, ao apresentar-se na Escola onde foi colocado com 22 horas lectivas, se o respectivo Director lhe comunicar que o seu horário está acrescido de mais entre 5 a 10 horas, isto equivalerá a ter entre 55 a 100 alunos mais a acrescentar aos tais 190/200 de que falamos acima. E, será que alguém que tenha cerca de 290-300 alunos para leccionar, tem vida própria, tem direito a dormir, tem direito a ter um fim de semana como os outros, será que tem direito a ter Família, será que tem direito a ter filhos e poder olhar por eles, será que tem direito a vê-los crescer??? A vida não pode ser só trabalho e mais trabalho. Então e os que nos rodeiam, os que amamos, os que estão à nossa volta, não há sequer tempo para um olhar, um afago, um diálogo, por curto que seja?...

Se este fôr o caminho, será a exaustão, o esgotamento, será a doença, o aniquilamento puro e simples de quem lecciona por vocação, por amor e dedicação, mas que, não aguentará muito tempo no activo se vierem a impor-lhes este ritmo infernal. Vêm aí muitas baixas por doença, vêm aí Professores exauridos intelectual e psiquicamente, com as devidas consequências. Se este fôr o caminho para emendar os erros de décadas que têm vindo a ser acumulados, então cada vez teremos menos Professores, então a montanha vai parir um rato e os resultados, ditos expectáveis, vão ser a desgraça de muitos profissionais em termos de saúde, e será mais uma machadada num sistema Educativo, que se fôr por aqui, rumará para a falência total!...

Esperemos que impere o bom senso e que o Sr. Ministro que parece ser um Homem de bem, pensante e lógico, esperemos, repita-se, que se não peçam/exijam mundos e fundos a quem já não tem muito mais para dar!

13 maio, 2024

Professores e Ministro à conversa

Fernando Alexandre, Ministro da Educação, aproxima-se das pretensões dos Professores no que concerne ao descongelamento dos famigerados, quanto tristes, 6 anos, 6 meses e 23 dias.

Não é o ideal, mas isso também não existe. De conversa em conversa, de proposta e contraproposta para trás e para a frente, lá se vai fazendo o caminho, augurando-se que haja, finalmente, entendimento para que se reganhe a paz na Educação.

Aguardemos com expectataiva o que nos trará o tempo próximo! 

03 dezembro, 2023

A Escola, esse "parente" pobre...

A Escola é fonte de saber, é mina do conhecimento, mas, é também alpendre onde se acoitam tantas carências...

A Escola tem que ser, ou devia ser, Inclusa e Inclusiva. Isto é, qualquer que seja a procedência, qualquer que seja o extracto social, qualquer que seja a côr da pele, qualquer que seja o credo religioso, qualquer que seja a deficiência fisica ou psico-motora, a Escola é, e sempre será, o primeiro bastião, a primeira pedra na construção e constituíção de cada um dos seus alunos, como alicerce do seu amanhã, do seu futuro próximo. Mas, a Escola não está a ser nada disso!

A Escola está a transformar-se, gradualmente e por cada ano que passa, numa outra coisa. A Escola alberga dentro de si própria, uma nova filosofia, um novo conceito, cujas coordenadas vêm de cima, do poder instituído, em suma, do poder político.

À Escola tudo se pede, tudo se exige e tudo se restringe, porque a Escola não tem Professores, a Escola não tem Funcionários em número suficiente, a Escola não tem Psicólogos, a Escola não tem Professores do Ensino Especial, a Escola não tem edifícios condignos, a Escola não tem meios informáticos como computadores e projectores, como se exige nesta era da digitalização. A Escola, em muitos casos, não tem sequer, pavilhão de Ginástica; a Escola tem, isso sim, em tantos outros casos, tectos por onde entra a água da chuva, tem janelas que não vedam o frio no Inverno, tem pavimentos degradados, tem cantinas obsoletas e ultrapassadas no tempo...

E, depois, temos uma Governação, qualquer que seja a côr dominante em S. Bento, que está sómente preocupada com as percentagens de sucesso a transmitir ao nosso Instituto Nacional de Estatística, que por sua vez, as fará chegar à O.C.D.E. de forma a ficarmos bem na fotografia. Cada chumbo, cada criança que repete o ano, custava há dois anos cerca de 5.500 euros/ano ao Estado, daí a instrução do Ministério que tutela a área da Educação, no sentido de agilizar, de facilitar, de deitar para trás das costas tudo o que seja exigência dos saberes, provas efectivas de tais saberes, regras quanto ao mérito, quanto à disciplina, quanto à educação cívica, quanto à postura comportamental, quer seja na vertente individual, quer seja na vertente colectiva.

