25 outubro, 2019

Escola - para onde vais?

A Escola, sempre a Escola, como fábrica de sonhos, como artífice do saber, da personalidade, do Eu, a Escola como rampa de lançamento para tudo o que viermos a fazer para o resto das nossas vidas... A Escola, tão vilipendiada, tão maltratada, tão insolentemente desabonada por todos aqueles que deveriam ver no seu edifício, o verdadeiro castelo, a amurada que ajuda a combater o insucesso e nos pode conduzir a uma vida melhor...

Pois na Escola - uma vez mais! - uma aluna de 7º. Ano, 14 anos, agrediu verbal e fisicamente uma professora, porque esta solicitou que ajudasse a arrumar os materiais.

Há pouco tempo atrás, numa outra Escola, dois outros alunos, no seu exterior, pegaram-se de razões. O irmão mais velho e já adulto de um deles mete-se na refrega e vai daí, parte para cima do outro. Este vendo-se assediado, por alguém mais velho refugia-se na Escola. O adulto invade o espaço escolar e o Coordenador da Escola sai em auxílio do aluno que se encontra no interior. Acabam ambos agredidos, havendo necessidade de conduzir o docente ao hospital para ser assistido. 

Santo Deus, o que se passa com esta gente, o que se passa com estes Pais, o que se passa com o Ministério da Educação?... É tempo, já é mais do que tempo de fazer uma inversão neste estado calamitoso a que estamos a chegar, sob pena de estarmos a aniquilar, de estarmos a destruír, irremediávelmente, o futuro, o amanhã desta geração que está agora a chegar à vida...

Escola, professores e alunos

Há alguns dias atrás, algures por este País fora, um professor a fazer o seu primeiro dia de aulas, foi desobedecido quando pediu a não utilização de telemóveis enquanto decorresse o tempo útil de aula.

Palavra puxa palavra, a confusão instalou-se e o grosso do grupo de alunos fez frente ao docente. Na altura em que um deles é instado a entregar o telemóvel ao adulto, aquele esquivou-se numa atitude, em tudo desafiante e instigadora de alguma desordem.

O professor, no auge de um pico nervoso, segura, ao que se diz, pelo pescoço o aluno, e confisca-lhe o aparelho.

Certo! Tal atitude do docente não deveria ter acontecido, mas, também não é menos verdade, que a desobediência, o desrespeito, a atitude desafiante e malcriada, por parte de alguns alunos daquela turma também não deveria ter acontecido! Em suma: a atitude precipitada, fruto da falta de educação dos jovens, dá cabo da vida daquele professor, que jamais voltará a ser o que era. Vai sofrer consequências disciplinares e vai levar consigo o rótulo, onde quer que venha a ser colocado para dar aulas. Triste sina a destes profissionais, que carregam nos ombros o fardo pesado de ter que educar os filhos desta Nação, já que aos Pais tudo lhes é oferecido, sendo que muito pouco lhes é exigido.

Até quando é que a Governança deste País vai permitir que este estado de caos e bandalheira permanente vá durar? Para quando a intervenção urgente do Ministério da Educação e a responsabilização imediata dos encarregados de educação, dos Pais destes mini bandos à solta? Sim, para quando?