17 maio, 2011

(De)bates em quem?

E, a procissão, não tendo ainda saído do adro, leva os mesmos 'andores' de sempre, não muda nem um bocadinho para desespero de muitos portugueses, no número dos quais, eu me incluo.
Sócrates e Jerónimo estiveram ontem no 'grande ecrã'. E estiveram chatos, iguais a si próprios, repetitivos, escassos de ideias, curtos de horizontes...

No tratamento entre eles, para Sócrates o líder do PCP foi sempre "Jerónimo de Sousa"; para este, o antagonista foi sempre o "candidato José Sócrates", mas, uma vez houve em que a 'subalternidade' o invadiu e disse algo parecido com isto: "... José Sócrates, perdão, o candidato José Sócrates, o ainda Primeiro-Ministro...". Realmente, foi por de mais evidente, o arrastar de asa que o ex-trabalhador da metalurgia fez ao sr.engenheiro!

Quanto ao resto, nada de novo, tudo como dantes. Um promete o céu (Sócrates) e o outro não sai daquela conversa tristonha e com 30 anos de história de que Portugal, tem capacidades, tem riqueza própria, tem meios para gerar mais riqueza e distribuí-la melhor... Só mesmo tu, Jerónimo, para ainda acreditares no Pai Natal!

"TV" na tasca!

Eduardo Catroga é um nome sobejamente conhecido dos portugueses. E, tal fica a dever-se a ser um conhecido economista, ter sido Ministro das Finanças num Governo de Cavaco Silva, ter sido o rosto do partido laranja na negociação do "PEC III", ter, ainda, feito uma ridícula fotografia com o telemóvel, do momento da assinatura desse compromisso, e..., mais recentemente, ter dado uma conferência de imprensa longuíssima, como que a querer puxar para si, e só para si, o protagonismo do tempo actual - de campanha eleitoral. Estes são alguns dos pontos cardeais para o 'georeferenciar' aos olhos do português do senso comum, do chamado 'Zé Povinho'.

Nem todos os itens acima mencionados são elogiosos, são dignos de registo. Alguns, diria mesmo, eram absolutamente dispensáveis, tal a mediocridade de que enfermam. Pois, como se não bastasse, eis que este senhor, muito próximo dos 70 anos de vida e de voltar, se o PSD ganhar as eleições, a ser Ministro das Finanças, se desbragou todo, e num assomo de horizontes curtos, pronunciou numa entrevista televisiva, uma frase de real vernáculo, mas que, em boa verdade, era absolutamente dispensável para explicitar o seu ponto de vista. À medida que  avançamos na idade, devemos ficar mais conhecedores, mais equilibrados. Infelizmente, a regra tem excepções!...