Tudo se esboroa desta forma capciosa. Tudo se altera, tudo se muda, tudo se garante, tudo se dá por ganho, quando nada está garantido, nada está sólidamente conquistado, bem longe disso. Grita-se aos sete ventos que temos estado a produzir a geração mais qualificada, mais apetrechada em conhecimento, em competências, em especialização. Desenganem-se!!! Extraíndo do todo da nossa camada estudantil, talvez uns lisongeiros 20%, crê-se que os restantes são de uma ignorância que até dói, que é absolutamente confrangedora. Não sabem escrever um parágrafo inteiro sem cometer erros ortográficos, não sabem classificar uma oração em contexto gramatical. Desconhecem em absoluto os mínimos da nossa História de nove séculos, não fazem ideia de quantos rios correm em Portugal, de qual a altitude da mais alta serra do nosso território. Tirando-lhes as redes sociais e a muita apetência por meios electrónicos, são incapazes de, mentalmente, fazer uma multiplicação simples sem uma calculadora por perto...

Como se não chegasse todo este cenário quase Dantesco, há que acrescentar a Casa, ou melhor dito, a ausência da mesma. Pais e Avós, numa esmagadora maioria, há já algum tempo que se demitiram da sua mais elementar obrigação, como seja: educar, orientar, dialogar, respeitar e dar-se ao respeito, gerir e forçar a criação de regras, de disciplina, de ensinar a humildade quando disso fôr caso e estimular a auto-estima no bom sentido, visando a evolução e o desenvolvimento físico, mental e psicológico do jovem em crescimento. Mas, os corredores das nas nossas Escolas têm muito pouco disto! Tirando 3 ou 4 pérolas que possam existir numa turma de, digamos 23-25 alunos, o resto são pequenos delinquentes, são precocemente, marginais em potência, que quando em grupo, assumem laivos de uma força física que, fácilmente, pode descambar para a asneira e para a desgraça.

João Costa, o ainda Ministro da Educação (até quando?) vai assobiando para o lado, como que a tentar ignorar, a passar ao lado, duma realidade que já está instalada na nossa Escola, principalmente, nas três ou quatro grandes urbes do nosso País, aquelas onde o número de bairros sociais e de Famílias carenciadas e desustruturadas é mais visível e mais real. Nestes casos, a Escola e uma sala de aula, ou um corredor da mesma, são já locais de massiva grosseria, de má educação, de insulto gratuíto em altos berros, de "bullying", deles para com eles e deles para com Funcionárias e Professores, que são escassos para as necessidades e não podem, portanto, assegurar que a Escola seja um local de transmissão de conhecimento sim, mas, e também, de harmonia, de respeito e de cultura cívica, como deveria ser.

Os Professores estão esgotados. O Pessoal Auxiliar, manifestamente insuficiente, está esgotado. Os Professores consomem a maior parte do seu tempo de vida docente, preenchendo grelhas avaliativas, lendo normas e decretos lei que as Direcções lhes encaminham por e-mail em catadupa, elaborando testes avaliativos, quer escritos, quer auditivos (falando no caso das Línguas), fazendo a sua posterior correcção. Os Professores recebem Pais ou Encarregados de Educação quando são "bafejados" com uma direcção de Turma, prestando esclarecimentos sobre aproveitamento escolar, sobre postura comportamental, encaminhando para a "CPCJ" (Comissão de Protecção de Crianças e Jovens), quando, desgraçadamente, a casa desustruturada conduz a que seja o Professor a sinalizar o/a menor perante as autoridades e a Segurança Social. Enfim, o calvário de todos os dias, de todas as semanas, de todos os meses e de todos os anos, leva a uma exaustão emocional, física e psiquica que deixa todos os Profissionais que trabalham nas quatro paredes de uma Escola, bem perto de um ataque de nervos, de uma depressão contínua e de um estado de manifesta infelicidade permanente...

Para culminar, acrescentar tão só, o quão útil seria para o futuro e para a segurança de todos, que a Tutela ousasse instalar câmaras de vigilância dentro das salas de aula, de forma a estancar, enquanto é tempo, esses rios de indisciplina, de total ausência de regras, de total desresponsabilização dos prevaricadores, que acham que tudo podem, que não aceitam um "NÂO" em caso algum, que usam a arrogância e o desrespeito como arma do dia-a-dia, logo agora que estamos a receber jovens de várias latitudes, de vários credos, de várias culturas, gerando um caldo multi-rácico que pode revelar-se um caldeirão fumegante e altamente perigoso dentro da próxima meia dúzia de anos. Pensem nisso senhores do poder, mas pensem rápido, pois sois demasiado permissivos e pactuantes com todos aqueles que precisam ser energicamente travados, antes que venhamos a lamentar algo de irremediável e sem regresso!!!



