01 julho, 2023

Pizarro, estará bem de saúde?

Manuel Pizarro, Ministro da Saúde deste País é um homem dos diabos. 

Para ele, tudo está bem, tudo está dentro dos conformes, tudo funciona em pleno, temos mais médicos, temos mais enfermeiros, temos mais técnicos de laboratório, temos mais farmaceuticos hospitalares, os Centros de Saúde continuam em alta, e se, eventualmente, algo estiver em falta, isso não passa de um caso meramente pontual, que rápidamente será solucionado...

O homem está doente!...

Fecham-se urgências hospitalares, fecham urgências de especialidades como sejam as de Pediatria, as de Ginecologia, as de Obstectrícia. Fecham consultas externas, fecham Centros de Saúde a partir de certas horas. Não há médicos suficientes, não há enfermeiros para as necessidades. Fazem-se filas intermináveis desde as 5 horas da manhã para se obter uma senha para uma consulta em alguns Centros de Saúde. Hoje, morreu um homem à porta de uma Urgência hospitalar - Hospital de S. Paulo, em Serpa - que estava encerrada das 0 às 8 da manhã!...

A bipolaridade de que Manuel Pizarro parece padecer, este ar atolambado com que nos mimoseia, é um perigo gritante para a saúde pública deste País. E, já agora, com tanta escassez de recursos, como entender o Director Executivo da SNS Fernando Araújo? Afinal, quem manda na saúde? E depois de se obter resposta à pergunta, porque não dispensar, de imediato, aquele que não faz falta nenhuma?

Bolsonaro, ciao, ciao

Bolsonaro, graças aos votos dos Juizes do Tribunal Superior Eleitoral Brasileiro, estará fora das lides eleitorais até 2030. Que alívio, que descanso, que paz!

O mundo está na mão de meia dúzia de lunáticos poderosos, ditadores ou não, que vão infernizando o dia-a-dia de milhões de pessoas, devido às suas tomadas de posição altamente lesivas do interesse da maioria dos seres humanos.

Evidentemente, que há ainda um recurso a que Bolsonaro pode recorrer, mas segundo os especialistas na matéria, mesmo que tal viesse a acontecer, acredita-se que o resultado final seria o mesmo.

O mundo fica, assim, livre de mais um traste que nada tem para dar ao seu Povo. Oxalá, possa acontecer o mesmo a Donald Trump. Que bom seria para todos, pudéssemos ter estes dois valetes de espadas fora do baralho. Tenhamos fé que o bom senso acabará por imperar!

França, o caos e a anarquia

A França vive por estes dias - já lá vão quatro - momentos muito conturbados, muito violentos, muito pouco de acordo com uma Nação, cujo lema assenta nos três pilares fundamentais de uma sã e adulta democracia: Humanidade; Fraternidade e Igualdade!

A morte de um adolescente de 17 anos, por ter desobedecido à polícia numa operação auto-stop, após se encontrar parado para ser fiscalizado, foi o gatilho para o que tem estado a acontecer. O arranque brusco do carro conduzido pelo adolescente, induz duas situações: 

1- Desobediência à autoridade, na tentativa de encetar a fuga;
2- Risco para a integridade física dos agentes, que mais não faziam, que não fôsse cumprir o seu dever.

Perante estes cenários, o agente que acompanhava o colega fiscalizador, disparou sobre a viatura, tendo alvejado o condutor adolescente. Perguntar-se-á: houve intenção de matar? Quem quer que seja que esteja  embuído de um mínimo de boa fé, dirá que não! Um disparo, não preparado, não arquitectado, não pensado pois nada faria prever a tentativa de fuga e subsequente perigo para quem inspecionava, nunca será um disparo preciso, certeiro, feito com a intenção de matar, mas sim, um disparo fortuito, não preparado, logo, sujeito a grande imponderabilidade... Terá querido disparar para pneus e imobilizar o fugitivo? Terá querido disparar sobre os vidros, estilhaçando-os, e com isso intimidar o condutor? Nunca o saberemos, mas o que é facto é que o polícia autor do disparo está sob prisão!... Também temos que o afirmar porque da verdade se trata: Não é fácil ser polícia neste reino onde cada um pensa que tudo pode, tudo faz, tudo manda, pois nada lhe acontecerá. E, já agora: 17 anos, trata-se de uma "criança"... E uma criança anda na rua a conduzir um automóvel?

Há muitas questões que ladeiam as consequências de todo este caso. Desde as culturais, às religiosas, passando pelas sociais, quiçá, até mesmo as raciais. Sim, tudo isso é verdade, não adianta escamoteá-lo. Mas, do que não há dúvida também, é que este adolescente, infringiu regras do colectivo, regras estabelecidas por quem rege as instituições, infringiu regras que têm que ver com disciplina, com respeito pelo outro, passou para lá das margens que estão delimitadas pela Lei e pela ordem pública. E, aqui se deixa uma última pergunta: Então e a Casa, os Pais, os Avós, a Família, onde anda toda essa gente?...