01 julho, 2011

Educação, sempre!

Estamos sôfregos. Estamos apressados em excesso. Estamos impacientes, de cenho franzido, obscuros, cinzentos, sem sorrisos. Já nem fazemos esforço para sermos simpáticos uns com os outros. Chega sermos grossos, curtos, mal dispostos e abespinhados. Também, "ninguém paga a ninguém" por se ser simpático, por sorrir, por ceder a passagem a uma senhora, ou a um idoso num vão de porta. Lá isso, é verdade! Mas, e porquê? Pelo mesmo motivo de sempre: pela educação, ou melhor dizendo, pela falta dela! Corremos o "risco", de cedermos a posição e ninguém nos agradecer; mais, até pode dar para passar altaneiro e senhor do seu nariz, sem um pequeno sorriso que seja. E isto, vai deixando as suas marcas no pensamento e a tal tristeza nos nossos olhares.

Vem isto a propósito da forma como estamos a conduzir nas nossas cidades, nas nossas estradas. De forma agressiva, impetuosa, mal educada, sem regras de civismo, nem de respeito pela vida, quer própria, quer a dos outros. Oxalá o Governo, que agora toma conta dos destinos do País, se lembrasse de criar uma disciplina curricular nos programas de ensino que contemplasse a civilidade, o respeito mútuo que devemos ter enquanto utentes da via pública.

Fazer a mesma vida gastando metade - Opiniao - Sol

Fazer a mesma vida gastando metade - Opiniao - Sol
Já vi muitas coisas na vida, mas esta de "encomendar à classe média portuguesa" a liquidação da dívida fez-me cócegas no encéfalo. E a receita para a poupança é um mimo, uma ode à inteligência de um qualquer néscio: aquela de sugerir que em vez de um Mercedes de topo, se compre o modelo abaixo, em vez de um Audi A6, porque não um Audi A4, em vez de um BMW 635, um BMW 320. E, ainda, em vez de águas de Vichy, porque não do Luso, do Vimeiro ou da Serra da Estrela? Numa festa, a sugestão pia, bem intencionada, católica ou ortodoxa, tanto faz, de se brindar com um Espumante de Cabriz, ou da Raposeira, em vez de um Moet & Chandon, ou um Cristal da Krug. Um chorrilho de exemplos, mas maus exemplos, daqueles carregadinhos de asneira. É que, a tal classe média, a que compra Mercedes, Audis e BM's, a que bebe água de Vichy, festeja com Cristal nada tem de classe média. Essa já não existe, está moribunda, com uma mão atrás e outra à frente. Já não paga a prestação da casa, já não come como precisava, já pouco festeja e o fim do mês está cada vez mais difícil de atingir. Isto, se o desemprego já não lhe entrou portas adentro, pois aí, já nem falamos de classes, é a pobreza nua e crua com todas as funestas consequências que lhe estão agregadas.