29 novembro, 2013

CTT em greve

Há greve nos CTT. Um direito inalienável de qualquer trabalhador num Estado de direito!

Houve, no entanto, mosquitos por cordas já que um piquete de greve tentou impedir a saída de camiões de trabalhadores que decidiram trabalhar. A polícia foi chamada a intervir, Arménio Carlos estava lá, dois deputados da Assembleia da República estavam lá, e a polícia teve que implementar um cordão, dito de segurança, para a saída daqueles que decidiram trabalhar. Tudo normal: faz greve quem quer e de igual forma, trabalha quem quer.

No entanto, os senhores deputados acham que não foram tratados pela polícia como deveriam e, vai daí, já se levantam questiunclas que não aproveitam a ninguém. Também aqui e como sempre: tudo normal, infelizmente! 

Nuno Crato, imperdoável!

Foi alargado o prazo legal(?) para a inscrição de Professores na malfadada prova de avaliação agendada para o próximo dia 18 de Dezembro.

Segundo o sr. Nuno Crato, Ministro que tutela aquela área, estão inscritos cerca de 37.000 professores o que multiplicado pelos € 20 que cada um teve que pagar, ascende a uma interessante verba de € 740.000 de ganhos(!) com esta manobra de pura diversão que enlameia toda uma classe profissional e deveria envergonhar a malta da política.

Em que outra classe profissional se praticou até hoje, este verdadeiro desaforo de submeter profissionais com provas dadas (alguns a dar aulas há mais de 15 e 20 anos), a um exame de avaliação de conhecimentos? Esta gente está sufragada, está legitimada por Universidades Portuguesas, por Institutos Politécnicos Portugueses, por Escolas Superiores de Educação Portuguesas, de forma que, se dúvidas existirem, comecem pelo alicerce: ide às Faculdades, ide aos Institutos, ide às ESE's e buscai no seu interior quais são os conteúdos programáticos e, se estão a ser ministrados como devem. Indagai quais as que não funcionam bem e encerrai-as, agora deixá-las funcionar e desconfiar de seguida da qualidade daqueles que delas saem, é estúpido e pouco cordato, é sinónimo de burrice chapada.

Esta medida está errada, estaria sempre errada, mas não seria tão desastrosa, em termos de injustiça social para uma fatia substancial de professores, se fosse ordenada para todos, ou seja, prova para a totalidade dos efectivos, quer se tratasse de professor contratado, ou vinculado aos Quadros. Assim não! Assim, são professores de primeira e professores de segunda, e tal não deveria acontecer. Outra saída não tão gravosa quanto a que está a ser seguida, seria implementar a tal prova de acesso ao Ensino, a todos aqueles que chegassem agora ao mercado de trabalho. Qualquer solução seria um pouco melhor que esta de colocar em patamares diferentes, gente igual e com igual especialização para o desempenho de uma mesma profissão.

Depois disto, senhor Ministro, vá-se embora...