02 maio, 2011

Burros, até dizer chega!

Aproximamo-nos em velocidade moderada. Vimos a passadeira e uma "peona"(1) a cerca de 20 metros da borda exterior do passeio. Tivemos tempo, a condutora e eu, no lugar de 'pendura', de verificar que a dita peona falava ao telemóvel, enquanto se ia aproximando da passadeira. Por pura precaução, a condutora levantou o pé do acelerador e encostou-o ao travão, como que adivinhando aquilo que ia acontecer. E, o que se previa aconteceu mesmo: a peona, entretida no seu palavrório telefónico, nem nos viu, nem sequer nos ouviu. Atirou-se de forma decidida e corajosa(?) à passadeira, sem o mínimo respeito pelo seu corpo, pela sua integridade física, como se a passadeira fosse um muro de pedra capaz de a proteger de todos os erros, de todos os lapsos, de todos as circunstâncias acidentais em que a vida é fértil.

Felizmente para ela, a condutora ia atenta, mas é terrível a sua falta de educação, de civismo e de amor por si mesma. Enfim, há aspectos em que estamos cada vez pior. Porque será?

(1) Peona = Peão feminino, acéfalo, mentecapto, burro, loira, ruiva ou castanha, tanto faz!

N.B.: Estes episódios de pura estupidez, acontecem a esmo, quer se trate de peões
         ou peonas. O género é irrelevante.


Ontem, foi tristonho

Passou-se o dia 1 de Maio, Dia do Trabalhador, dia de festa, mas também de manifestação. Dia em que o Povo, maioritariamente os que trabalham saem à rua de bandeiras em punho, de cravos na lapela, de megafone em riste, de vozes bem afinadas para gritarem palavras de ordens contra o poder instalado. 
Foi mais um Dia 1º.de Maio, sem brilho, sem chama, sem novidades. 
Falaram os mesmos de sempre, e disseram as mesmas coisas de sempre. Nada mudou, pelo menos de significativo. Falou-se de desemprego, de emprego precário, de patrões, de legislação laboral, de políticas erradas. Não se falou de fome, não se falou de famílias na mais completa miséria, não se falou de famílias a perderem as suas casas e a subsistirem com a ajuda da família ou de instituições de solidariedade social. Não se falou da 'troika' que aí permanece, da dívida e de como a pagar, não se falou no futuro dos nossos filhos, nem sequer se falou nos anos que esta miséria ainda vai durar, nas vidas que ainda se destruirão até que a 'locomotiva' entre nos carris.
Afinal, foi pouco, muito pouco aquilo de que se falou e aquilo que se ouviu...

Ainda bem!...

O Presidente norte americano, Barak Obama fez uma comunicação ao seu povo, mas também ao mundo, a esta aldeia global que todos habitamos.

Tal novidade, embora não garanta o fim do terrorismo, (seria utópico ter tal expectativa) faz com que a cabeça do "monstro" tenha sido decepada e seja, portanto, um alívio para a humanidade, saber que doravante, embora tais actos de terror possam sempre ser cometidos, eles não terão a sabedoria cruel, a sanha raivosa e sanguinolenta que alimentava a mente daquele ser ora desaparecido, para bem de milhares de inocentes que poderiam estar sob a sua mira. Ainda bem que se foi!