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03 dezembro, 2023

A Escola, esse "parente" pobre...

A Escola é fonte de saber, é mina do conhecimento, mas, é também alpendre onde se acoitam tantas carências...

A Escola tem que ser, ou devia ser, Inclusa e Inclusiva. Isto é, qualquer que seja a procedência, qualquer que seja o extracto social, qualquer que seja a côr da pele, qualquer que seja o credo religioso, qualquer que seja a deficiência fisica ou psico-motora, a Escola é, e sempre será, o primeiro bastião, a primeira pedra na construção e constituíção de cada um dos seus alunos, como alicerce do seu amanhã, do seu futuro próximo. Mas, a Escola não está a ser nada disso!

A Escola está a transformar-se, gradualmente e por cada ano que passa, numa outra coisa. A Escola alberga dentro de si própria, uma nova filosofia, um novo conceito, cujas coordenadas vêm de cima, do poder instituído, em suma, do poder político.

À Escola tudo se pede, tudo se exige e tudo se restringe, porque a Escola não tem Professores, a Escola não tem Funcionários em número suficiente, a Escola não tem Psicólogos, a Escola não tem Professores do Ensino Especial, a Escola não tem edifícios condignos, a Escola não tem meios informáticos como computadores e projectores, como se exige nesta era da digitalização. A Escola, em muitos casos, não tem sequer, pavilhão de Ginástica; a Escola tem, isso sim, em tantos outros casos, tectos por onde entra a água da chuva, tem janelas que não vedam o frio no Inverno, tem pavimentos degradados, tem cantinas obsoletas e ultrapassadas no tempo...

E, depois, temos uma Governação, qualquer que seja a côr dominante em S. Bento, que está sómente preocupada com as percentagens de sucesso a transmitir ao nosso Instituto Nacional de Estatística, que por sua vez, as fará chegar à O.C.D.E. de forma a ficarmos bem na fotografia. Cada chumbo, cada criança que repete o ano, custava há dois anos cerca de 5.500 euros/ano ao Estado, daí a instrução do Ministério que tutela a área da Educação, no sentido de agilizar, de facilitar, de deitar para trás das costas tudo o que seja exigência dos saberes, provas efectivas de tais saberes, regras quanto ao mérito, quanto à disciplina, quanto à educação cívica, quanto à postura comportamental, quer seja na vertente individual, quer seja na vertente colectiva.

Tudo se esboroa desta forma capciosa. Tudo se altera, tudo se muda, tudo se garante, tudo se dá por ganho, quando nada está garantido, nada está sólidamente conquistado, bem longe disso. Grita-se aos sete ventos que temos estado a produzir a geração mais qualificada, mais apetrechada em conhecimento, em competências, em especialização. Desenganem-se!!! Extraíndo do todo da nossa camada estudantil, talvez uns lisongeiros 20%, crê-se que os restantes são de uma ignorância que até dói, que é absolutamente confrangedora. Não sabem escrever um parágrafo inteiro sem cometer erros ortográficos, não sabem classificar uma oração em contexto gramatical. Desconhecem em absoluto os mínimos da nossa História de nove séculos, não fazem ideia de quantos rios correm em Portugal, de qual a altitude da mais alta serra do nosso território. Tirando-lhes as redes sociais e a muita apetência por meios electrónicos, são incapazes de, mentalmente, fazer uma multiplicação simples sem uma calculadora por perto...

Como se não chegasse todo este cenário quase Dantesco, há que acrescentar a Casa, ou melhor dito, a ausência da mesma. Pais e Avós, numa esmagadora maioria, há já algum tempo que se demitiram da sua mais elementar obrigação, como seja: educar, orientar, dialogar, respeitar e dar-se ao respeito, gerir e forçar a criação de regras, de disciplina, de ensinar a humildade quando disso fôr caso e estimular a auto-estima no bom sentido, visando a evolução e o desenvolvimento físico, mental e psicológico do jovem em crescimento. Mas, os corredores das nas nossas Escolas têm muito pouco disto! Tirando 3 ou 4 pérolas que possam existir numa turma de, digamos 23-25 alunos, o resto são pequenos delinquentes, são precocemente, marginais em potência, que quando em grupo, assumem laivos de uma força física que, fácilmente, pode descambar para a asneira e para a desgraça.

João Costa, o ainda Ministro da Educação (até quando?) vai assobiando para o lado, como que a tentar ignorar, a passar ao lado, duma realidade que já está instalada na nossa Escola, principalmente, nas três ou quatro grandes urbes do nosso País, aquelas onde o número de bairros sociais e de Famílias carenciadas e desustruturadas é mais visível e mais real. Nestes casos, a Escola e uma sala de aula, ou um corredor da mesma, são já locais de massiva grosseria, de má educação, de insulto gratuíto em altos berros, de "bullying", deles para com eles e deles para com Funcionárias e Professores, que são escassos para as necessidades e não podem, portanto, assegurar que a Escola seja um local de transmissão de conhecimento sim, mas, e também, de harmonia, de respeito e de cultura cívica, como deveria ser.

