Há dias, em televisão, ouvi um jornalista de seu nome Hernâni Carvalho, dizer que este ano já ardeu o triplo da área florestal, por relação com o ano passado. É absolutamente inacreditável tal constatação! Verdade seja dita que a mim, enquanto ser anónimo desta sociedade em que me acho inserido, me pareceria que tal número ainda não teria sido atingido. Talvez que, o pedido/instrução para que tais acontecimentos não passassem nos écrans de televisão com a mesma frequência de anos idos, tenha gerado em mim esta noção, ao que parece falsa, que este ano as coisas não estariam assim tão mal. Resta-me somente lamentar, e, lamentar profundamente que assim seja.
No entanto, venho de tempos em que este fenómeno - se é que posso chamar-lhe assim, não se verificava, pelo menos com esta periodicidade tão certinha. Os fogos florestais passaram a ter uma época, uma sazonalidade irreversível que me aflige. Até parece estarem ao serviço ou para lucro de certas castas da sociedade. Senão vejamos: há o negócio dos madeireiros, da pasta para papel, dos transportadores, do aluguer de aviões e helicópteros pesados..., e, ainda há, o negócio da influênciazinha para que, por ajuste directo, ganhe este e não aquele. Enfim, quando é que os responsáveis, todos, mas mesmo todos, vão parar à cadeia?
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