18 outubro, 2023

Educação - machadada final

Já não há mais nada para descer.

Já não há mais nada para manter os níveis mínimos de exigência e de credibilidade.

Já não resta senão pedra sobre pedra, daquilo que foi a Escola Pública Portuguesa.

Já não se aguenta muito mais este calamitoso estado em que se encontra a vida pública dos Portugueses.

Jão não interessa a ninguém o trabalho, o mérito, a competência, o esforço e a sua medalha de troca: o reconhecimento pelo labor, pela glória de ser reconhecido e louvado por todos e pelos seus pares.

Já não interessa, já não incomoda quem de direito, já não mexe com os neurónios de quem manuseia os destinos da Nação e da Educação, já não os perturba, já não os aflige, já não os amargura, jã não lhes tira o sono...

Estão a nivelar por baixo, estão a terraplanar, estão a desincentivar, estão a passar a mensagem errada aos vindouros, estão a facilitar até ao inaudito, estão a baixar os níveis de tal forma, que um dia destes teremos uma data de ignorantes, uma data de néscios, teremos o impensável a dar aulas aos nossos filhos e netos.

João Costa, Ministro da Educação prepara-se para conceder o direito a todos aqueles que terminem o primeiro ano duma Licenciatura, repito, o primeiro ano, habilitação suficiente para dar aulas se assim o entender, quem tiver concluído este primeiro ano. Estamos a retroceder, estamos a andar para trás, estamos rumo ao precipício. Vamos estatelarmo-nos estrepitosamente. Quantos décadas vão ser precisas para reganhar a credibilidade, a confiabilidade, a honestidade de um sistema de ensino que se queria isento, exigente, a premiar os melhores, capaz de separar o trigo do joio, quantas décadas???

26 setembro, 2023

Um Professor feito em 2 anos???

Foi nem mais, nem menos, com palavras do jaez das que encimam este post que João Costa, em entrevista ao canal 1, se expressou perante o Jornalista João Adelino Faria e todo um Povo, através das câmaras de televisão. Decididamente, este senhor - Ministro da Educação - não está bom da cabeça, não está no seu perfeito juízo, sofre de um qualquer desvio de personalidade que o faz dizer asneira sobre asneira, e pior, o leva a fazer coisas inimagináveis que nem o mais tenebroso dos políticos se tinha atrevido a fazer até esta data.

"Faltam Professores a Sul..." Então vamos incentivar a sua formação nesta zona do País, foi a resposta do Ministro. Quando confrontado pelo Jornalista que isso será um processo moroso e que levará anos a concretizar, a resposta, titubeante, e com ar de pânico estampado no olhar veio em forma de atoarda, de asneira pegada: "um Professor leva dois anos a estar pronto para leccionar..." O quê? Em que Faculdade é que este senhor, que também se diz Professor, se formou? E de quantos anos foi a sua Licenciatura, o seu Mestrado, o seu Estágio Pedagógico?

Este senhor não sabe do que fala. O seu desespero, enquanto político impreparado, enquanto gestor da coisa pública, incompetente, prepotente, teimoso, agarrado ao tacho, ao poder, enquanto mandante principal de uma Escola à deriva e de uma Educação a bater no fundo, devia ceder o lugar a outro(a) que estivesse bem mais apto para gerir uma máquina que exige conhecimento, saber e capacidade negocial com os milhares de trabalhadores que fazem da Educação a trave mestra das suas vidas.

22 agosto, 2023

Educação - de mal a pior!

João Costa falou ontem para écrãs de televisão, para os mass-media, na generalidade.

E disse coisa pouca, práticamente nada, pois nada de novo acrescentou àquilo que já lhe conheciamos.

Constatamos, com alarme e profunda tristeza que dentro do mesmo País, temos duas Repúblicas: a República Portuguesa Continental e a República Portuguesa dos Arquipélagos, concretamente, os da Madeira e dos Açores.

Os famigerados 6 anos, 6 meses e 23 dias que se encontram subraídos aos Professores, só são subtraídos aos Professores do Continente. Em sentido completamente inverso, estão os Professores da Madeira e dos Açores, para quem tal contagem de tempo se encontra a ser devolvida de forma faseada. Como se constata, um País, duas Repúblicas.