Os Professores estão esgotados. O Pessoal Auxiliar, manifestamente insuficiente, está esgotado. Os Professores consomem a maior parte do seu tempo de vida docente, preenchendo grelhas avaliativas, lendo normas e decretos lei que as Direcções lhes encaminham por e-mail em catadupa, elaborando testes avaliativos, quer escritos, quer auditivos (falando no caso das Línguas), fazendo a sua posterior correcção. Os Professores recebem Pais ou Encarregados de Educação quando são "bafejados" com uma direcção de Turma, prestando esclarecimentos sobre aproveitamento escolar, sobre postura comportamental, encaminhando para a "CPCJ" (Comissão de Protecção de Crianças e Jovens), quando, desgraçadamente, a casa desustruturada conduz a que seja o Professor a sinalizar o/a menor perante as autoridades e a Segurança Social. Enfim, o calvário de todos os dias, de todas as semanas, de todos os meses e de todos os anos, leva a uma exaustão emocional, física e psiquica que deixa todos os Profissionais que trabalham nas quatro paredes de uma Escola, bem perto de um ataque de nervos, de uma depressão contínua e de um estado de manifesta infelicidade permanente...

Para culminar, acrescentar tão só, o quão útil seria para o futuro e para a segurança de todos, que a Tutela ousasse instalar câmaras de vigilância dentro das salas de aula, de forma a estancar, enquanto é tempo, esses rios de indisciplina, de total ausência de regras, de total desresponsabilização dos prevaricadores, que acham que tudo podem, que não aceitam um "NÂO" em caso algum, que usam a arrogância e o desrespeito como arma do dia-a-dia, logo agora que estamos a receber jovens de várias latitudes, de vários credos, de várias culturas, gerando um caldo multi-rácico que pode revelar-se um caldeirão fumegante e altamente perigoso dentro da próxima meia dúzia de anos. Pensem nisso senhores do poder, mas pensem rápido, pois sois demasiado permissivos e pactuantes com todos aqueles que precisam ser energicamente travados, antes que venhamos a lamentar algo de irremediável e sem regresso!!!



29 novembro, 2023

Montenegro, ardiloso como todos!

Luís Montenegro, líder do PSD botou faladura entre os seus iguais...

E falou de Pensões, e de Pensionistas, e da Oposição, e das suas diferenças com os seus rivais, e falou de Professores e da recuperação do tempo de serviço, que ficou congelado lá atrás, em 6 anos, 6 meses e 23 dias. E disse aleivosias, como é da praxe em líderes políticos em tempos de pré-campanha eleitoral...

Um desses dislates, tem a ver com a sua vontade em "promover a recuperação integral do tempo de serviço dos Professores, de forma faseada no tempo, se exequível", afirmação que deixa as duas únicas possibilidades a marinar numa grande ambiguidade, isto é:

  • Este "...se exequível" é tão descoroçoante quanto enganador, já que, se não ganhar as eleições, fica-se na primeira parte da frase: "... promover a recuperação..."
  • Se for eleito Primeiro Ministro, remeter-se-á ao anteriormente anunciado: "..., se exequível", ou seja, nada feito, NÃO É POSSÍVEL, por uma qualquer incapacidade orçamental.
Todos estes ardis, todas estas frases carregadas de segundas intenções, absolutamente capciosas, são o pão nosso de cada dia de todos os nossos políticos. Não interessa a côr, não interessam os programas, não interessam as promessas, tudo é ôco, vazio de sentido e de verdade. Assim sendo, às malvas com todos eles!

26 setembro, 2023

Um Professor feito em 2 anos???

Foi nem mais, nem menos, com palavras do jaez das que encimam este post que João Costa, em entrevista ao canal 1, se expressou perante o Jornalista João Adelino Faria e todo um Povo, através das câmaras de televisão. Decididamente, este senhor - Ministro da Educação - não está bom da cabeça, não está no seu perfeito juízo, sofre de um qualquer desvio de personalidade que o faz dizer asneira sobre asneira, e pior, o leva a fazer coisas inimagináveis que nem o mais tenebroso dos políticos se tinha atrevido a fazer até esta data.

"Faltam Professores a Sul..." Então vamos incentivar a sua formação nesta zona do País, foi a resposta do Ministro. Quando confrontado pelo Jornalista que isso será um processo moroso e que levará anos a concretizar, a resposta, titubeante, e com ar de pânico estampado no olhar veio em forma de atoarda, de asneira pegada: "um Professor leva dois anos a estar pronto para leccionar..." O quê? Em que Faculdade é que este senhor, que também se diz Professor, se formou? E de quantos anos foi a sua Licenciatura, o seu Mestrado, o seu Estágio Pedagógico?

Este senhor não sabe do que fala. O seu desespero, enquanto político impreparado, enquanto gestor da coisa pública, incompetente, prepotente, teimoso, agarrado ao tacho, ao poder, enquanto mandante principal de uma Escola à deriva e de uma Educação a bater no fundo, devia ceder o lugar a outro(a) que estivesse bem mais apto para gerir uma máquina que exige conhecimento, saber e capacidade negocial com os milhares de trabalhadores que fazem da Educação a trave mestra das suas vidas.

