24 janeiro, 2012

Bancarrota?

Que bom seria podermos falar de coisas mais airosas, mas o que é facto é que a verdade se não altera por mais vontade que tenhamos em fazê-lo, ou por mais força que empreguemos para mudar o rumo dos acontecimentos. As coisas são como são, e por muito que nos custe ter de admiti-lo, não há como fugir ao inevitável. São os Mercados Internacionais que marcam a cadência, o ritmo, a velocidade a que podemos vogar na crista da onda. Estamos empenhados pela má gestão, pelo descontrolo orçamental, pelo desvario de alguns responsáveis(?). Estamos à beira do abismo. Não adianta enterrar a cabeça na areia, mas há que encarar, com algum temor é certo, o futuro e o que ele nos poderá trazer. No entretanto, o que os outros pensam de nós, não é lisonjeiro.

CGD, TAP, CP...

Ou comem todos, ou então isto é uma vergonha!

O grupo Caixa Geral de Depósitos ordenou ao sector de recursos humanos que estude a possibilidade de realizar promoções entre os seus colaboradores, de forma a preencher a lacuna nos orçamentos domésticos dos seus assalariados, provocada pelo corte dos subsídios de férias e de Natal. Isto é uma autêntica vergonha! Afinal, somos todos iguais ou isso é uma treta? Somos todos "portugueses de primeira", ou mais uma vez, quem tem razão é o dr. Marinho Pinto, bastonário dos advogados?

Infelizmente, outros querem trilhar este mesmo e mau exemplo. Veja-se a TAP, a argolada do Banco de Portugal (entretanto emendada), a CP e outras que tais...

Temos um país a duas velocidades, com duas realidades distintas. Somos uma terra de ricos e pobres, de filhos e afilhados, de enteados e bastardos. Quer-se igualdade para todos quando toca a cortar. Deseja-se proeminência e mordomias quando é para comer, quando se trata de chupar, de rapar o fundo à gamela. Que asco, que nojo de sociedade esta a que chegamos. Tenho pena dos que estão a chegar e dos que ainda estão para vir!