Quanto ao resto que o cavalheiro disse, nada a salientar a não ser que, agora, ele quer que ponhamos o foco nos nossos alunos. Quais alunos? Aqueles que devido aos facilitismos, já não fazem um simples cálculo mental, ou que não são capazes de escrever um parágrafo sem atropelarem o Português com vários erros ortográficos? A que alunos é que o raio do sr. Ministro se quererá referir? Com tal timoneiro a bordo, a nau da Educação continua, perigosamente, a adornar rumo ao naufrágio anunciado.

27 julho, 2023

Mariana Vieira da Silva - o "déjâ vu"

O que teme esta Governante, porque não fala?

O Presidente da República vetou na passada Quarta Feira o diploma do Governo sobre a carreira dos Professores. Hoje mesmo, e após "algumas alterações" ao dito, o mesmo foi devolvido ao Palácio de Belém.

O veto Presidencial centrou-se em duas questões fundamentais para os profissionais da Educação:

A recuperação integral do tempo de serviço - 6 anos, 6 meses e 23 dias - para efeitos de progressão e  contagem do tempo de serviço;

A equiparação aos profissionais dos arquipélagos da Madeira e dos Açores, onde tal descongelamento já se encontra conseguido, embora sendo efectuado de forma faseada.

Estes são os dois pontos fundamentais para o veto do Presidente da República.

O Governo, pela voz da sua Ministra Mariana Vieira da Silva, diz ter procedido a alterações e devolve uma vez mais, o famoso diploma, sem especificar aos Jornalistas quais as alterações produzidas. Uma vez mais e a exemplo do que lhe é apanágio pergunta-se: De que tem medo esta senhora? Porque mantém esta postura governativa altamente distante do "eu não sei...", "eu não posso...", "não comento porque...". Se não sabe, deveria saber, se não pode, deveria poder, se não fala, deveria falar, se não comenta, deveria fazê-lo, senão a pergunta é inevitável: para que serve a Ministra Mariana Vieira da Silva que não seja, a de fazer "figura de corpo presente", quando tudo demonstra a sua total ausência?

Ah!, quanto aos Professores, a saga continua! E, já agora: que é feito de João Costa no meio disto tudo?

P.S.: o 'link' acima leva-o ao excelente artigo do prestigiado Sapo24. É de lêr!

23 julho, 2023

Fim da Matemática?!...

Marques Mendes, no seu comentário semanal na SIC, acaba de expressar algo que me deixou colado na cadeira, gelado perante a afirmação e perante o desconhecimento a que estive sujeito até este momento. Se calhar, a julgar pelo que me aconteceu a mim, os Portugueses, o País inteiro também terá sido apanhado de surpresa por uma notícia que tem tanto de nefasto, como de altamente preocupante para o futuro.

Segundo a informação difundida, o sr. Presidente da República já terá promulgado a Lei que permite que, doravante, acaba a necessidade de prestar provas de exame para conclusão do Secundário, nessa disciplina tão nuclear que é a Matemática. Áreas de Ciências e Tecnologia e Ciências Socio-económicas - não estamos a falar de Letras ou de Direito, ou de Psicologia, por exemplo -, deixam de ter o exame de Matemática como absolutamente essencial e obrigatório, tal como o é o de Português... Mas, que se passa com quem manda na Educação deste País? O que se passa com João Costa, titular da Pasta Ministerial, para caír neste fosso, neste facilitismo, neste mundo em que só a estatística para a OCDE é importante? Este sr. perdeu a noção de seriedade, de competência, de respeito pelos outros e pela necessidade de se não caír neste ridículo absurdo? 

Que tristeza também o sr. Presidente da República, ele que é Professor de raíz, não ter feito abortar este verdadeiro nado-morto que em nada beneficia o Ensino em Portugal, e em nada privilegia a Escola Portuguesa além fronteiras. Que lástima, que despudor, que desfaçatez, que despautério e que falta de senso comum, do mais elementar, daquele que até um iletrado consegue perceber que se cometeu mais um crime de lesa-Pátria!

22 julho, 2023

João Costa "a simplificar"...

Medidas para aliviar a vida dos Professores?... 

Num artigo do prestigiado "ECO" e que poderá ler na íntegra clicando no 'link' acima, constata-se que a Tutela acaba de anunciar a implementação de 20 medidas para diminuír/aliviar(?!) a carga/excesso de trabalho burocrático que recai sobre os Professores.