20 setembro, 2023

Ano escolar, mau arranque!

 Arrancou um novo Ano Escolar. E, arrancou mal, muito mal. A falta de Professores, a despeito de o Governo ter já aceite cerca de 800 candidatos que vão dar aulas, embora não tenham todas as valências profissionais para o fazerem, vai continuar a gerar muitas dificuldades dentro do edifício escolar, quer seja a Alunos, quer seja a Professores, quer seja a Auxiliares de Educação, quer ainda, a Pessoal especialiazado como sejam os Psicólogos e os Professores de Ensino Especial. E o sr. Ministro da respectiva Tutela o que faz? Bom, lá vai dizendo, do alto da sua incompetência, que o "problema" é do fôro endógeno e tem vindo a agravar-se ao longo dos últimos 50 anos!...

Está na hora de lembrar o sr. Ministro que ele está lá desde há 8 anos a esta parte e que, tal hiato de tempo, se bem que não resolvesse todos os problemas da Educação, é mais do que suficiente para que as coisas pudessem estar bem melhores do que estão. Infelizmente, a Educação neste País tem vindo aos baldões pela escada abaixo, sem que se vislumbrem medidas capazes e efectivas para inverter este ciclo de mediocridade.

Como se não chegasse, a juntar a toda esta panóplia de situações infelizes, acaba de chegar ao nosso conhecimento que há Alunos neste País, que ainda não têm Escola atribuída... Sem Escola atribuída? Mas, está tudo louco ou lá para os lados do Ministério da Educação, endoidaram de vez?...



27 julho, 2023

Mariana Vieira da Silva - o "déjâ vu"

O que teme esta Governante, porque não fala?

O Presidente da República vetou na passada Quarta Feira o diploma do Governo sobre a carreira dos Professores. Hoje mesmo, e após "algumas alterações" ao dito, o mesmo foi devolvido ao Palácio de Belém.

O veto Presidencial centrou-se em duas questões fundamentais para os profissionais da Educação:

A recuperação integral do tempo de serviço - 6 anos, 6 meses e 23 dias - para efeitos de progressão e  contagem do tempo de serviço;

A equiparação aos profissionais dos arquipélagos da Madeira e dos Açores, onde tal descongelamento já se encontra conseguido, embora sendo efectuado de forma faseada.

Estes são os dois pontos fundamentais para o veto do Presidente da República.

O Governo, pela voz da sua Ministra Mariana Vieira da Silva, diz ter procedido a alterações e devolve uma vez mais, o famoso diploma, sem especificar aos Jornalistas quais as alterações produzidas. Uma vez mais e a exemplo do que lhe é apanágio pergunta-se: De que tem medo esta senhora? Porque mantém esta postura governativa altamente distante do "eu não sei...", "eu não posso...", "não comento porque...". Se não sabe, deveria saber, se não pode, deveria poder, se não fala, deveria falar, se não comenta, deveria fazê-lo, senão a pergunta é inevitável: para que serve a Ministra Mariana Vieira da Silva que não seja, a de fazer "figura de corpo presente", quando tudo demonstra a sua total ausência?

Ah!, quanto aos Professores, a saga continua! E, já agora: que é feito de João Costa no meio disto tudo?

P.S.: o 'link' acima leva-o ao excelente artigo do prestigiado Sapo24. É de lêr!

28 junho, 2023

Pais, acordem!

O Ministro da Educação, João Costa de seu nome, é dono de uma acirrada e malévola teimosia por se recusar a ver o óbvio: HÁ FALTA DE PROFESSORES!

Pois bem. Para colmatar o défice de tais profissionais, o referido cavalheiro no ano lectivo prestes a terminar decidiu passar a aceitar como bons para ensinar os nossos filhos, quaisquer Licenciados sem que estes tenham feito um qualquer estágio pedagógico que os habilite a dar aulas munidos de todos os ensinamentos e preparações específicas para o desempenho cabal de tal mister. Soube-se, entretanto, que se encontram já nesta situação cerca de 3.000 Licenciados que têm preenchido como podem, a função para o qual não estão preparados...

À data de ontem, anunciou-se que o Governo se prepara para aprovar legislação no sentido de providenciar aos referidos Licenciados, e a outros que venham a ser recrutados, um "Mestrado parecido" com o Estágio Pedagógico a que todos aqueles que são Professores de verdade, e por sempre terem sonhado sê-lo, se submeteram quando iniciaram as suas carreiras. Até aqui tinhamos Professores que sempre o quiseram ser. A partir de agora, teremos a leccionar nas nossas Escolas, alguns que jamais quiseram ser Professores, mas que, face a uma situação de pouca empregabilidade nos cursos que fizeram, vão estar a "ensinar", vão estar a lidar com o amanhã deste País, não sabendo, não tendo todas as ferramentas, carregando em si mesmos uma lacuna difícil de preencher: vocação!

