05 janeiro, 2022

Polícia amordaçada...

Vi esta noite em jornal televisivo das 20 horas, imagens de uma repugnância brutal, de uma bestialidade, de  uma ferocidade e desrespeito para com um polícia, um agente da autoridade, um Homem, um chefe de Família que não merecia passar pelo que passou.

Um qualquer energúmeno, ao que consta por ter sido dito na peça, um marginal já levado à Justiça por episódios similares cometidos em passado recente, um perigoso ser humano que vilipendiou, insultou, pontapeou, agrediu das mais variadas formas um outro Homem que estava no exercício da sua profissão e do seu dever.

Pergunta-se: se o polícia tivesse puxado pela arma para manietar o alucinado e se, tivesse sido obrigado a fazer uso da mesma, como estaria a reagir a opinião pública, o que se diria nas "redes", como se atacaria o polícia e a Instituíção policial? Como nos insurgiríamos todos, com tal veemência, que amanhã os telejornais fariam parangonas do coitadinho do cidadão que tinha sofrido agruras mil às mãos da polícia... 

Está na hora, é mais do que tempo de dar autoridade moral e efectiva à nossa polícia para que casos como este, possam ser erradicados, de uma vez por todas, do nosso quotidiano social. É que Democracia, não é libertinagem. Democracia não é "eu posso tudo, eu faço tudo". Democracia não é desrespeito, não é banditismo, não é terrorismo à solta. Que os altos comandos policiais possam proteger os seus subordinados hierárquicos, lutando por eles e com eles, na hora de arrostar com as consequências de impôr a ordem e a Lei. Para bem dos polícias e de todos nós!

Acabou-se a prevenção!

Que mais virá a seguir?

Graça Freitas, Directora Geral da Saúde deste País, veio fazer declarações que, no mínimo, são bombásticas...

Diz a senhora que, doravante, crianças que, na escola, estejam em contacto com caso positivo, não serão postas em isolamento... Ou seja, com o número de casos positivos a atingir "o nunca visto", com a tendência de subida disparada que se prenuncia, eis que, vamos todos fazer de conta que está tudo bem, não se passa nada e, "bora lá" a deixar que todos os restantes se infectem num fogacho que "isto é pró que está"...

Os dixotes populares utilizados e que se encontram entre aspas, não são mais que a tendência para apoucar, para minimizar a magnitude de tudo o que nos vai acontecendo por estes dias. Os hospitais estão a atingir níveis preocupantes de ocupação, a massa humana que os faz funcionar está exausta, com muitos deles inoperacionais por estarem em isolamento, em quarentena, ou tão só, em puro absentismo, porque estão de baixa, estão doentes...

Não sei para onde vamos. Não sei para que beco caminhamos. Não sei quantos caírão. Não sei qual vai ser o nosso futuro próximo. Sei, tão sómente, que a História desta Humanidade que somos, falará daqueles tantos que foram... e não voltaram.

P.S.: Uma clicadela no 'link' acima levá-lo-á à leitura do artigo publicado no Sapo24.