25 maio, 2010

Greve, pois claro!

Nunca fui grande apologista de greves.
Sempre achei que a Greve, sendo um direito inalienável, deve ser exercido com sensatez, com equilíbrio, com ponderação.
Sempre defendi que há sectores que por serem tão vitais para o bem-estar e a vida, esse direito, o da greve deve ser muito criteriosamente executado, para não colidir com o direito dos outros: é o caso dos sectores ligados à Saúde e prestação de cuidados médicos.
Mas, desta vez e perante o cenário que nos colocam na frente dos olhos, isto é, parece que estamos a ser governados por um magote de loucos, sou total, frontal e inteiramente a favor da Greve. Faça-se Greve! Mostre-se nas ruas o descontentamento. Grite-se a nossa incompreensão. Digamos: Basta!

Os Deuses devem estar loucos!...

Não entendo!
Não devo ter escutado bem!...
Não percebo este País e as gentes que nele mandam.
Não entendo o despudor, a desfaçatez, a falta de senso-comum, a ausência total de vergonha. Não entendo!...
Como não entendo que em época de crise total, de penúria, da falta de tanta coisa essencial, de apertar o cinto, de fazer ginástica orçamental, de poupar, de amealhar...
Não entendo...!, não percebo, não acredito, está pr'além da minha capacidade intelectual aquilo que hoje foi dito em telejornais televisivos...
  • "O desgraçado dum político quando cessa funções e regressa à vida que tinha antes, recebia cerca de € 283.000; vai passar a receber cerca de 1 Milhão de Euros!"
  • "As verbas orçamentais destinadas a deslocações e estadias dos políticos, vão ser substancialmente aumentadas."
  • "Os montantes destinados à decoração dos gabinetes ministeriais e de secretários de estado, vão, também, ser significativamente melhorados".
O que é isto?
O que é que é isto, meu Deus?
O que se passa neste País?
Que raio de moralidade e sensatez é esta?
O que se passa com os políticos que elegemos?
Será que endoidaram todos, perderam o juízo?
Em linguagem futebolística, já que temos o 'Mundial' à porta, apetece dizer: "que bom seria fazer uma "limpeza de balneário, escorraçá-los, a pontapé no cú, a todos eles!"