Por enquanto, os País/Encarregados de Educação parece ainda não terem acordado para esta nova realidade. Seria bom, que face à diminuíção qualitativa do nosso Ensino, os Pais saíssem a terreiro no intuito de assegurar que o futuro dos seus filhos, que passa obrigatóriamente, pela sua instrução, pelo desenvolvimento do seu intelecto, se manifestassem para evitar mais uma golpada de pura maquilhagem em que a nossa Governança se tem vindo a especializar.

06 junho, 2023

Escola - dia marcante

6A   6M   23D

Visto assim, desta forma desnuda e insensorial, não parece nada de especial, não parece conter em si mesma alguma mensagem que valha a pena descodificar...

Mas, e há sempre um mas, se virmos aquele conjunto de letras e números como dias, meses e anos, se virmos aquilo como o somatório de muitos quilómetros, de muita ausência, de muita lonjura da Família, de muita emoção, de um mar de sensações em que se choraram lágrimas de sofrimento, em que se verteram rosto abaixo lágrimas de saudade, em que se trabalhou árduamente, lá longe, sem um mínimo de condições no que concerne à estabilidade emocional, sem ajudas de custo por centenas de quilómetros feitos, pelo aluguer de quartos e o insuportável de ter que dividir o espaço em que se vive com alguém que desconhecemos... Sabe lá o sr. Ministro da Educação João Costa o que é a penosidade que carrega nas costas cada Professor? Pois assim mesmo, este homem teimoso, obstinado e muito cioso da "sua verdade", não acha mais que justo que os tais anos, meses e dias, sejam repostos, sejam contabilizados na carreira dos Professores. Não, ele acha que não!

Assim sendo, não passa de um muro intransponível, não é mais do que o avolumar de um problema que não tem solução à vista. Ou, sai João Costa e, com isso, talvez com um outro interlocutor, regresse a paz à nossa Escola Pública e haja possibilidade de negociar com esse novo "alguém", ou então, vamos continuar a padecer deste mal sem fim anunciado e a "penar as passas do Algarve". Até quando?

17 maio, 2023

João Costa é um empecilho

O Ministro da Educação, João Costa esteve mais uma vez reunido com as estruturas sindicais que representam os Professores e, também o Pessoal não Docente. Debalde! Nada acontece de significativo que possa alterar este abominável estado em que se encontra a Educação em Portugal. O homem fala, fala e volta a falar para dizer, em suma, aquilo que anda a dizer desde há largos meses, isto é: NADA!

Mário Nogueira, depois de mais de duas horas a chover no molhado e sem nada de palpável no horizonte, abandonou a reunião, alegando à saída que o que se tinha passado lá dentro "é um nojo!"...

João Costa deveria ponderar se ainda acha que mantém condições para exercer a sua função, face aos sucessivos fracassos em que o seu Ministério tem estado atolado. É que dá a nítida sensação que ele deixou de fazer parte da solução, tendo-se tornado parte do problema, Para o bem de todos, que bom seria se tivesse a dignidade de resignar e dar o lugar a um outro alguém que tenha uma outra visão de futuro.

14 março, 2023

Educação, Tutela à deriva...

Melhoria salarial, contagem do tempo de serviço "apagado", consequente progressão na carreira, com repercussão na aposentação, fim das quotas para o acesso aos 5º. e 7º. escalões, melhores condições de trabalho através do fim, ou diminuíção, de uma carga burocrática excessiva, aproximação do Professor ao local onde mora e tem família, raízes... Enfim são tantos os motivos para dialogar com a Tutela sobre como melhorar a Escola pública!...

Mas, não! Na passada Quinta Feira, Professores (Sindicatos) e Tutela estiveram em mais uma reunião - a sétima.  No final, NADA! O sr. Ministro só conversa sobre um tema. Todos os restantes, estão fora da agenda... Nestas condições, pergunta-se: para quê mais reuniões se não passam de uma mera perda de tempo e de um nítido empurrar o problema para a frente, no sentido de ganhar tempo? Parece que o sr. Ministro da Educação almeja levar a questiúncla até tão longe, tão longe, que com isso mais não quer que virar Pais contra Professores e todos os outros profissionais que fazem a Escola.

Depois de 2 anos de pandemia em que os Professores se reinventaram para "segurar as pontas", eis que este senhor parece mais vocacionado para dar a machadada final na Escola Pública Portuguesa. A quem aproveita, a quem interessa, sobremaneira, este clima de guerrilha continuada? A resposta está na ponta da língua: pois, ao sector privado, aos colégios e outras instituições particulares, está claro! Se, infelizmente, nada de realmente importante e sério acontecer nos próximos tempos, caminhamos a passos largos para o acabamento, para o desabar, para o fim da Escola Pública de que todos usufruímios até ao presente. E isso, será um golpe bem rude, verdadeiramente desastroso, quer para o crescimento de cada um de nós enquanto indivíduos, quer para o desenvolvimento do País e Nação que num todo constituímos.

