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01 dezembro, 2011

Um cão chamado Leão

Tem sido ao longo dos últimos treze anos, simpático, ternurento, gentil, amigo verdadeiro, sempre pronto para festejar a minha chegada, atento aos meus ares de bem, ou mal disposto, sabendo actuar de acordo com o meu modo de estar. Inteligente, arguto, bom entendedor dos mais ínfimos gestos, olhares, ou pequenas frases, é capaz de "fazer a leitura" perfeita da minha postura em casa, sabendo quando tem direito à bolacha diária, ou quando é chegado o exacto momento, de preparar e aquecer no micro-ondas a sua refeição.

Nos dias de sol ou chuva, de vento ou trovoada, sempre ali está, perto de nós olhando-nos, "falando com os olhos", meneando a cabeça para a porta ou para o ninho como que a dizer-nos em linguagem gestual, "preciso sair", ou "arranja-me a manta para dormir". Pois, este Amigão de verdade está a passar menos bem, quiçá, fruto dos anos acumulados que agora começam a pesar. Está doente. Começa a revelar algumas descoordenações na mastigação, alguma dificuldade em se suster, algumas complicações respiratórias...

Tenho um sentimento de impotência por saber que, infelizmente, pouco se pode fazer. Estás vivo Leão (e assim vais continuar) e, enquanto assim for, há que te mimar, que te fazer uma festa, que te amaciar a pelagem, como que a dizer-te: "por todas as lambedelas, pelos saltos de alegria, pelos latidos amistosos, obrigado companheiro!"