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28 junho, 2023

Prigozhin, depois da palhaçada...

O "patrão" do grupo paramilitar Wagner, protagonizou um verdadeiro golpe palaciano quando invectivou dura e causticamente o Kremlin e o seu ex-financiador, Vladimir Putin.

Declarou pública e universalmente o seu antagonismo para com alguns dos Generais do aparelho, em Moscovo, e iniciou uma marcha sobre aquela cidade, de forma a mudar substancialmente, o poder instituido.

Percorreu mais de 600 kms de sul para norte da Rússia, sem que alguém lhe saísse ao caminho, barrando-lhe a passagem, excepto a força aérea, que sofreu as consequências de tal afronta, sofrendo a perda de 7 aeronaves e respectivas tripulações.

A 200 kms do destino, zona onde Putin tinha anunciado ter mandado criar um perímetro de segurança, eis que o nosso homem trava às quatro rodas os seus 400 veículos da sua máquina de guerra e, sorrateiramente, sem que ninguém o entenda, mete o rabinho entre as pernas e faz um recuo estratégico,abortando a sua tentativa de assalto. Ao que parece, Lukashenko, Presidente da Bielorrúsia, conseguiu através de um mero telefonema, convencer Prigozhin a recuar.

E, pronto. Assim, se anuncia o dia do juízo final, e logo a seguir, toca a andar que se faz tarde!...


29 dezembro, 2022

Pelé, o adeus ao Rei

Pelé faleceu hoje. 

Com o seu desaparecimento, o futebol mundial fica mais pobre, pois na verdade, ele foi e continuará a ser o símbolo, o astro maior de uma constelação de estrelas que, entretanto, apareceram e estão no activo ainda, ou já se esvairam com o inexorável passar do tempo.

Ao longo da sua vida sempre soube gerar em torno de si mesmo, uma aura especial, uma empatia e uma forma de estar na vida que o tiveram sempre à tona de todo o fenómeno futebolístico. Por onde quer que passasse, onde quer que estivesse sempre arrastou atrás de si uma legião de eternos admiradores, não só do futebolista, mas, e também, do Homem com carisma e sempre afável e acolhedor.

Agora que já se foi para o Olimpo onde todos queremos chegar um dia, fica a sua recordação, bem viva, na nossa memória.

25 maio, 2009

A arte é para partilhar!

"Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. O artigo era bem definido, feminino, singular. Ela era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingénua, silábica, um pouco átona, um pouco ao contrário dele, que era um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos. O substantivo até gostou daquela situação; os dois, sozinhos, naquele lugar sem ninguém a ver nem ouvir. E sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu-lhe esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro. Óptimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinónimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a movimentar-se. Só que em vez de descer, sobe e pára exactamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela no seu aposento. Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, suave e relaxante. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram a conversar, sentados num vocativo, quando ele recomeçou a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando o seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo. Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo directo. Começaram a aproximar-se, ela tremendo de vocabulário e ele sentindo o seu ditongo crescente. Abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples, passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula. Ele não perdeu o ritmo e sugeriu-lhe que ela lhe soletrasse no seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona às vontades dele e foram para o comum de dois géneros. Ela, totalmente voz passiva. Ele, completamente voz activa. Entre beijos, carícias, parónimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais. Ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo o seu predicativo do objecto, tomava a iniciativa. Estavam assim, na posição de primeira e segunda pessoas do singular. Ela era um perfeito agente da passiva; ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisto a porta abriu-se repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo e entrou logo a dar conjunções e adjectivos aos dois, os quais se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas, ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tónica, ou melhor, subtónica, o verbo auxiliar logo diminuiu os seus advérbios e declarou a sua vontade de se tornar particípio na história. Os dois olharam-se; e viram que isso era preferível, a uma metáfora por todo o edifício. Que loucura, meu Deus! Aquilo não era nem comparativo. Era um superlativo absoluto. Foi-se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado aos seus objectos. Foi-se chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo e propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que, as condições eram estas: Enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino. O substantivo, vendo que poderia transformar-se num artigo indefinido depois dessa situação e pensando no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história. Agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva." Fernanda Braga da Cruz = Autora Tudo o que é Belo merece e deve ser partilhado. Nesta conformidade, eis um texto extraído do blog de Jorge Grave onde aparece esta pérola da Língua Portuguesa.

17 março, 2009

Dizem que é uma espécie de...Mentiroso!

Duzentas mil pessoas saíram à rua para manifestar o seu descontentamento com a situação do País, nomeadamente, nas preocupações que abrangem o desemprego, o novo código laboral, a segurança social, a insegurança dos cidadãos, a educação/formação no sistema escolar, enfim... o povo está preocupado!
Evidentemente, que toda esta multidão nas ruas levou consigo alguns "recados", tendo como destinatário final o governo e o seu chefe.
Vem agora o Sr. Primeiro Ministro, algo zangado e manifestamente mal humorado, queixar-se de ter sido insultado, caluniado... mas, o que é facto é que, alguém que faz promessas e depois as não cumpre, arrisca-se e ser denominado de incumpridor, de demagógico, de pessoa pouco séria, enfim, arrisca-se a ficar na História com o cognome de "o mentiroso".

04 dezembro, 2007

Se Maomé não vai à montanha...

Pois é!... se "Maomé não vai à montanha, então que vá a montanha a Maomé"; isto não é mais do que um aforismo popular que todos conhecemos e que uma personalidade espanhola acaba de proferir, enfatizando mais ou menos o conceito - não recordo a frase por inteiro -, que se a tal montanha, que deveria ter ido onde não foi, não sabe bem onde deve estar, então pobre montanha esta!, sem um fio de inspiração em si nascido, que alimente sequer uma simples flor, num singelo tributo ao belo, à arte, ao encantamento,... enfim à cultura. Muitas têm sido as honrarias concedidas por "nuestros hermanos" ao nosso prémio Nobel José Saramago. Nós, por cá, foi lá o nosso embaixador e quanto ao resto, primamos pela mais absoluta indiferença. Não valorizarmos o Homem, o Artífice da Escrita, o Esmerilador das Ideias com a presença que deveria ter sido obrigatória da nossa ministra da cultura. Que pena e que jeito têm alguns de nós, não todos, felizmente!, para se apoucarem tão amiúde.