01 fevereiro, 2019

CGD - a desgraça, outra vez...

A Caixa Geral de Depósitos anda outra vez nas bocas do mundo. Pelos piores motivos!...

Uma auditoria da "EY" revela um buraco colossal nas contas, cerca 1.2 Milhões de Euros, e revela ainda, uma listagem dos maiores devedores daquele banco público, destacando-se alguns Berardos e Vieiras (para só citar alguns) de entre os muitos passarões que por lá constam. Esta auditoria tem estado guardada a sete chaves e o governo em nada estava interessado em dar público conhecimento do muito de altamente lesivo e criticável que por lá consta.

Créditos mal concedidos, créditos não sujeitos a rigoroso controlo de risco, créditos concedidos sem ter em conta as devidas contrapartidas para assegurar a sua recuperação, enfim, uma panóplia de irregularidades, de procedimentos não escrutinados, de práticas aberrantes e pouco éticas, um conjunto de acções que bem merece, profunda investigação e, se possível, a devida criminalização social e política. Há que punir os mentores de tais práticas, de amiguismos e compadrios doentios que passam a vida a empobrecer-nos, a delapidar, miseravelmente, o pouco que nos resta.

Já chega, estamos fartos cambada de inúteis!...

Enfermeiros, haja juízo!

Já conseguiram algo, do muito que exigem. Já lhes reconhecerão a categoria de especialistas. Mas, não chega, há sempre mais e mais a alimentar a ambição dos humanos. E, vai daí, toca a prolongar a greve a blocos cirúrgicos de alguns hospitais de Norte a Sul deste País até ao próximo dia 28 de Fevereiro...

Entretanto, através das redes sociais/internet e via "crowd funding" já amealharam mais de 400.000€ que suportarão os seus vencimentos enquanto estiverem "parados"... Gente abastada, esta!... Não falta dinheiro!...

Falamos, infelizmente e uma vez mais, dos enfermeiros. Chega minha gente!

Façam lá o que entenderem - ninguém tem nada com isso -, mas a vossa função está directamente ligada com a vida e morte das pessoas. Torpedear o governo, torpedear a Ministra da Saúde, o diabo a quatro, tudo é possível numa sociedade de direito que se quer democrática e livre, e onde os direitos dos trabalhadores, no que concerne a trabalho justo, remuneração justa, jamais deverão ser postos em causa. Mas, no caso específico de quem trabalha com a saúde e doença dos seres humanos, exige-se muito mais critério na selecção do que deve e pode ser feito e aquilo que não deve jamais acontecer: abandonar à sua sorte todos aqueles que naquele preciso instante estão entre o ir e o ficar, estão no limiar da morte. Com esses, NÃO!

Podereis ganhar o que quiserdes no que toca a categorias, vencimentos e demais regalias, mas estais, de certeza, a perder a simpatia da maioria dos Portugueses. Arrepiem caminho enquanto é tempo!...