17 janeiro, 2009

Para Ti!

Seria tão bom ter engenho e arte, saber dar aos escritos a vida, a cor, a doçura que advém do pensamento, timbrar no papel, a marca de água das ânsias, dos sonhos, das frustrações, dos desenganos, das victórias e das derrotas, do que temos esquecido, enterrado na memória, cravado na carne, doendo como ferida aberta, sangrando no cerebro a toda a hora, agoniando a alma e estropiando o espirito. Seria bom ter tal arte, conseguir transmitir-te o que me aflige, o que me entedia, o que me amedronta, o que me espanta, o que me entorpece, o que me imobiliza, o que me gela, o que me incendeia, o que me apaga, o que me alumia, o que me faz viver, o que me mantém à tona, respirando, subindo e descendo constantemente, até ao esgotamento, até ao ultimo sopro só porque..., não sou capaz, não quero, não posso e não desejo... viver sem Ti!

"Peão" burro...

Sou, simultaneamente, automobilista e peão. Conduzindo, por educação, por consciência cívica e por dever moral e legal, respeito o peão quando este atravessa uma passadeira. Mas, há peões e "peões! Há os educados, com berço e com a seriedade necessária para apressarem a travessia da rua na passadeira, agradecendo pela paragem de quem os respeitou e... há os outros! E, os "outros, infelizmente, são mais que muitos e vão desde o 7 aos 77 anos de idade. São na maior parte das vezes, mal educados, comportam-se mal, atravessam "nas calmas", quase desafiantes, ignorando em absoluto o movimento, não sabendo nem querendo saber, se o carro vai ou não conseguir parar, não os atropelando, não os mandando para um hospital, ou pior, para uma cadeira de rodas. Não agradecem, nem olham quem parou..., é como se bem lá no fundo, esperem a cada travessia, a cada passadeira que "alguém" lhes toque para poderem fazer o seu circo. São Burros, mesmo muito burros, pois em primeira análise, quem sofre é o peão. O que é que importa saber mais tarde, se o condutor se distraiu. se estava alcoolizado ou sob efeito de drogas, ou até, se o carro sofreu uma avaria mecânica. Peão burro, todo aquele que acha que uma simples "passadeira" na via pública, lhe dá a segurança de uma passagem aérea.

16 janeiro, 2009

Já não há pachorra!

Já não dá!, já não se aguenta, já não há pachorra para os aturar..., chega, gaita!!!

Não tenho nada a ver com eles, com as suas posições prepotentes, autoritárias, mandonas, parecem donos do mundo e das nossas vidas; estou a falar de políticos, desses seres estranhos, verdadeiras "caixinhas de bizarria", que oram beijam "putos ranhosos" em bairro complicado, ora estendem a mão, de unha nacarada, à vendedeira de peixe numa qualquer lota ou mercado municipal, ou então, passam a toda a velocidade em carros de luxo, de vidros fumados e à prova de bala(?), com guarda-costas particulares e polícias de moto a abrir alas que, os outrora pedintes do voto do povo, são "agora" ministros, "pessoas importantes" que com o grande povo, "hoje", só comunicam via conferência de imprensa.
Os que, neste momento, habitam os corredores do poder, afirmam ir fazer esta e aquela obra pública, obras megalómanas, faraónicas, de uma grandeza que fazem inveja a países ditos ricos, coisa que o nosso, manifestamente, não é. Os que estão no outro lado da barricada, leia-se oposição, acabam de afirmar que, se chegarem ao poder, riscam logo da lista o "TGV".
Não se discute quem é o dono da verdade, não é isso que interessa para o caso, nesta questão. O que, isso sim interessa a todos nós, é saber afinal, qual é a linha mestra que orientará o nosso amanhã em matérias como a saúde, a educação dos nossos filhos, a taxa galopante de desemprego, ou o futuro da segurança social, enquanto garante de uma estabilidade social mínima que permita manter a paz nas ruas, avenidas, becos e vielas da nossa terra.

05 janeiro, 2009

O "P.M." vai falar hoje!

O Sr. Primeiro Ministro vai hoje a um canal televisivo em horário nobre, deitar 'faladura' para Português ouvir sobre o estado do País, da Nação e do mais que está para vir...

Têm sido tantas as trapalhadas a que temos assistido, que mais logo à noite, o problema vai ser, não o que perguntar, mas sim, que respostas dará ele?

Sim, estamos ansiosos por saber para onde foram os milhões do 'BPN'? E ainda mais milhões - ena, tantos! - do 'BPP', onde param? E os responsáveis por esta sangradura, quem são e que lhes vai acontecer? Serão responsabilizados e julgados, ou vamos assistir ao despudor do seu reencaminhamento um dia destes, para a administração de uma qualquer 'holding financeira' com chorudas compensações?
Os portugueses, na sua maioria, estão descontentes, estão infelizes, estão indignados, estão mais pobres e perto da miséria a cada dia que passa...Grassa uma sensação da mais absoluta impotência perante, casos e casos, ridiculamente escabrosos em que alguns "poderosos" se apropriam da pouca riqueza que este País gera, e que deveria ser de todos.
Que nos vai dizer mais o Sr. José Sócrates que não saibamos já:
- A Educação está longe de ser aceitável.
- A Saúde, por que trilho anda a saúde?
- A Economia está de rastos. Dá-se dinheiro a multinacionais estrangeiras para que cá criem postos de trabalho. Passado algum tempo, o que constatamos? Abandonam o projecto, levam o dinheiro recebido dos nossos cofres e "criam" desemprego maciço.

Tenho dó do entrevistado desta noite!
É que, a menos que entre por aquilo a que já nos habituou - demagogia pura - não tem grande margem de manobra, que marque para a posteridade, a entrevista desta noite!