A.R. e tanta gritaria

Esteve, à discussão na Assembleia da República, o Orçamento Geral de Estado, na generalidade. Ontem foi a última etapa de tal processo, nesta sua primeira fase.

Muito blá-blá-blá, muita discussão e respectiva argumentação e contra-argumentação, e muito má educação, uma postura absolutamente deplorável e que deveria ser reprimida por todos os outros pares, que naquela Assembleia tiveram que suportar a falta de classe, a falta de elevação, a falta de postura cívica, a falta de berço de uma meia dúzia de Deputados que sempre fazem questão de mostrar os seus galões, de evidenciar até à exaustão que não desempenham com a dignidade que lhes deveria ser exigida, o cargo para que foram nomeados.

Desde afirmações verbais que estão muito para além do razoável, até  manobras gestuais que em nada abonam a favor de quem as fez, houve um pouco de tudo isso, numa sessão miserável, em que nos vamos aproximando a passos largos, daquelas outras Assembleias do poder, que existem por esse mundo fora, em que os intervenientes desatam todos em cenas de pancadaria, dignas do terceiro mundo a que, efectivamente, pertencem. Lá chegaremos se nada for feito de forma acelerada e com tomadas de posição punitivas, para todos os que vilipendiam de forma gratuita as nossas mais respeitáveis Instituições.

"S O S" aos Pais - actuem!

Está na Internet um vídeo feito por alguém que filmou uma cena de extrema violência, em que duas raparigas agridem à estalada, a soco e a pontapé uma terceira, supostamente, colegas de escola umas das outras. Este episódio demonstrativo de como vai a educação, o civismo, o diálogo, a humanidade, a fraternidade, o companheirismo, dentro de membros de uma mesma comunidade e de idades muito similares, mostra o quão mal vamos neste aspecto também.

Perante a lei, é crime filmar gente sem o seu consentimento; é crime agredir alguém de forma selvática, de forma desproporcionada e desadequada; é crime o  alheamento, a não interferência no sentido de parar tal tipo de agressão. Em suma, há aqui vários tipos de crime, e era bom que as autoridades começassem a intervir de forma enérgica, para "moralizar" este tipo de comportamento de gente que não está só à rasca; também está sem valores, sem ideias e ideais para construírem um amanhã melhor. 

Quanto aos paizinhos destas meninas, iguais a milhares de outros que têm proliferado por aí como cogumelos e que acham que dar um tabefe aos seus rebentos é um processo "contra natura", que bom seria se, para além de uma valente reprimenda, lhes dessem uma real sova.