Já se agendam mais formas de luta contra este marasmo, que é como quem diz, mais greves. E já se prevê que o Ministério venha impôr mais "serviços mínimos". Até neste capítulo, a coisa está feia e perigosa para o nosso presente e para o amanhã dos nossos filhos. Estão a coarctar direitos essenciais e fundamentais no que concerne ao direito inalienável que a todos nós assiste e que é o Direito à Greve. Para onde caminhamos? O que é que nos estão a fazer? E nós, vamos continuar assim tão mansos? Até quando?...

10 fevereiro, 2023

Educação - o que estão a fazer-te?!

João Costa, Ministro da Educação deste País - por quanto tempo mais?, continua a sua saga intolerante e beligerante não dando ouvidos às mais elementares demandas dos Professores e de todos os outros Profissionais da educação que, ao fim e ao cabo, são a Escola Pública, são o alicerce do País, são a essência do futuro quando carregam nos seus ombros a responsabilidade de formar, de habilitar, de qualificar, de prepararem para um amanhã que exista, todos aqueles que hoje estão nos bancos da escola.

Está na senda de uma outra sua antecessora que foi um autêntico marco, na forma como deu a sua machadada no sistema de ensino na Escola Pública Portuguesa. Esse especimen de má memória para tantos milhares de Professores e para, pelo menos, duas vagas geracionais de alunos que passaram, e estão a passar pelos destroços que aquela tão perniciosa senhora deixou no seu rasto, já tem um seguidor, já tem um discipulo, já tem quem lhe perpetue a sua tão maquievélica forma de pensar e de agir: de seu nome João Costa, está a trilhar a mesma vereda, está a fazer orelhas moucas e a deixar que o tempo, esse inexorável factor de desgaste, através do seu lento escoamento, façam crescer junto da opinião pública uma qualquer má vontade contra a classe dos Professores e todos os outros Profissionais que estão dentro das mesmas quatro paredes do edifício escolar.

As questões ditas nucleares, como sejam a contagem do tempo de serviço congelado em 6 anos, 6 meses e 23 dias, com as malfadadas consequências no que concerne à progressão na carreira, ao consequente aumento salarial e à não contagem daquele tempo para efeitos de aposentação, isto para já não falar de todo um universo de outras questões que estão em discussão, já seria por si só, motivo mais que suficiente para o mau estar que se vive e para a exigência feita por todos os Trabalhadores do sector.

Mas, não! O sr. Ministro manda o seu Secretário de Estado tratar de coisas menores, "oferecendo" muita parra e pouca uva. Amanhã, 11 do corrente, espera-se uma manifestação a correr pelas ruas de Lisboa, que seja capaz de reunir todos, mas todos, os Profissionais da Educação, bem como Pais e Alunos da Escola Pública Portuguesa, com o intuito de fazer perceber o sr. Ministro que a corda está demasiado tensa, que seria bom não continuar a esticá-la até ao impossível, já que se a mesma vier a partir-se, saíremos todos a perder. Mas, mesmo todos, percebeu sr. Ministro? E, para empobrecimento do Povo Português, já nos chega o que vamos sentindo dia-a-dia. Não precisamos de ficar mais pobres por antecipação, tendo como meta as próximas décadas que hão-de vir...

14 janeiro, 2023

S.T.O.P. que lição!

João Costa, Ministro da Educação é o problema, não a solução!

Se até aqui, tudo apontava para que o Professor André Pestana, o grande mentor e iniciador do S.T.O.P., Sindicato de Todos os Professores, entretanto, alargado a Sindicato de Todos os Profissionais da Educação, podia indiciar que o homem sendo um bravo, um lutador em prol da sua classe, poderia, eventualmente, ter o destino traçado, devido à falta de apoios e de solidariedade de todos os outros Sindidicatos, hoje foi um grande dia, hoje o homem venceu uma batalha gigantesca, tendo conseguido uma manifestação, em Lisboa, que reuniu larguíssimas dezenas de milhar de Pessoas...

Foram Professores, foram Auxiliares de Educação, foram Pais, foram Alunos, foram alguns Políticos que não deixaram de vir para a rua dar apoio a um Movimento que visa salvar a Escola Pública. Quanto aos representantes de outros renomados(?!) e, supostamente, influentes Sindicatos como a Fenprof e a FNE, representados por Mário Nogueira e João Dias da Silva, nem vê-los. Primaram pela ausência, estão como que desaparecidos em combate, não acreditaram que o pequenote jamais conseguisse arregimentar tantas e tantas pessoas vindas de todas as partes deste País. Logo agora, que tudo o que se pedia, e pede, era que todos membros da classe dessem as mãos porque todos juntos seriam mais fortes, nada! Aqueles senhores não se fizeram representar, não congregaram esforços a bem de uma causa comum. Enfim, atitudes pequeninas de gente pequenina.

