Estamos sôfregos. Estamos apressados em excesso. Estamos impacientes, de cenho franzido, obscuros, cinzentos, sem sorrisos. Já nem fazemos esforço para sermos simpáticos uns com os outros. Chega sermos grossos, curtos, mal dispostos e abespinhados. Também, "ninguém paga a ninguém" por se ser simpático, por sorrir, por ceder a passagem a uma senhora, ou a um idoso num vão de porta. Lá isso, é verdade! Mas, e porquê? Pelo mesmo motivo de sempre: pela educação, ou melhor dizendo, pela falta dela! Corremos o "risco", de cedermos a posição e ninguém nos agradecer; mais, até pode dar para passar altaneiro e senhor do seu nariz, sem um pequeno sorriso que seja. E isto, vai deixando as suas marcas no pensamento e a tal tristeza nos nossos olhares.
Vem isto a propósito da forma como estamos a conduzir nas nossas cidades, nas nossas estradas. De forma agressiva, impetuosa, mal educada, sem regras de civismo, nem de respeito pela vida, quer própria, quer a dos outros. Oxalá o Governo, que agora toma conta dos destinos do País, se lembrasse de criar uma disciplina curricular nos programas de ensino que contemplasse a civilidade, o respeito mútuo que devemos ter enquanto utentes da via pública.