11 setembro, 2011

Poder, a quanto obrigas!

A Política não é tema dos meus amores. Ou melhor: a política tem tido tão maus interpretes, tão maus actores que, invariavelmente, um pouco ontem, um pouco hoje, fui somando tristezas, incompreensões e perda de respeito e admiração pelos agentes daquilo que deveria ser um exercício de soberania e um serviço público, a bem de todos os cidadãos. Infelizmente, a mentira, a trapaça, o compadrio, a corrupção, o tráfico de influencias, enfim, um somatório de más atitudes, de má representação, de um despudor sem limites levam-me a este 'deserto de vontade' em prestar melhor atenção aos nossos políticos.

Vem isto a propósito da reunião que o partido Socialista está a levar a efeito e de algumas afirmações feitas por alguns dos seus responsáveis. Seguro diz, ou melhor dito, dá a entender que a culpa de tudo o que nos está a acontecer é do partido do Governo. Não, nada tem a ver com o seu antecessor! O dinossauro Almeida Santos afirmou que o regresso dos Socialistas ao poder será mais breve do que se julga, já que os Laranjas tiveram pressa em chegar ao poder e estão a "levar com o pior da crise". Em suma: tudo o que preocupa esta gente, não é o desemprego, não é a fome, não são os desiquilibrios sociais, não é a geração de riqueza, o aumento das exportações, NÃO! Esta gente só está preocupada com o SEU REGRESSO AO PODER!

Nine/Eleven

11 de Setembro de 2011.

Faz hoje uma década que a América viveu um dos seus dias mais negros. Um dia de hecatombe, de tragédia, da irreversível perda de vidas humanas que geraram gritos de desespero e muitas lágrimas de sofrimento. O tempo não apaga a dor, não apaga a saudade mas ajuda a desvanecer esse mesmo sofrimento.

Nada aconteceu hoje! Nada de anormal sucedeu para além da recordação de todos aqueles que desapareceram em tão fatídica data. Ainda bem que assim foi! Tocaram a rebate os sinos de todas as igrejas de Nova York. Amanhã, será o dia seguinte e a continuidade da vida sem sobressaltos, sem surpresas desgraçadas. Assim o esperamos. Todos.