Enquanto isto, João Costa, a exemplo de uma sua antecessora de má memória - Maria de Lurdes Rodrigues, lembram-se dela?, tenta dividir para reinar, lançando Pais contra Professores com argumentos tão falaciosos quanto decadentes por falta de credibilidade. Alguém acredita que uma cirurgiã, já no bloco cirúrgico, receba uma chamada da Escola dizendo-lhe para ir buscar a sua filha porque a Escola vai fechar? Ora, senhor Ministro, tenha vergonha, arrepie caminho e vá-se embora... para o bem de todos!

P.S.: link acima da autoria da MadreMedia/Lusa/Sapo. Dê uma olhada!

02 novembro, 2022

Não aprendeu (ainda) nada nestes 7 anos

João Costa é Ministro da Educação deste País.

Antes, foi Secretário de Estado da mesma pasta, e braço direito do Ministro anterior, de seu nome Tiago Brandão Rodrigues, uma grande nulidade, diga-se de passagem.

Podia e devia, estar mais instruído, saber um pouco mais do que é a Escola, do que são os Professores e Assistentes Escolares, do que necessitam os meninos e meninas dentro duma sala de aula, pois já lá vai mais de meia dúzia de anos nos meandros da Educação, no meio dos corredores do edifício escolar, negociando e discutindo com as associações sindicais. Mas não, infelizmente e para mal dos nossos pecados, os ensinamentos que deveria ter colhido no terreno, não são de grande préstimo, na hora da verdade, que é como quem diz: na hora de implementar novas medidas, que impulsionem o futuro da Educação para novos patamares.

Podia e devia, estar mais por dentro. Conhecer bem mais a fundo os dôssiers que preocupam toda uma classe socio-profissional, a dos docentes. Tinha que antecipar os problemas que preocupam a classe, a reforma dos seus profissionais e a falta de apetência de todos os jovens universitários em enveredar por uma carreira, que afinal, parece que não existe...

Não querendo ser o arauto da desgraça, que bom seria se se decidisse, desde já, a arrepiar caminho, a trilhar outras veredas, no sentido de trazer de volta todos os principíos basilares que norteiam a Educação, sem a qual, não há futuro. Se não devolverem a Educação àqueles que, realmente, se preocupam com ela, então o cenário lá mais para a frente, será o de uma completa desolação.

26 outubro, 2022

Família, já te "mostraste"!

Acaba de ribombar nas notícias...

Professora do primeiro ciclo, em Famalicão, foi agredida a soco e a pontapé por uma Mãe de criança, a quem foi dito que não devia levar os brinquedos lá de casa para a Escola.

O que há de errado no pedido que foi feito à criança, que possa justificar a atitude tresloucada da Mãe?

Está explicado o comportamento menos digno de alguns dos nossos meninos/as para com os seus Colegas, para com os Professores, para com as Funcionárias escolares. Se o exemplo lá de casa é o que acima se descreve, estamos conversados...

Casos como este, ó Senhores do Ministério Público, criminalizem, penalizem, vão-lhes ao bolso, retirem-lhes ajudas, subsídios e coisas similares para lhes diminuír esta "pujança" para a asneira.

17 outubro, 2022

Senhor do nhã, nhã-nhã-nhã, nhã-nhã-nhã

 O "senhor do nhã, nhã-nhã-nhã, nhã-nhã-nhã", vai ficar famoso pelos piores motivos. Tal como o outro, lembram-se, do Manuel Pinho e daquela bizarria em plena Assembleia da República? Não há dúvida que quando o talento não abunda, a tendência é que lhes fuja o pé para o chinelo e, então, acontecem estes dislates, estes actos e/ou dixotes pouco edificantes para quem está em oratória na Casa da Democracia. Que bom seria que trabalhassem mais e falassem menos, ou até, que se calassem de uma vez por todas...

Já tinha aparecido nos ecrãs da televisão, mas hoje, voltou à ribalta e o caso mereceu honras de telejornal das 13h na TVI. É o caso daquela criança invisual de Mirandela que continua sem Professor de braille atribuído. Já teve que proceder a um exercício de matemática, e esta criança, esteve ausente da sala de aula e fez o tal exercício no corredor da Escola, acompanhada por uma funcionária!... Por outro lado, esta menina, aguarda ainda pelo todo dos manuais necessários à sua aprendizagem, pois ainda os não tem na sua totalidade. 

Segundo a Mãe, a Tutela e/ou a Escola dizem que estão a providenciar a colocação, em Mirandela, de uma Professora devidamente habilitada. Mas o problema não está na falta de Professores capazes de ajudar esta criança. Não! O problema está em que não se oferece um horário completo à profissional do ensino para ir acompanhar a tempo inteiro esta criança. É dinheiro! É sempre o amaldiçoado dinheiro que atira as pessoas para a berma da vida, que é onde se encontra esta menina, enquanto o Ministério/Escola se não decidirem a pagar pela profissional credenciada a tempo inteiro.

Como se imagina a menina precisa de ajuda urgente. Mas também podemos, e devemos, imaginar como é que se entende que se queira alguém que, para ir para Mirandela, será sempre um deslocado a viver em terra que não a sua, onde terá que alugar/arrendar um espaço, ou então, fazer 100, 200 ou 300 kms /dia, com o preço dos combustíveis tal como está, e chegar ao fim do mês, e pagarem-lhe, consoante as horas que lhe atribuirem, cerca de metade de um ordenado para se governar? Como, como é que tal é possível?