Fácil se torna verificar que, afinal, para além de preparar aulas em casa, para além de as dar aos alunos em sala de aula, para além da feitura de testes escritos e de oralidade, para além da sua respectiva correcção, para além do seu lançamento nas respectivas plataformas para que constem do currículo de cada estudante, afinal, o sr. Ministro João Costa chegou, tarde e a más horas, à verdade absoluta, ou seja: finalmente, dá a mão à palmatória e admite que a carga burocrática em cima dos ombros dos docentes é uma coisa de doidos e absolutamente desproporcionada e desadequada. Vamos deixar para outras núpcias a menção do que é a vida de um Professor que, em simultâneo com o todo acima exposto, acumule ainda as funções de Director de Turma. Isso é matéria para outro campeonato!...

Pela leitura dos tais 20 pontos elencados pela Tutela e por esse verdadeiro arrazoado redigido num Português tecnocrata de difícil entendimento,  "fácil" é perceber o quão complicado é o quotidiano de um Professor; as exigências provindas dos gabinetes de quem, supostamente, manda na Educação deste País, são o propulsor ideal para se chegar a indesejáveis e calamitosos estados de "burnout".

15 julho, 2023

"Professores de 2ª." já aí estão... Acordem Pais!!!

Com João Costa ao leme, é sempre a caír rumo ao abismo

João Costa vai ficar para a história, tal como ficou Maria de Lurdes Rodrigues, como um dos mais perniciosos Ministros da Educação, desde que existe Democracia no nosso País.

No ano lectivo que ora findou, 2022/23, anunciou que, a título transitório, e devido à falta de Professores, o seu Ministério iria contratar para leccionar pessoas com Licenciatura pós-Bolonha, isto é, pessoas sem estágio pedagógico e, portanto, indevidamente qualificadas para exercer tal mister.

Pois bem! O sr. Ministro, de forma algo capciosa e sinistra, aproveitando as muitas labaredas em que se consomem os mais diversos escândalos políticos, económicos e sociais que grassam na Sociedade Portuguesa, fez aprovar legislação que torna, doravante, o transitório em definitivo. É isso mesmo! Daqui para a frente, toca a baixar ao nível, toca a minimizar, toca a simplificar, toca a varrer da profissão e da carreira docente a preparação científica, a preparação pedagógica, a classificação, o mérito, a excelência, o compromisso e a vocação de todos quantos, de verdade, nasceram para ser Professores.

Agora, meus caros concidadãos é assim: Um qualquer Licenciado pós-Bolonha com 3 anos de Faculdade, que na prática se resumem a três semestres de aulas efectivas, independentemente, de ter jeito para a tecnologia, para a mecânica, para a arquitectura, para a psicologia, para a investigação laboratorial, eu sei lá, basta que se candidate a ser Professor e..., pronto, pode muito bem ser colocado em Lisboa, Alentejo e no Algarve (onde eles fazem falta) a dar Português, Matemática, Geografia, História ou, o que quer que seja. O sr. João Costa revela um gigantesco desprezo pelas melhores opções, como sejam a escolha dos mais credenciados, dos excelentes, dos científica e pedagógicamente qualificados.

As crianças deste País vão ter "Professores", mas vão tê-los não preparados, não "nascidos" para aquilo, não vocacionados, vão ter Professores que lhes debitam o que constar dos manuais escolares, sem nenhuma outra preocupação que não seja que os meninos transitem para o ano seguinte, a qualquer custo. O Saber, a passagem de Conhecimento para os vindouros vai continuar a caír a pique...

Para o ano, quando chegarmos ao final do trabalho nas Escolas, cá estaremos para constatarmos todas as asneiras, todas as atrocidades, toda a inépcia, toda a impreparação a que todos os anos, vão sujeitando as gerações futuras através deste atamancar insidioso com que se (im)prepara o futuro.

P.S.: 'link' acima leva-o a um artigo do prestigiado "Público" que lhe conta todos os pormenores

08 junho, 2023

Educação, que esperais?...

João Costa, responsável da Tutela da Educação congratulou-se com o percentual de Docentes "que alinharam" na vinculação dinâmica. Segundo ele, seriam 80%. Errado, sr. Ministro! Cerca de 20% pertenciam à "regra travão", pelo que restam sómente 60% de Professores que alinharam só Deus sabe em quê - no ano lectivo de 24/25, logo se verá qual a armadilha que este Ministro lhes montou -, para, aí sim, se darem a devida conta na alhada em que se meteram.

