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24 agosto, 2022

SNS em agonia

Esteve nas notícias de hoje. 

Uma grávida em trabalho de parto, residente na margem Sul do Tejo, viu-se na necessidade de recorrer à assistência hospitalar devido à iminência que o seu estado justificava.

Pois bem, ou MAL, mesmo muito mal!, esta grávida não teve vaga para ser assistida nem no hospital de Setúbal, nem no hospital de Almada... Atravessada a ponte, imagina-se que pelo menos, um hospital de entre os muitos que existem na Capital deste País, possa valer a esta mulher. Errado! Esta mulher mais o filho que carrega no ventre é "desviada" para Santarém, a mais de 100 kms da sua residência. Mas, aqui chegada, a odisseia ainda não tinha acabado:  eis que, uma vez mais, mandam esta parturiente na iminência de dar à luz a qualquer momento, para as Caldas da Raínha, com mais 50 kms de viagem...

É desumano, é inaudito, é aberrante, é impróprio de uma Democracia e de um  País que se diz estar na linha da frente... É, por demais, revoltante e intolerável continuarmos a assistir a este desmoronar, a esta ruína do Serviço Nacional de Saúde de que tanto nos podíamos orgulhar até que estes nefastos e recorrentes acontecimentos nos vão acontecendo, quase todos os dias da nossa vida. Hoje, acontecem ao nosso vizinho; amanhã acontecer-nos-á a nós próprios.

Já aqui deixamos uma palavra de conforto ao Ministério da Saúde e a quem o tutela, quando entendemos que tal se justificou. Desgraçadamente. estamos hoje nos antípodas de tal situação e, como tal e por amor à verdade, há que manifestar a minha revolta e o meu total desagrado pelo lastimável estado a que estão a deixar chegar o nosso Serviço Nacional de Saúde. Salvem-no enquanto é tempo, ou então, ide-vos daí permitindo que outros possam tentar fazer aquilo que vós não conseguis!...

05 agosto, 2022

Urgências Hospitalares

Saiba os problemas que afectam as Urgências Hospitalares

Como sabemos, a Saúde, em Portugal tem andado pelas ruas da amargura. E isto por que as urgências de ginecologia e obstetrícia têm estado a sofrer com a falta de atractividade pela carreira no SNS, pela saída dos especialistas para o sector privado, ou para o estrangeiro, pela idade algo envelhecida dos profissionais daquele sector e, ainda, pela reforma de muitos deles.

Lisboa e Vale do Tejo, Algarve e as cidades de Almada, Setúbal e Braga e Aveiro têm estado a encerrar desde há semanas a esta parte, as suas urgências daquelas áreas, bem como, os respectivos blocos de partos...

Está instalado o caos, uma situação gritante que clama por soluções urgentes e eficazes no sentido de garantir que desgraças como aquela que aconteceu nas Caldas da Rainha, com a perda da criança pela respectiva parturiente e Mãe, não possam voltar a acontecer.

O Governo, nomeadamente o Ministério da Saúde, têm pela frente um árduo trabalho de casa que já deveria estar concluído há muito tempo, de modo a evitar estas tristes repetições ao longo dos últimos anos, sempre que se aproximam épocas de férias, grandes festividades, ou situações sazonais que geram picos maiores de corrida às Urgências.


Se quiser ler mais em detalhe o que é essencial saber sobre o tema, clique no 'link' acima elaborado pelo prestigiado Sapo24.

17 junho, 2022

SNS em agonia

O Serviço Nacional de Saúde é um bem inestimável, é uma benção de que nem todos se podem gabar e, é também, uma conquista que importa e, de que maneira, preservar a todos os títulos.

Não sobreviveu uma criança no Hospital das Caldas da Rainha por, supostamente, não haver Médico de Obstetrícia/Ginecologia de plantão, aquando da chegada da grávida à unidade hospitalar... Que lástima, que tal aconteça neste tempo, nesta era neste século!

Tal nefasto acontecimento fez espoletar de imediato casos semelhantes em alguns hospitais Lisboetas, em Setúbal, em Braga, em Portimão. Faltam médicos daquelas especialidades para preencher as escalas de serviço dos ditos hospitais.

Os médicos do SNS estão mal pagos por comparação com os seus colegas que trabalham nos Hospitais Privados e, até mesmo, com médicos tarefeiros contratados a empresas que se dedicam ao "métier". Não é de censurar que cada um procure trabalhar com aqueles que lhes asseguram melhores condições salariais. Não, em boa verdade, não é de censurar. 

Mas, no entanto, e com vista a evitar esta "fuga" dos Médicos do Serviço Nacional de Saúde rumo aos Privados, porque não se regulamenta através de legislação própria que um Médico "feito" nas Universidades e Hospitais-Escola Portugueses, seja levado a cumprir um qualquer espaço temporal mínimo ao serviço do "SNS"? Aliás, a exemplo do que acontece com os pilotos da força aérea, cuja formação é tão dispendiosa. Estes últimos, tanto quanto se sabe, acabam todos a ser pilotos da aviação comercial, não sem antes, terem permanecido alguns anos ao serviço da força aérea, como que a compensar o erário público do muito que neles se investiu. Pensem nisso, todos os implicados no processo, mas pensem mesmo por favor, senão ides acabar com o Serviço Nacional de Saúde!