Se o homem do nhã-nhã-nhã resolvesse com urgência o caso gritante desta menina, seria muito mais bem visto aos olhos de todos os Portugueses. Vá lá, faça um esforço e trate disto, pois isto, sim, é importante!!!


16 agosto, 2022

Professores e o negrume do passado

Surgiu ontem num meio de comunicação social, que o Governo encara muito sériamente, contratar todos os Licenciados deste País para exercerem a profissão de Professor, já a partir do próximo ano lectivo, que está prestes a arrancar...

Que é feito da Profissionalização? Que é feito do Estágio Pedagógico? Que é feito da Carreira de Docência, como um pilar da Educação, da transmissão do Saber, da passagem do Conhecimento aos mais novos, aos nossos filhos? Que é feito do princípio basilar que só deve Ensinar, quem para tal estiver devidamente qualificado?

A ser como se anuncia, é uma regressão, é um retrocesso tremendo no nível da Educação que se ministra na Escola Portuguesa. É o voltar triste e miserável aos idos de 80 e 90 do século passado, em que um qualquer licenciado de Direito, de Economia, de História, de Filosofia, dava aulas de uma qualquer disciplina de que nada sabia.

Há falta de Professores! Pois há, e sabem porquê?

Por se aposentarem, por estarem extenuados ao fim de muitos anos na carreira, sem verem recompensados todo o seu labor, todo o seu esforço. Por serem contratados todos os anos, uma e outra vez (há contratados a dar aulas há 20 anos!) e, por isso, andam todos os anos com a casa às costas, ora vivendo a Norte, ou a Sul, sem direito a constituir Família, sem direito a quaisquer ajudas de custo por estarem deslocados, trabalhando quando trabalham, estando ora empregados, ora no desemprego. Há falta de Professores, pois há! Tratem-nos melhor, para que eles possam desenvolver aquilo para o que estão devida e cientificamente preparados, de forma mais eficaz e presente.

16 outubro, 2021

Professores precisam-se!

Sem eles não há amanhã, não há futuro!...

Sem Professores, sem verdadeiros Professores, não teremos grande amanhã. Não haverá possibilidades de lançar as sementes necessárias para que a nossa juventude possa florir, crescer, amadurecer de forma qualitativa e sadia, enfim, estar preparada para enfrentar os desafios que a vida nos coloca.

O artigo, cujo 'link' acima propicia um bom naco de leitura e de verdade, é também um alerta, um grito que ecoa nos nossos tímpanos e que nos deve fazer recflectir, repensar com seriedade e com vontade de alterar o actual estado de coisas para o bem estar de todos, enquanto comunidade e enquanto País.

Há que os acarinhar, que os considerar, que os respeitar, pois sem isso, não haverá novos candidatos para preencher as vagas que se vão dando aos milhares, por chegarem à reforma, por cansaço, por doença, por um misto de abandono e de ostracismo a que têm sido votados.

Acordemos pois, encaremos a realidade e façamos as mudanças necessárias para mudar este estado de coisas para bem de todos. É que sem Professores felizes, realizados e que se sintam devidamente respeitados e reconpensados, não haverá Escola e sem esta, não haverá conhecimento, não haverá saber, não haverá qualificação para dotar, como merecem e precisam, os que agora estão a chegar à Vida!

26 abril, 2021

Espaço e distanciamento

Vacinaram-se Professores. Ainda bem, pois sem dúvida, também eles estão na linha da frente, quando se imagina uma sala de aulas com área escassa, para os cerca de 30 seres humanos no seu interior.

Ainda assim, uma sala de aulas é um verdadeiro ajuntamento, um aglomerado de pessoas, é como ir a um shopping de outros tempos e por lá passar uma tardada a matar o tempo, passeando à direita e à esquerda. Falta espaço físico, faltam áreas mais amplas para que a Escola com aulas presenciais possa decorrer numa aparente maior segurança. 

Não chega ter os Professores vacinados! É preciso partir as turmas, passá-las para metade dos alunos em sala, é preciso (já que as salas não chegam) passar o Ensino para uma dinâmica mista, isto é, uma dada turma ter aulas presenciais dia sim, dia não, combinando o ensino presencial com o ensino online. Só quando atingirmos este estádio evolutivo, estaremos, enfim, melhor preparados para enfrentar o que ainda temos pela frente.

E, já agora, pois vem mais do que a propósito: Que bizarria é essa de se terem vacinado todos os Professores e afins ligados ao Ensino de todos os níveis, ignorando todos os Professores e outros profissionais ligados ao Ensino Superior? Mas, que raio de cabeças iluminadas é que preconizam uma tal disparidade de medidas? Então os Professores, verdadeiramente Professores, não são todos iguais?

15 março, 2021

Vacinar Professores, Puff!...

