08 setembro, 2022

Ontem, foi uma vergonha...

7 de Setembro de 2022, data da celebração do bicentenário da Independência desse grande País que é o Brasil.

Cerimómias comemorativas a condizer com a grandeza dessa grande Nação irmã: Povo na rua, parada militar, caças com fumos e as cores da Bandeira Nacional a sobrevoar o cerimonial...

Desgraçadamente, o Presidente em exercício Jaír Bolsonaro, decidiu estragar aquilo que deveria ser a comemoração do Dia da Independência, fazendo alarde de uns quantos dislates e algumas grosserias que não estavam no programa das comemorações. Trouxe o seu léxico rasteiro e com ele mimoseou um mar de gente. Dos "seus" e dos outros, toda a gente levou com ele, por igual. Bolsonaro é assim, para desgraça de muita gente.

Quer-se acreditar que a 2 de Outubro próximo, dia em que o Povo Brasileiro vai às urnas, este saiba pôr as coisas no devido lugar, para que, de uma vez por todas, os desvarios, as insanidades e até, a evocação do nome de Deus, em vão, passe a ter um outro sentido, uma outra deriva, uma outra dignidade que os Brasileiros merecem!

Rainha Isabel II, a Lenda...

A Soberana do Reino Unido e da Commonwealth, a Rainha Isabel II, faleceu hoje aos 96 anos de idade.

Soube criar um grande carisma, Senhora de uma personalidade muito própria e dona de convicções fortes, serviu o seu Povo do alto do pedestal que soube erguer e manter ao longo de um reinado longo de sete décadas.

Figura de recato, ausente dos palcos do poder, da vaidade e sobranceria soube, com os quinze Primeiro Ministros a quem deu posse ao longo da sua vida, manter uma postura séria, equidistante, inteligente e firme quando entendeu que tal deveria ser o seu papel.

Serviu a Nação e o seu Povo com mestria, não acertou em tudo de certeza, mas, andou muito lá perto. Soube ouvir muito mais do que falou e os seus silêncios foram, por vezes, mensagens poderosas quer em tempos de guerra, quer em tempos de acalmia, quer em tempos de pandemia...

Fica para a História muito do que fez mas, certamente também, aquela sua imagem vestida de negro numa cochia vazia de uma qualquer Catedral, sózinha, olhos de dôr escondidos pela cabeça caída no peito, aquando das cerimónias fúnebres daquele que foi o amor da sua vida, o Príncipe Filipe.

Numa era em que existem várias monarquias espalhadas pelos quatro cantos do mundo com Principes e Princesas, com Condes e Condessas, com Duques e Duquesas, aquela Senhora era a tal, era especial, era única. Enfim, era a Rainha!...