Salta à vista, que há gente para quem o umbigo é o ponto cardeal que norteia toda a sua orientação, não medindo consequências, não tirando ilações, não assumindo que, afinal, o respeito não se compra, não se vende, não está ali ao virar da esquina. O Respeito conquista-se, nem que para tal haja que suportar alguns dislates de quem manda. Para se ter uma espinal-medula direita, vertical, inquebrável, há que arrostar com alguns sacrifícios para se lá chegar. Infelizmente, a classe dos Professores - 60% -  foi lesta  a aceitar a vinculação dinâmica proposta pelo Governo e, com tal ganância vão ser "disparados" para onde os srs. Directores de Agrupamento decidirem que deles têm necessidade. Aí, nessa altura, vão doer os dentes a muita gente, mas não poderão dizer que não foram os próprios a decidir o seu próprio futuro.

Resta SAÚDAR, resta felicitar, há que cumprimentar com efusividade todos aqueles 40% de Professores que foram íntegros, foram pensantes, foram lógicos, não embarcaram em manobras governativas que mais não são do que um presente envenenado. Não estiveram dispostos, não aceitaram, não concorreram, não estão disponíveis, querem ser donos das suas vidas, dos seus destinos, do seu futuro e decidiram viver com as suas Famílias, decidiram ser felizes, decidiram pela estabilidade, pela segurança, pela paz, que a vida é agora. O tempo de viver e ser feliz é agora, e não quando os srs. Ministros do interior dos seus gabinetes climatizados decidem pôr o pé no cachaço de todos aqueles que estejam sob a sua jurisdição.

Vivam todos os Professores que o querem ser, mas não abdicam de ser livres e gente mais feliz!!!

17 maio, 2023

João Costa é um empecilho

O Ministro da Educação, João Costa esteve mais uma vez reunido com as estruturas sindicais que representam os Professores e, também o Pessoal não Docente. Debalde! Nada acontece de significativo que possa alterar este abominável estado em que se encontra a Educação em Portugal. O homem fala, fala e volta a falar para dizer, em suma, aquilo que anda a dizer desde há largos meses, isto é: NADA!

Mário Nogueira, depois de mais de duas horas a chover no molhado e sem nada de palpável no horizonte, abandonou a reunião, alegando à saída que o que se tinha passado lá dentro "é um nojo!"...

João Costa deveria ponderar se ainda acha que mantém condições para exercer a sua função, face aos sucessivos fracassos em que o seu Ministério tem estado atolado. É que dá a nítida sensação que ele deixou de fazer parte da solução, tendo-se tornado parte do problema, Para o bem de todos, que bom seria se tivesse a dignidade de resignar e dar o lugar a um outro alguém que tenha uma outra visão de futuro.

14 março, 2023

Educação, Tutela à deriva...

Melhoria salarial, contagem do tempo de serviço "apagado", consequente progressão na carreira, com repercussão na aposentação, fim das quotas para o acesso aos 5º. e 7º. escalões, melhores condições de trabalho através do fim, ou diminuíção, de uma carga burocrática excessiva, aproximação do Professor ao local onde mora e tem família, raízes... Enfim são tantos os motivos para dialogar com a Tutela sobre como melhorar a Escola pública!...

Mas, não! Na passada Quinta Feira, Professores (Sindicatos) e Tutela estiveram em mais uma reunião - a sétima.  No final, NADA! O sr. Ministro só conversa sobre um tema. Todos os restantes, estão fora da agenda... Nestas condições, pergunta-se: para quê mais reuniões se não passam de uma mera perda de tempo e de um nítido empurrar o problema para a frente, no sentido de ganhar tempo? Parece que o sr. Ministro da Educação almeja levar a questiúncla até tão longe, tão longe, que com isso mais não quer que virar Pais contra Professores e todos os outros profissionais que fazem a Escola.

Depois de 2 anos de pandemia em que os Professores se reinventaram para "segurar as pontas", eis que este senhor parece mais vocacionado para dar a machadada final na Escola Pública Portuguesa. A quem aproveita, a quem interessa, sobremaneira, este clima de guerrilha continuada? A resposta está na ponta da língua: pois, ao sector privado, aos colégios e outras instituições particulares, está claro! Se, infelizmente, nada de realmente importante e sério acontecer nos próximos tempos, caminhamos a passos largos para o acabamento, para o desabar, para o fim da Escola Pública de que todos usufruímios até ao presente. E isso, será um golpe bem rude, verdadeiramente desastroso, quer para o crescimento de cada um de nós enquanto indivíduos, quer para o desenvolvimento do País e Nação que num todo constituímos.

