08 outubro, 2012

Emigrar?

e agora, sr. primeiro-ministro?

Será que ainda pode aconselhar os portugueses a emigrar? José Ferreira Trindade, português há quarenta anos radicado no Luxemburgo, aconselha a que ninguém pegue nas malas e rume ao pequeno país onde vivem 113.000 portugueses, pois a crise e o desemprego também por lá cohabitam. Este nosso compatriota diz que duas gerações depois da sua - para a dos seus netos, o panorama não é nada animador.

Paz social, precisa-se!

O crime é uma constante do nosso quotidiano. De país de brandos costumes e de baixa taxa de criminalidade, passamos a ter índices de criminalidade violenta que sobem todas as semanas, a despeito de as autoridades competentes tudo fazerem no sentido de acalmar a opinião pública. O roubo por esticão já é quase uma minudência se comparado com caixas multibanco esventradas por explosão com garrafas de gás, ou a ocorrência, cada vez mais repetida, de "carjacking" com roubo, violência, abandono e, tantas vezes, com sequestro. A posse de armas adquiridas sabe Deus onde e como e o seu uso indiscriminado e fácil contra a vida humana a troco, quantas vezes, de ninharias e ocorrências sem significado tem proliferado. A punição, quando se encontra o autor de tais atentados tem primado, infelizmente, pela leveza o que nos tem conduzido a uma situação de insegurança social caótica, e geradora de grandes focos de ansiedade e temor. Para quando uma justiça mais célere e eficaz na defesa da liberdade e dos direitos de todos aqueles que sempre pautaram as suas vidas por condutas exemplares?

Desemprego sempre a subir

O desemprego cresce no país. O desespero dos que nada têm para comer sobe em flecha. A tragédia de todos aqueles que por falta do mais básico já têm a casa penhorada e aguardam pela ordem de despejo vinda do tribunal, é algo que se não imagina, não se quantifica, não pode ser avaliado senão por aqueles que se encontram à beira desse abismo. Esta é a dura realidade de muitos milhares de portugueses, que já não sabem o que fazer à vida que não seja partir, deixar tudo para trás e rumar a outras paragens na busca de uma vida melhor. Triste sina esta que continuamos a cumprir e à qual não sabemos fugir.