PCP - moção de rejeição?

Ainda não está definitivamente claro quem venceu as eleições que ocorreram no passado dia 10 do corrente. A coligação da AD, ou o PS? Espera-se pela contagem dos votos dos circulos da emigração, para se aquilatar com verdade absoluta quem é quem. 

Aventa-se que a AD poderá estar com uma ligeira ascendência sobre o PS e, nessa conjuntura, o Presidente da República poderá vir a indigitar como Primeiro Ministro Luís Montenegro. Poderá..., ainda está tanta coisa por definir!

Neste vogar de ondas de incerteza em que vive este País, eis que o PCP vem a terreiro declarar que, se a AD vier a constituir Governo, vai apresentar uma moção de censura........... Mas, baseados em quê, se ainda não está formado um Governo sequer? Que vai na cabeça daqueles 4 deputados do PCP para terem decidido uma tamanha desconformidade? Aliás, não resisto a questionar-me: Para que serve o PCP?

Cego é aquele que não quer ver...

O cenário de horrores continua a acontecer todos os dias perante o nosso olhar de espanto e incredulidade.

Zelensky falou ontem por video-conferência no Parlamento Português. Enumerou mais uma data de atrocidades e apelou à ajuda de todos e nossa, em particular. Mariupol, tristemente, encontra-se já sob a alçada do controlo Russo, com todos os milhares de mortes que tal tomada provocou, certamente.

Continuamos a assistir impotentes à destruição maciça de cidades inteiras, à devastação de um Povo que luta ferozmente, até à exaustão, até à morte em tantos casos...

Por cá, vamo-nos degladiando entre os que gostaram de ouvir o apelo de Zelensky e os que odiaram tal discurso. Há os que como eu, entendem e vêm que os Russos são os invasores que tudo destroem, tudo levam na frente, tudo matam desde que respire, e... há os outros. Aqueles que parece estarem neste mundo virados de pernas para o ar, pois "conseguem ver" que os cadáveres abandonados nas ruas, nos quintais, em qualquer lado, são fruto das balas, dos rockets e dos mísseis de longo alcance que os Ucranianos estão a disparar sobre o seu próprio Povo, como se estivessem a fazer uma qualquer limpeza étnica, ou uma purga, de apuramento da raça, tipo arianos da era hitleriana.

Muita tristeza ao ver tal cegueira. Muito contristado ao ver o PCP perfilhar estes ideais absolutamente incompreensíveis em pleno século XXI. Muito confuso, ainda, por não conseguir entender como é que esta gente que vai ter assento parlamentar na nossa Assembleia da República, dela se não ausenta de uma vez, porque afinal, com ela se não identifica... Ide à vossa vida!

PCP - para que serve?

Têm estado do lado errado da paliçada!!!

O PCP que tem sobrevivido no nosso espectro político, graças àquela linha de esquerda bem colada na defesa dos trabalhadores, na defesa dos postos de trabalho, na defesa dos salários, na defesa dos mais vulneráveis, da preservação da dignidade dos operários mais desfavorecidos e espoliados pelo grande capital. Enfim, têm estado a mostrar à saciedade o quão vazios são de conteúdo humanístico, quiçá, de conteúdo ideológico, também.

Um Partido político, qualquer que seja a sua còr, que numa altura de guerra na Europa que tem atingido picos de desumanidade, de brutalidade e violência atroz, como aquela que o mundo tem verificado na Ucrânia, e não condena, veementemente, tal postura da Rússia só porque esta foi a génese, o embrião que fez nascer o Partido Comunista Português, não merece o espaço que ocupa na nossa Assembleia da República.

Votar contra - e foi o único partido a fazê-lo - o discurso de Zelensky na nossa Assembleia, a convite do nosso Presidente da República, é deveras significativo do que perpassa naquelas cabeças desnorteadas capitaneadas por Jérónimo de Sousa. Vivem e comportam-se como se assalariados fossem do grande cacique Moscovita. Que lástima constatarmos que em nada contribuem para um Portugal melhor, que afinal..., não servem para nada!...

Virados do avêsso

O País sofreu um tropeção! O Orçamento de Estado 2022 não passou, pois o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português tal não permitiram.

Surpresa, quase generalizada, pois não se acreditava em tal desfecho. Sempre se imaginou, que à semelhança de Orçamentos anteriores, os partidos que suportavam a denominada "geringonça" lá deixariam passar o dito cujo, mantendo dessa forma o Governo PS em funções. Mas não! Jerónimo de Sousa, desta vez, esticou demasiado a corda e, como tal..., a dita partiu-se.

É pena. Esta não é, nem de perto nem de longe, a melhor altura para que tal aconteça: a meio de uma crise sanitária, como não há memória, com uma crise económico-financeira de todo o tamanho, com uma crise social gigantesca, com o desemprego, com a falência do tecido empresarial, enfim, tudo o que não precisávamos era de uma crise política e da consequente queda do Governo. Vamos perder tempo precioso, vamos gastar mais uma data de milhões de euros na logística eleitoral, a Europa vai atrasar-se no envio das verbas do programa de recuperação e resiliência, enfim, saímos todos a perder!...

Vamos para eleições a 30 de Janeiro, segundo anunciou ao País o senhor Presidente da República. Que os Portugueses saibam, de uma vez por todas, escolher melhor quem os represente para se evitarem os malefícios de sucessivas governações eivadas de corrupção, jogatana de influências e branqueamento de atitudes pouco dignificantes.

Congressos e Covid

Decorre por estes dias o Congresso do PCP.

Em pleno Estado de Emergência, com a proibição de movimentos inter concelhios durante o fim de semana, imagina-se algo complicado onde dar de comer àquela gente toda, onde os pôr a pernoitar e, mais complicado ainda, como os fazer regressar no Domingo, após o encerramento oficial do certame, às terrinhas de cada um dos intervenientes. Sim, não se acredita que os participantes sejam todos habitantes do concelho de Loures e,  como tal, terão que encetar viagens de regresso ao Alentejo, ao Ribatejo, quando deveriam estar em suas casas, não atentando contra a saúde de todos os outros, que somos nós todos...

Em boa verdade, há várias castas na Sociedade Portuguesa!

DGS vai analisar o quê?

Haja vergonha e que impere o bom senso!

O que é que a DGS tem para analisar?

O número de pessoas no recinto?

O número de barraquinhas de comes e bebes que vão alimentar aquelas almas todas?

O número de artistas e suas comitivas que vão pisar aqueles palcos?

O número de pessoas que vão pernoitar em tendas, em roulottes, em casinhotos improvisados para o evento?

A DGS vai analisar se 33.000 pessoas mais ou menos juntas, tem ou não tem um risco acrescido para a saúde pública, em tempos de pandemia que estamos a viver?

E Jerónimo Martins, o que leva este dinossauro da nossa classe política a querer ser diferente de todos os outros Portugueses que organizam festivais anualmente e que, este ano, se viram impedidos de o fazer em nome de um bem maior?

É uma loucura, uma vergonha, um despudor, um insulto se for para a frente este tipo de evento, sem que haja uma posição firme e inequívoca por parte da Governação deste País!