14 dezembro, 2020

Escola tem cuidado, escola...

As Escolas continuam o seu percurso, isto é, dominadas pela Tutela, silenciadas por alguns dos seus Directores, abafadas por muitos dos que compõem a estrutura escolar...

Ouve-se da boca de alguns supostos responsáveis que a Escola é o ponto mais seguro onde os nossos jovens podem estar. Está bem, quem acredita nestas atoardas?

A frescura de anos da maior parte da nossa população escolar, não lhes permite ter uma noção, nem que seja aproximada, dos riscos em que se incorre quando se encontram aos magotes, quando convivem uns com os outros nos corredores ou no interior da sala de aula, nos intervalos entre Disciplinas...

Depois, quando há azar, que é como quem diz, quando algum deles apresenta sintomas ou testa positivo, as Escolas actuam da forma mais diversa, de acordo com as instruções do Delegado de Saúde da zona:

Escolas há, em que aquela turma pára toda. Vai tudo para casa;

Outras, de acordo com a DGS, vão para casa os quatro alunos que rodeiam o infectado: o da frente, o de trás, o da esquerda e o da direita;

Outras ainda, em que pára tudo. Vai tudo para casa, a Escola em peso, o Infantário, o Berçário;

E, depois, há as outras. Aquelas que para a Tutela não passam de uma centena e que para a Fenprof já ultrapassaram o milhar. São casos "isolados, pontuais, meramente ocasionais que não põem em risco a comunidade escolar", dizem os entendidos(?)...

Estes "entendidos" não respeitam o distanciamento social entre alunos, não fornecem álcool gel em quantidade qb, não asseguram espaços alternativos - ginásio/refeitório - à exiguidade do espaço das salas de aula, não garantem que o transporte de e para a Escola em autocarros fretados, seja feito observando números máximo/mínimo por camioneta. Enfim, há que continuar... até que haja azar! Depois, se o houver, logo se vê! 

Proacção, prevenção, antecipação - nada disso! Remediação, depois das coisas acontecerem!...



 

Malucos à solta...

Não me imaginava voltar a perder tempo com o espécimen que vos trago abaixo, mas ele é irrepetível, ele é execrável, ele não pára de nos desassossegar...

Trump afirma que os Estados Unidos vão cometer uma enorme ilegalidade ao empossar a 20 de Janeiro próximo, um "Presidente ilegitimo", um Presidente que não(?) ganhou as eleições...

O discurso é o de um lunático, de um louco exacerbado, de uma cabeça sériamente doente, de uma massa cerebral, que em vez de cinzenta, já há muito se tornou da côr do ocre, tal a oxidação que se apoderou e enferruja aqueles destratados neurónios.

O estranho, mas, mesmo muito bizarro, é que haja cerca de 70 milhões de norte americanos que o seguem, que o bajulam, que vão para as ruas na posse de um discurso em tudo semelhante ao dele e, que, portanto, estejam dispostos ao confronto com os restantes seus concidadãos. Inimaginável! Acreditando que os americanos tenham alguns malucos à solta, jamais me passou pela cabeça era que pudessem ser tantos...

Marta Temido emocionou-se...

Marta Temido, Ministra da Saúde, emocionou-se um dia destes quando discursava numa palestra no Instituto Dr. Ricardo Jorge. 

O assunto não me traria a este espaço, pois a emoção é fruto de uma conjugação de situações endógenas e exógenas do individúo, caso não estivesse a ocorrer nas redes sociais, por esta altura, um chorrilho de críticas à pretensa fragilidade da Senhora.

Somos, verdadeiramente, uns idiotas chapados que não sabem discernir, claramente, entre o certo e o errado; o que importa é "botar faladura"..., a qualquuer preço.

A Senhora não fez tudo bem; não acertou em todas as decisões; falhou muitas vezes, e nessas alturas, proferiu algumas afirmações que chocaram uns, indignaram outros e atiraram para a desgraça final, muitos outros que não sobraram para contar a sua história aos que hão-de vir. É verdade! Mas, também é verdade que uma situação como a que vivemos acontece uma vez a cada século que passa e, portanto, ninguém estava preparado para o que nos tem acontecido. Do que não há dúvida é que o que estamos a passar, tem tido muitos avanços e recuos, muitos saltos e algumas quedas, muito agora é que é, para logo após, afinal, não era esse o caminho... 

Calem-se os mixordeiros, nem que seja por uma vez!...

Ela, tal como cada um de nós, temos sofrido ansiedades muitas, medos atrozes, incertezas a perder de vista. E, temos sofrido, todos, desta mescla que sentimentos, de vitórias e derrotas, dum passo à frente e, de seguida dois atrás. Ora rimos, ora choramos, ora gritamos, ora nos quedamos num silêncio sepulcral em que medimos o que foi e o que está para vir. Nós todos. E, Marta Temido, também!