05 julho, 2011

Fogos, a época...

Há dias, em televisão, ouvi um jornalista de seu nome Hernâni Carvalho, dizer que este ano já ardeu o triplo da área florestal, por relação com o ano passado. É absolutamente inacreditável tal constatação! Verdade seja dita que a mim, enquanto ser anónimo desta sociedade em que me acho inserido, me pareceria que tal número ainda não teria sido atingido. Talvez que, o pedido/instrução para que tais acontecimentos não passassem nos écrans de televisão com a mesma frequência de anos idos, tenha gerado em mim esta noção, ao que parece falsa, que este ano as coisas não estariam assim tão mal. Resta-me somente lamentar, e, lamentar profundamente que assim seja.

No entanto, venho de tempos em que este fenómeno - se é que posso chamar-lhe assim, não se verificava, pelo menos com esta periodicidade tão certinha. Os fogos florestais passaram a ter uma época, uma sazonalidade irreversível que me aflige. Até parece estarem ao serviço ou para lucro de certas castas da sociedade. Senão vejamos: há o negócio dos madeireiros, da pasta para papel, dos transportadores, do aluguer de aviões e helicópteros pesados..., e, ainda há, o negócio da influênciazinha para que, por ajuste directo, ganhe este e não aquele. Enfim, quando é que os responsáveis, todos, mas mesmo todos, vão parar à cadeia?

E esta, hein!?...

Há alguns dias atrás, o País riu a "bandeiras despregadas" com a notícia de encher de espanto, os menos avisados. Sim, é que nesta República já pouco nos admira, por mais incrédulos que sejamos. Então, deliciem-se com este naco de história que vai perdurar por muito e muito tempo...

Aquando das anunciadas greves de camionistas há uns meses atrás e do perigo de este facto imobilizar o País, a PSP quis saber quantos de entre os seus efectivos estavam habilitados com a "carta de pesados", de forma a que, se necessário, esses agentes pudessem assumir os comandos de camiões que, eventualmente, estivessem a imobilizar o trânsito. Nesse levantamento, constatou-se que um agente da corporação há anos a conduzir um carro-patrulha, afinal NÃO TINHA CARTA, ou, pior ainda: tinha um documento, mas era falso! Agora, espanto dos espantos, o agente em causa, foi suspenso daquela função mas continua no activo, desempenhando uma qualquer outra actividade...

Ora aí está: há portugueses que são mais portugueses que os outros!