02 setembro, 2024

Saúde, para que te quero?

Continuamos esta verdadeira agonia de viver num País, dito Europeu, em que diariamente, temos mais de uma dúzia de Urgências hospitalares fechadas.

Desde a Obstetrícia, passando pela Ginecologia e terminando na Pediatria, temos tido uma experiência no que ao "S N S" diz respeito, absolutamente traumática e vergonhosa. Temos, a exemplo de outras áreas da nossa componente social, estado a assistir a uma constante degradação no que diz respeito ao recebimento de cuidados de saúde, quer sejam paliativos, continuados, ou emergentes.

Não se percebe lá muito bem, o que vai na cabeça da Ministra da Saúde quanto à resolução de matérias tão sensíveis para o bem estar e, vida ou morte dos Portugueses. Mas, do que não restam dúvidas é que, quaisquer que sejam as ideias, elas não se têm revelado nem um bocadinho frutuosas. Parece que a senhora em questão, vai andando de um lado para o outro, mais parecendo uma barata tonta, sem que dessas movimentações apareçam quaisquer resultados que resolvam todos os imbróglios em que se vai afundando o sector da saúde.

Para quando a "ressuscitação" deste estado moribundo de coisas?

Agosto de má memória

Foi-se embora o Agosto!

Nunca nos dias da minha vida me tinha sido tão penoso, o tão celebrado mês de Agosto.

Mês de férias, de viagens, de reencontros, de matar saudades, de pôr de Sol tardio, de dias grandes, muito luminosos, cheios de encantos mil, mês de Verão...

Pois, mesmo com todas as qualificações acima, o recém acabado mês de Agosto não teve, nem de perto nem de longe, metade do encantamento que, habitualmente, lhe atribuímos. Não! Foi tempo de ausências, foi tempo de perdas, foi tempo de dor e daquela lágrima furtiva, que nos escapa, escorreita, pelo rosto descolorido, sem brilho na tez... Agosto foi mês de atribulações, foi tempo de ansiedade e de uma inacabada e tão periclitante forma de viver. 

Setembro que ora começa vai levar às costas, ainda, alguma da muita mágoa que ficou lá atrás, embora subsista no horizonte alguma preocupação. Não obstante, muito se tenha já esvaído, resta ainda vida pela qual há que continuar o caminho. Oxalá nos conduza até ao cais pretendido.


Putin sem emenda

"Os bandidos dos Ucranianos..."

Foi com esta expressão tão loquaz e assertiva que Vladimir Putin se referiu àqueles que agora entraram pelo seu território adentro, nomeadamente, em Kursk, por se achar atacado... Então, mas estamos todos loucos, ou este senhor também não está bem da cabeça? É que, se alguém atacou alguém, foram efectivamente, os Russos, à ordem de quem agora assim se pronuncia, como "donzela ofendida", como se não fosse ele, exactamente ele, a dar a ordem de invasão, ataque e destruíção da terra Ucraniana. Mas, o homem está passado da cabeça ou o "tico zangou-se com o teco"?

É incrível! É abominável que este cavalheiro tenha memória tão curta e queira convencer o Mundo, que se fez o que fez, a culpa não é dele. É do outro! Parecem argumentos de canalha, canalha no sentido de criançada pirralha, de criançada mal comportada, sem regras, sem limites, sem disciplina. Sabe-se da perigosidade deste ser para o resto da Humanidade, ainda por cima, quando faz acordos, estabelece alianças, gera pactos de junção de forças com mais alguns da sua estirpe. É um biltre à solta!

Para que conste e memória futura: a Federação Russa atacou ontem, Domingo, um centro de reabilitação infantil e um orfanato, na cidade de Sumy, em solo Ucraniano!

Escola ainda a penar

""Segundo a contabilização feita pela Fenprof, há, pelo menos, 890 horários por preencher, que correspondem a 19.598 horas de aulas, 4.900 turmas e cerca de 122 mil alunos “que, se houvesse aulas hoje, não teriam, pelo menos, um professor”."

O parágrafo acima, é o excerto de uma citação extraída de um texto do "Expresso" de hoje, que nos conduz para aquela encruzilhada em que vimos vivendo nos últimos anos, isto é, a preocupante e crónica falta de Professores.

Mesmo com sucedâneos de Professor, ou seja, contratando gente que não está devidamente habilitada para o desempenho da profissão, por não terem feito o devido estágio pedagógico, assim mesmo, a falta de dignificação e de valorização da carreira docente leva a este cenário, assaz preocupante e trágico, uma vez que a Educação, é, e terá sempre que ser, tratada como um dos suportes basilares de qualquer Sociedade que se preze, que se queira desenvolvida, virada para os desafios do futuro.

Infelizmente, por mais que o Ministro Fernando Alexandre nos venha dizendo que isto vai correr melhor, o que é facto é que a realidade está aí e não há "varinha mágica" que se vislumbre, possa alterar o rumo dos acontecimentos. Daqui a quase nada, o ano lectivo arranca e logo veremos se, afinal, vamos continuar a ter mais do  mesmo.