Já se agendam mais formas de luta contra este marasmo, que é como quem diz, mais greves. E já se prevê que o Ministério venha impôr mais "serviços mínimos". Até neste capítulo, a coisa está feia e perigosa para o nosso presente e para o amanhã dos nossos filhos. Estão a coarctar direitos essenciais e fundamentais no que concerne ao direito inalienável que a todos nós assiste e que é o Direito à Greve. Para onde caminhamos? O que é que nos estão a fazer? E nós, vamos continuar assim tão mansos? Até quando?...

10 fevereiro, 2023

Educação - o que estão a fazer-te?!

João Costa, Ministro da Educação deste País - por quanto tempo mais?, continua a sua saga intolerante e beligerante não dando ouvidos às mais elementares demandas dos Professores e de todos os outros Profissionais da educação que, ao fim e ao cabo, são a Escola Pública, são o alicerce do País, são a essência do futuro quando carregam nos seus ombros a responsabilidade de formar, de habilitar, de qualificar, de prepararem para um amanhã que exista, todos aqueles que hoje estão nos bancos da escola.

Está na senda de uma outra sua antecessora que foi um autêntico marco, na forma como deu a sua machadada no sistema de ensino na Escola Pública Portuguesa. Esse especimen de má memória para tantos milhares de Professores e para, pelo menos, duas vagas geracionais de alunos que passaram, e estão a passar pelos destroços que aquela tão perniciosa senhora deixou no seu rasto, já tem um seguidor, já tem um discipulo, já tem quem lhe perpetue a sua tão maquievélica forma de pensar e de agir: de seu nome João Costa, está a trilhar a mesma vereda, está a fazer orelhas moucas e a deixar que o tempo, esse inexorável factor de desgaste, através do seu lento escoamento, façam crescer junto da opinião pública uma qualquer má vontade contra a classe dos Professores e todos os outros Profissionais que estão dentro das mesmas quatro paredes do edifício escolar.

As questões ditas nucleares, como sejam a contagem do tempo de serviço congelado em 6 anos, 6 meses e 23 dias, com as malfadadas consequências no que concerne à progressão na carreira, ao consequente aumento salarial e à não contagem daquele tempo para efeitos de aposentação, isto para já não falar de todo um universo de outras questões que estão em discussão, já seria por si só, motivo mais que suficiente para o mau estar que se vive e para a exigência feita por todos os Trabalhadores do sector.

Mas, não! O sr. Ministro manda o seu Secretário de Estado tratar de coisas menores, "oferecendo" muita parra e pouca uva. Amanhã, 11 do corrente, espera-se uma manifestação a correr pelas ruas de Lisboa, que seja capaz de reunir todos, mas todos, os Profissionais da Educação, bem como Pais e Alunos da Escola Pública Portuguesa, com o intuito de fazer perceber o sr. Ministro que a corda está demasiado tensa, que seria bom não continuar a esticá-la até ao impossível, já que se a mesma vier a partir-se, saíremos todos a perder. Mas, mesmo todos, percebeu sr. Ministro? E, para empobrecimento do Povo Português, já nos chega o que vamos sentindo dia-a-dia. Não precisamos de ficar mais pobres por antecipação, tendo como meta as próximas décadas que hão-de vir...

01 fevereiro, 2023

João Costa, o ilusionista...

Tal como há anos e anos atrás, João Costa, actual Ministro da Educação bem pode comparar-se com a sua antecessora Maria de Lurdes Rodrigues, pessoa de má memória para a Educação Portuguesa, quando esta afirmou depois da maior manifestação, à época, de Professores - cerca de 100.000 - : "Perdi os Professores, mas ganhei os Pais...".

O actual Ministro João Costa, nada negoceia, nada de concreto põe sobre a mesa... Começa por convocar as televisões cá do burgo, a quem em jeito de conferência de imprensa, anuncia ao País a pseudo "excelência", do que vai conversar, de seguida, com os Professores. Quando a reunião com os Sindicatos acontece, estes já tomaram conhecimento pelos "mass media" dos argumentos do sr. Ministro. Nada há para negociar. Só factos concretos e vazios de conteúdo - os do Governo - é pegar ou largar! Aqueles que todos os dias labutam nas Escolas deste País, merecem mais RESPEITO!

A fantochada dos "Serviços Mínimos", na Educação, e por deliberação de um Colégio Arbitral, bem questionável por sinal, é uma atitude lamentável de quem afinal, nada tem para negociar, nada quer resolver. Neste momento, a ele só interessa empurrar, demorar, queimar mais tempo, no intuito claro, e que, infelizmente, já não é novo de criar animosidade na Sociedade Civil contra a classe dos Professores e de todos os outros Profissionais da Educação. Ele sonha vencê-los pelo cansaço...

