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16 maio, 2015

Educação desde o berço

O que se passa com os miúdos deste País?

Figueira da Foz - oito jovens agridem violentamente um rapaz durante uma eternidade. Treze minutos filmados e colocados nas redes sociais, trouxeram até nós uma realidade brutal de rapazes e raparigas capazes de verdadeiras atrocidades.

Salvaterra de Magos - Um miúdo de 14 anos é assassinado por outro um pouco mais velho (17 anos) com uma barra de ferro na cabeça. Móbil do crime: roubo de roupa de marca e o smartphone.

Deus meu, que País é este que habitamos, paredes meias com esta criminalidade juvenil, que parece não ter fim? Que valôres são transmitidos em casa, de forma a ensinar, educar, enculturar, criar regras de convivência no meio social, em que o respeito por si próprio e pelo acolhimento das normas inerentes à vivência em sociedade, são o sustentáculo maior para respeitarmos todos os outros, à nossa volta?

Há uma dúzia de anos, convivi de perto com casal que quem hoje já não privo, que tinha filhote de cerca de dois anos, à época. Relembro uma noite de jantar conjunto, em que a dado momento a criança ao colo da Mãe, com uma colher de sopa na mão a ia brandindo de um lado para o outro, "ameaçando" a todo o instante poder dar com a dita nos óculos que a Mãe usava. Estava na cara que o acidente podia acontecer a qualquer momento... Quando a criança à quarta, ou quinta passagem, "bateu" de forma desabrida nos óculos e testa da senhora, gerou-se alguma preocupação. A Mãe desvalorizou até ao infinito e justificou, mais ou menos, assim: "as crianças devem ser criadas com toda a liberdade do mundo, para que possam expressar a sua personalidade, a sua força intelectual. Há que permitir que façam de tudo para dar espaço à sua criatividade..."

É preciso saber dizer NÃO muitas vezes, quando educamos as nossas crianças. Este conceito que tudo podem, de que nada lhes acontece, de que legalmente ninguém os incomoda tem que ser invertido rápidamente. Promova-se legislação adequada, responsabilizem-se os Pais que não souberem criar dentro do carril os seus filhos e, não se julgue, que cabe à Escola a Educação e a passagem de valôres essenciais na formação dos nossos filhos, pois isso não é verdade. É tarefa nossa enquanto Pais, sermos também Educadores.