Afinal, Professores e Pessoal não Docente, já não começam a ser vacinados no próximo fim de semana.

Segundo, notícia que acaba de ribombar nos mass media, Portugal acaba de se juntar a 16 outros países Europeus que decidiram suspender a administração da vacina Anglo-Sueca da AstraZeneca, devido a problemas de tromboembolias que aconteceram com alguns dos inoculados.

Ora, tal postura vai atrasar o programa nacional de vacinação cerca de 2 semanas, segundo adiantou responsável daquela área e, assim sendo, a vacinação de Professores e Auxiliares de Educação que estava "aprazada" para se iniciar no próximo fim de semana, vai levar "um chuto para a frente" e iniciar-se-á, obviamente, mais tarde... Enfim, porque será que já pouco nos admira?


25 julho, 2020

Alunos, Pais e Professores dêem as mãos

Há 48 horas atrás morreu uma criança belga de 3 anos vitimada pela Covid-19...

Tiago Brandão Rodrigues anuncia ser imperioso voltar à escola em regime presencial já em Setembro próximo. E, anuncia também mais uma série de medidas, que no mínimo, são de muita dúbia compreensão...
Depois de analisar algumas das diatribes, que podem tornar-se trágicas, do sr. Ministro, há que dizer-lhe o seguinte:

- Não chegarão os Professores.
 
- Não chegarão as salas de aula.
 
- Não chegarão os Assistentes Operacionais.
 
- Não será possível ter espaços abertos e arejados em Dezembro/Janeiro.

- Não correrá bem se cismarem meter 24 alunos + 1 professor numa sala fechada de 45/50 metros quadrados.
 
- Experimente o senhor trabalhar no seu gabinete de janelas abertas lá para Dezembro próximo...

- Vai correr mal! Tem tudo para correr mal!


Dizem agora (DGS), só agora? que cohabitação e transportes públicos são grandes focos de contágio por serem fechados, não arejados, por não permitirem o distanciamento físico entre pessoas... Se levarem para a frente a ideia, não desdobrando as turmas, não diminuindo drásticamente o número de alunos por sala, se os "enjaularem" dentro de espaços exíguos para o número de vidas presentes nas ditas salas, estarão a tratar alunos, auxiliares e professores como, não mais que mera carne para canhão.

Se não arrepiarem caminho, estarão inclusive, a infringir a lei vigente que diz:  "estão proibidas aglomerações de pessoas com mais de 20 indivíduos..." Nesta circunstância, se tal se verificar há a obrigação de pedir intervenção policial para dispersar o ajuntamento. Ora, é disto que se trata: o Ministério da Educação vai promover ajuntamentos de alunos + professor, que deverão merecer a atenção da polícia. Haja bom senso, minha gente!

12 novembro, 2019

Políticos, acordem de vez!...

A brutal realidade de um dia de vida..., na vida  de um Professor

O texto que a todos ofereço para uma leitura que se quer pesada, séria e reflexiva, está acessível através do 'link' acima.

É da autoria de uma Professora, com cerca de trinta anos de carreira na Escola Pública que tem presenciado e vivido na primeira pessoa, episódios verdadeiramente alucinantes...

É o grito de revolta e de alerta, é a impotência sentida e remoída, é a certeza de que, se nada for feito, caminhamos vertiginosamente para um buraco negro, para o descalabro total e irreversível..., sem volta possível...

O Professor está, desde há alguns anos a esta parte, desautorizado, desobedecido, desacreditado, desmoralizado e desmotivado. O Professor, em sala de aula e, na maioria dos casos, sente-se frustrado, indignado e, quantas vezes, insultado.

A média de idades dos Professores do Quadro anda na casa dos 55 anos. A nossa juventude, cada vez mais irreverente, cada vez menos bem criada e acompanhada pelos Pais, cada vez mais "eu posso tudo", porque tudo lhes é dado sem exigir nada em troca, está difícil de controlar, de serenar, passando-se mais de metade do tempo útil de aulas a tratar de questões de má criação, de indisciplina...

Está na forja do poder político, acabar com os chumbos(?!) dos meninos até ao 9º.ano de escolaridade. Nada de exames, nada de provas de aferição de conhecimento, nada de chumbos por faltas à Escola, nada de chumbos por, absolutamente, coisa nenhuma. Passagem de ano feito de forma automática, administrativa. O trabalho, traduzido em estudo, em aplicação, em concentração, em dedução no desenvolvimento das capacidades de inteligência vai passar a não contar para nada. Em suma, a cultura do Mérito está em vias de extinção, já não conta para nada. Os Bons vão ser caldeados com os Suficientes e com todos os outros que nada estão dispostos a fazer, e daí vai nascer uma nova classe de letrados que nos hão-de governar daqui a alguns anos. Vai valer de tudo, mas mesmo tudo. Recorde-se que, em média, chumbam cerca de 50.000 alunos por ano e que cada menino chumbado tem um custo de € 5.000 anuais. Claro..., tal medida  permitirá poupar cerca de 250 milhões de euros... Enfim, mais palavras para quê?