04 maio, 2016

Respeito pelo outro, onde está?

Ontem, decidi dar uma volta.
Desci as escadas, aterrei na garagem comum e dei à chave.
Engrenei a primeira, agarrei no comando de abertura do portão eléctrico e pressionei-o.
A porta começou lentamente a deslizar e eu fiz o percurso da garagem duma ponta à outra num ápice.
Quando endireito o carro para saír e à medida que o portão foi atingindo o seu máximo de abertura, fiquei boquiaberto: bem no centro do ligeiro declive da saída, uma carrinha cinzenta está estacionada... Não há sinalizadores intermitentes, não há ruído de motor a trabalhar, nada!
Fico ali parado, motor a trabalhar e faróis acesos e dou duas buzinadelas estridentes... Nada! regresso ao chamamento de buzina na mira que o dono da bendita carrinha estivesse nas imediações e se chegasse para a tirar dali para fora. Nada! repito a operação mais 4-5 vezes, passam-se entretanto, cerca de 10 minutos, a vizinhança acerca-se da janela para se inteirar do alarido, e, alguns começam até a juntar-se para ver como é que aquilo acaba.
Em desespero, ligo a pessoa responsável no sentido de tentar descortinar as causas de tão bizarro e despropositado comportamento. A resposta veio célere quanto à pertença e personalidade de quem assim age, de forma tão mal criada e sem respeito pelo semelhante.
Começo a ligar para a polícia e já tenho o número a chamar quando aparece em corrida um vulto que me abana a mão em sinal de "desculpa lá isso!". Indignado, levanto-lhe as mãos e franzo-lhe o cenho numa de: "então, que raio de atitude é esta?"

Espero, muito sinceramente, não ter que passar por outra situação como esta que ora vivi. Se tal, infelizmente, vier a acontecer, não perco nem mais um segundo para além do tempo necessário em convocar imediatamente, agentes da autoridade para o local.

Escola Pública vs Privada

Na Educação anda por aí muito boa gente toda eriçada, porque o Governo decidiu cortar na verba que tem sido atribuída ao Ensino Privado, vulgo Colégios, ou dito de outra maneira, Ensino com Contrato de Associação.

Na verdade, se dum lado da rua existir uma Escola Pública e defronte, uma outra pertencente ao sector privado, não há nenhuma razão para que os impostos de todos nós vão parar na forma de subsídio a esta última, só porque os Paizinhos dos meninos assim o entendam. Se desejam que os seus meninos tenham direitos acrescidos em relação às crianças da Escola Pública, pois que paguem por eles, que façam um esforço do sua própria bolsa no sentido de proporcionarem aos seus filhos aquilo que entendem ser o melhor para o seu desenvolvimento. Mas, por favor, tenham o bom senso de não quererem que a comunidade no seu todo, se veja obrigada a pagar aquilo que, em boa verdade, deve ser pago por quem deve e acha que pode.