Está na hora, bem na hora do senhor em questão se ir embora. A bem dos Professores, a bem de todos os que labutam nas quatro paredes da Escola, a bem das crianças que precisam de instrução e conhecimento, a bem dos Pais que querem ver os seus filhos a evoluír. Enfim, a bem do País, por favor, vá-se embora!

  

27 janeiro, 2023

João Costa, a Educação de rastos...

Precedente grave que atenta contra o direito à Greve

O Tribunal (Colégio)  Arbitral "deu razão"(?) ao Governo e manda que sejam cumpridos Serviços Mínimos nas Escolas...

Esta tomada de posição afectará TODOS os Profissionais ligados à Educação, TODOS os Profissionais do edifício escolar, TODOS sem qualquer respeito pela vontade e pelo direito à Greve que todos nós temos perante a Constituição Portuguesa. É uma machadada, mais uma, na Democracia, num estado de Direito, num País do Continente Europeu, que se quer pertença ao grupo dos Países mais evoluídos e credenciados em termos de Direitos no Trabalho e Humanos.

A medida, para já, visa sómente o S.T.O.P., mas não deixa de ser uma brecha grave no sistema democrático Português. A efectivar-se, será de temer que outros Sindicatos e outros Sectores da vida Colectiva Portuguesa, possam vir mais cêdo, ou mais tarde, a sofrer desta chaga viva que agora se abre, sabe Deus até quando e com que consequências!...

Está na hora de dizer basta! Acordai enquanto é tempo! Acordai desta perene letargia Portugueses!


P.S.: Se quiser saber mais, o 'link" acima da Multinews/Sapo.pt é essencial.

23 janeiro, 2023

Educação - Serviços Mínimos?!...

Os Professores e todo o pessoal afecto à Escola Pública estão na rua...

Cansaram-se!!!

Esgotados, com esgares de grande frustração e infelicidade estampada no rosto, por não verem a sua função dignificada, respeitada e, devidamente remunerada face ao muito, mas mesmo muito, que ao longo de décadas têm dado ao ensino, à instrução, à passagem do saber e do conhecimento às gerações que pela Escola têm passado. Gritaram um "basta" e lutam afincadamente por um futuro melhor.

Há 6 anos e meio de trabalho prestado todos os dias, que a Tutela recusa liminarmente contar, não só para a progressão na carreira, mas e, também, para a reforma que há-de chegar. Grassa um descontentamento generalizado em matérias tão fulcrais como sejam a vinculação, a deslocação, a remuneração, a burocratização constante da profisssão, o facilitismo exponencial em que de ano para ano, se vai degradando a qualidade do Ensino, se vai minando por dentro e por fora, todo um alicerce absolutamente essencial, para o crescimento em capacidades e qualificações dos que estão agora a chegar à vida.

O Ministro João Costa "ameaça" todos os Profissionais da Educação ( Professores, Auxiliares, Técnicos, Psicólogos, Especialistas em Educação Especial...) com a imposição de serviços mínimos. Mas, o que são Serviços Mínimos na Educação? Sim, expliquem-nos lá que raio de manigância é que se preparam para implementar?

Segundo informação de um dos Sindicatos (S.T.O.P.) preparam-se para:

Os Professores terão que leccionar 3 tempos lectivos/dia;

Os Professores do Ensino Especial terão que acompanhar os alunos que desse acompanhamento precisem, a tempo inteiro;

Os Técnicos/as Operacionais de portaria, de cantina, de ginásio, dos corredores, enfim, TODOS, terão que estar a tempo inteiro (há refeições para preparar, salas para limpar, casas de banho para higienizar e corredores para passar a pano)

Ficamo-nos por aqui, embora haja outros Técnicos como Psicólogos, Informáticos e por aí adiante, que terão, igualmente, de marcar a sua presença.

Enfim, sendo o Direito à Greve uma conquista da Democracia, quer-nos parecer que aquilo que o sr. Ministro se prepara para implementar, caso os Professores e todos os restantes profissionais do Ensino continuem a manifestar a sua indignação, face à inacção dos sucessivos Governos desde há décadas, não passa de um atentado à Democracia, não é mais do que um mero acto de um qualquer regime ditatorial ou autocrático. Como pode sequer atrever-se este Ministro a manifestar tais intenções??? Se o Tribunal Arbitral lhe vier a dar respaldo, estará aberto, infelizmente, o caminho para uma das manchas mais negras da nossa vida colectiva!