A vida, no seu todo, não está fácil. É complicado o dia-a-dia, é traumatizante lidar todos os dias com gente mal disposta, mal encarada, mal educada, até!
O mundo está em pantanas. A guerra está um pouco por todo o lado. A Sociedade está cada mais fragmentada e polarizada. A população está cada vez mais empobrecida e entregue nas mãos de um qualquer destino, que num ápice, nos pode levar do bem estar à desgraça mais pungente.
A vida de um Professor, também ela está sujeita a uma série de vicissitudes, que vão desde o lado certo da barricada, até à outra banda, até ao canto mais obscuro em que grassam a falta de respeito, a indisciplina, o "bullying", a violência, a mais absoluta falta de ética e moralidade de uns para com os outros e de cada um para com todos.
A Casa, os Pais, os Avós, os progenitores, a Educação que deve vir de dentro das quatro paredes da Família, continua a ser uma mera miragem e cada vez mais, aquela acha que fazer filhos está muito bem, mas cuidar deles e providenciar para que cresçam e se desenvolvam de forma harmoniosa para que sejam o "amanhã", o garante de continuidade das regras estabelecidas, isso aí já é uma outra conversa e grande parte dos Pais do hoje, acha que a Escola e todos os que a constituem - Professores e Auxiliares Educativos - "que os aturem, que os eduquem, que os aguentem..."
Claro está que há sempre, felizmente, aquelas raras excepções que ainda dão alento e vontade de continuar esta luta sem quartel que é ser Professor, que é ser Auxiliar de Educação. O Pessoal está exausto, o pessoal está em "burn out" na maioria dos casos, e não se vislumbra quem de uma vez por todas, ponha cobro a este estado de coisas absolutamente miserável.
As tais "flores" de que falamos acima são aquela minoria - infelizmente, são uma minoria! -, de meia dúzia de Meninas e de alguns poucos Meninos que se despediram dos Professores no passado dia 13 deste mês com uma lágrima furtiva no canto do olho, daqueles que até apetece - nas palavras de uma Professora - "levar connosco para nossa casa", tal a ternura, tal o aproveitamento, tal a humanidade de que são feitos. Grande trabalho o destes Pais destas Meninas e Meninos que estes sim, estão a fazer tudo o que deve ser feito para que os seus filhos venham a ser a breve trecho, bons e valiosos Portugueses capazes de levar a Portugalidade mais longe.
Estão em vias de extinção, mas... "ainda há flores neste jardim"!
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