06 maio, 2011

Fukushima e...

O Homem, todos nós, somos pródigos a esquecer, a continuar a 'vidinha', passando ao lado de grandes desastres, de grandes tormentas, de grandes tragédias. Faz parte da condição humana. Mas, por mais que queiramos esquecer, pôr de lado numa qualquer prateleira da memória, voltamos por vezes, a rememorar, a rebobinar a cassete de imagens que se encontra algures no mais recôndito do nosso cérebro. 

É por isso que, agora relembro os Japoneses e, o brutal terramoto e tsunami que os fustigou... e Fukushima e os seus reactores a explodir. Que é feito deles? Dos vivos que perderam as suas famílias, dos mortos e desaparecidos e da radiação que contamina esta bola azul que habitamos? Silêncio consternado e estranho, este que nos preenche...

... de luva branca

O ano passado Jorge Jesus foi infeliz, muito infeliz. E foi-o, essencialmente, quando comandando o campeonato ao leme do Benfica e tendo o Sporting de Braga à perna, no 2º. lugar, disse numa entrevista que grande parte do mérito da carreira fabulosa que os bracarenses estavam a fazer, se devia ao seu trabalho da época anterior. Como sabemos, um ano antes Jesus tinha treinado o Braga.

Foi lamentável ter sido tão arrogante, tão deselegante para com um colega de profissão, tão pouco humilde, tão injusto por não saber calar o óbvio e dar valor ao trabalho que Domingos Paciência estava a desenvolver no comando técnico da equipa minhota.

A Justiça Divina é implacável; pode tardar, mas nunca falha. Mais cedo ou mais tarde, eis a factura!

Foi o que agora aconteceu. Antes do mais, Jesus terá que sorver o fel de uma derrota amarga que o afasta a si e à equipa sob o seu comando actual, de uma Final europeia. E, desta vez, com 2 anos de trabalho bem frutuoso de Domingos à frente do Braga, não pode evocar que a vitória do seu adversário lhe pertence também, porque o Braga ainda esteja a viver do seu saber
Domingos vingou bem a faladura desmedida e de mau tom com que Jesus o "brindou" o ano passado.

Ah!, já agora, parabéns ao futebol português por uma final europeia totalmente lusa.