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04 junho, 2022

Curva descendente? Quem disse?

Os media Portugueses anunciaram hoje que os números da Covid-19 estavam em decréscimo(?)...

Fiquei arrepiado quando se anunciaram terem sido encontrados nos últimos sete dias cerca de 175.000 novos casos de infecção, bem como, 220 mortes ocorridas em igual período.

Fala-se que estamos na curva descendente e vai daí, o Povo que somos já não quer saber de mais nada, senão que já estamos a descer...

Raciocinemos: Há dias aventaram-se 1 milhão de infectados e 1.455 mortes no período de dois meses. Concretamente, Abril e Maio!

Então agora, com os números dos últimos 7 dias teremos, se extrapolarmos para um período de dois meses, nada mais nada menos que 1 milhão e quatrocentos mil novos casos de infecção e tendo em conta os 220 mortos duma semana, se multiplicarmos por 8 semanas (dois meses) fácil se torna concluir que se poderão atingir 1.960 mortes. Bem pior do que os números anteriores!... Estamos na curva descendente, dizem os letrados, mas então, somos todos estúpidos, ou quê?

Tendo em conta que vamos entrar na semana dos Santos Populares, em Lisboa e que a seguir, hão-de vir o Porto e Braga com o seu S.João, é de temer que, infelizmente, vamos continuar a assistir impávidos e seremos(?) ao crescimento exponencial da desgraça que teimamos em chamar para nós, sem que quem de direito, decida tomar medidas que ponham côbro a este triste estado de coisas. A bem da Economia. A bem do Turismo. A bem do equilibrio orçamental. Cairão aqueles que tiverem que caír!!!

15 janeiro, 2021

Não há economia sem saúde e vida

Fui esta manhã a uma consulta que tinha agendada numa clínica hospitalar.

Fiquei admirado com a quantidade de veículos em movimento em plena VCI às 8 horas da manhã. Mais parecia uma manhã de um qualquer outro dia, em que não houvesse quaisquer medidas restrictivas. 

A Escola e os seus mais de dois milhões de activos em movimento - falo de Alunos/Pais/Professores/Auxiliares de Acção Educativa - gerarão concerteza, toda esta movimentação. Mas, meus Senhores, a ser desta forma, onde está o confinamento? Sabemos que a economia, a produção de riqueza, o tecido industrial, o desemprego, a carência social, a fome instalada obrigam-nos à percepção de que nem tudo pode ser como se idealizaria que fosse. Mas, querendo entender tudo isto, sabendo que a tomada de decisões é, por vezes, a parte mais difícil de digerir, importa não esquecer o binómio da Vida que assenta na saúde e na doença, sendo que a doença, neste caso, pode conduzir-nos à morte em pouco mais que duas semanas.

Já aqui abordamos esta problemática. A terrível escolha entre a manutenção mínima da economia e a opção pela saúde e pela vida, bens tão preciosos, sem os quais não há economia que resista

10 maio, 2020

E se fôr cêdo demais?

Por cá, intenta-se uma reabertura, um retorno lento e parcimonioso às lides, às saídas e entradas de nós todos num mundo que já não é mais o mesmo. Acha-se que nem que caiam mais uns quantos, isso será o preço a pagar por um "regresso" ao que quer que seja que isso possa ser...

Vamos reabrir escolas (11º. e 12º.anos) e creches, vai regressar o futebol, vão reabrir restaurantes, vamos ter museus e salas de espectáculo de volta(?); o pequeno comércio, a loja de rua já aí estão.
Já a seguir, virão as praias e a sua utilização limitada e vigiada, para em simultâneo termos a hotelaria, a restauração, os bares e os aeroportos inundados por turistas aos milhares vindos, só Deus saberá de onde. É o preço a pagar!

A economia, a queda brutal do PIB, o desemprego, o "lay off", a perda de rendimentos e a fome estão todos interligados numa cadeia sem fim rumo a um poço sem fundo. Sabemos todos que há que retornar, há que, paulatinamente, regressar a níveis de produção que possam reequilibrar as contas públicas... Mas, a abertura de aeroportos e a inundação de estrangeiros vindos de países, onde o nível pandémico está bem mais à frente que o nosso, não será um convite à desgraça? E, se piorarmos a nossa situação face ao que já conseguimos até hoje, será que as contas entre o Deve/Haver, isto é, o que a turistada cá deixar, vai chegar para compensar os milhões que se hão-de gastar no nosso Serviço Nacional de Saúde? Quanto aos que vierem a "desaparecer", se se concretizar este presságio, nem vale a pena falar: não serão tidos em conta! 

08 novembro, 2011

a/c dos Sindicatos

Hoje foi dia de greve nos Transportes. Nas principais cidades do país, nomeadamente Lisboa e Porto, foi um autêntico calvário circular de um lado para outro.

A greve é um direito inalienável numa Sociedade de direito como a nossa, isso é irrefutável. Mas, esta altura da vida de todos nós é terrível para que desbaratem muitas centenas de milhares de euros, parando sectores da nossa economia que, mesmo trabalhando, acumulam prejuízos todos os dias; tanto pior é o cenário, se os sectores estiverem bloqueados, como acontece no caso de uma greve.

O direito que todos os trabalhadores têm à greve não se discute. O que aqui deixo, é a dúvida quanto ao 'timing' e quanto à essência: não será melhor em vez de parar, em vez de prejudicar milhares e perder milhões, manifestar o nosso descontentamento, por exemplo, ao fim de semana e com mega-manifestações em todas as cidades da nossa terra?  

14 agosto, 2011

Europa a falir!

A Crise fez isto, gerou aquilo, envenenou o sistema, atira todos os dias milhares para o desemprego, empobrece países, dilacera economias, abana os fortes e desgraça os fracos, os frágeis, os indefesos. A crise..., a crise, e mais crise e sempre a crise!...

Há coisas que não se explicam, não se percebem, simplesmente, aconteceram! E, não podiam ter acontecido. "Jogatanas" bolsistas, com especulações umas em cima doutras, crédito mal parado aos biliões para ajudar, pelo facilitismo, ao endividamento geral e para encobrir mega desvios dos senhores da finança. Obras públicas sem fundo, fundações ao molho a beberem milhões e empresas municipais que "servem para quase tudo", também elas, verdadeiros sorvedouros da riqueza gerada por quem trabalha, não chegam para explicar tudo...

Onde estão os responsáveis, os encobridores, onde estão todos aqueles que deveriam encher alas inteiras das cadeias portuguesas? Porque não existe (ainda) uma Lei que puna severamente quem conduziu o nosso futuro para esta encruzilhada, que só Deus sabe, a que 'vale de lágrimas' nos levará?

Todos os dias as notícias nos falam que o mundo, e  a Europa, em particular, vai de mal a pior. Vamos passar por tempos ainda mais difíceis. O triste, o medonho disto tudo, é que estamos a pagar, e mais pagaremos ainda, sem que saibamos muito bem, porque pagamos, onde é que erramos?