Covid-19 - Mais de metade de nós...

"Desde 02 de março de 2020, quando foram notificados os primeiros casos, até 25 de novembro, Portugal registou um total de 5.545.266 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 que provoca a doença covid-19."

A "Madremedia/Lusa" publica um artigo de grande actualidade em que, com base em informações do Instituto Ricardo Jorge, se fazem várias afirmações de grande pertinência, nomeadamente, que o índice Rt (média de casos ocorrida nos últimos 5 dias) baixou para os 0,94. 

Também se percebe nas entrelinhas que, eventualmente, esta média poderá não corresponder à realidade, uma vez que deixou de se fazer o rastreio algo apertado que se fazia, bem como, o registo dos casos verificados... 

O parágrafo que encima este escrito e que se encontra salientado a azul, é uma cópia fiel da afirmação do Instituto Ricardo Jorge que demonstra que para os 10,3 milhões de habitantes deste nosso País, mais de metade do todo que somos, já sofreu, ou sofre de infecção pela Covid-19.

Não se fala neste artigo de todos quantos desapareceram devido a este flagelo, mas não andaremos longe da verdade se dissermos que cerca de 22.000 Portugueses perderam a vida. Este número estima-se em mortes por causa directa, ficando por contabilizar todos os que desta vida se foram, devido a problemas do tipo sequelas da doença.

Só para que conste. Para que alguém possa relembrar mais lá para a frente...

RT a subir?...

Para memória futura, para que possamos reinventariar o que somos e não somos...

António Costa falou ao País a 1 do corrente.

Veio anunciar mais alguns passos no desconfinamento, que ele diz, se deseja a conta gotas, mas que na realidade vai muito para além disso. Basta ter em conta a reabertura com aulas presenciais dos 2º. e 3º. ciclos escolares. 

Para além da Escola, há outras medidas que foram adiantadas e que se prevêm possam vir a tornar-se algo complicadas, pois o Rt (indice de transmissibilidade) está em ascensão desde há cerca de duas semanas atrás. Para complicar ainda mais o cenário próximo, a revisão da situação evolutiva da pandemia far-se-á a cada 15 dias, o que significa que possam vir a existir situações ao 6º., 7º. ,8º. dia , que mereceriam intervenção imediata, mas que, só se reverterão quando se perfizerem os tais 15 dias...

Vale isto por dizer, que casos haverá, em que vamos actuar já fora de tempo, de forma atrasada, tendo-se perdido dias preciosos para estancar o que houver para ser estancado.

O futuro próximo nos dirá, se a exemplo do que já passamos, não voltaremos a repetir erros já cometidos

Tiro ao lado...

Uma vez mais, o tiro vai sair-nos ao lado...

O valor "RT", índice de transmissibilidade está a subir. Devagar, devagarinho ei-lo a trepar rumo ao que não nos interessa. António Costa anunciou ao País que iamos começar a desconfinar lentamente, pausadamente, com cautelas, com precaução...

Não interessa dizer meias coisas, pintar de meias tintas um discurso que deveria ser mais assertivo, mais incisivo, mais austero. Dizer aos Portugueses, que a Escola dos mais pequenos já pode, vendas ao postigo já pode é o principio da ladeira por onde vamos começar a escorregar, todos!...

A malta acha que o pior já passou, o Sol vai enchendo os dias de uma luz renovada e tão esperada e, eis que, afinal, o desconfinamento que deveria ser cauteloso e progressivo, acaba com os Portugueses aos milhares para cima e para baixo, num frenesim perigoso e atentatório de todas as regras de saúde pública. E a Páscoa ainda está por chegar. E a malta vai-se passar e vai julgar que isto de estar em Estado de Emergência, mais não é que uma situação à qual vamos ganhando habituação, mas não muito mais do que isso!...