Hospital e morte...

 Aconteceu no hospital Beatriz Ângelo, em Loures. Morreu um paciente de 93 anos que tinha sofrido uma queda no lar onde se encontrava. Ao que se sabe pelos meios de comunicação, o doente teria uma fractura de anca e permaneceu na maca dos bombeiros, em plena Urgência, por quase seis horas.

Ainda segundo as mesmas fontes, o hospital de Loures tencionava transferir o doente para o hospital de Santa Maria. Os bombeiros em cuja maca se encontava deitado o doente em questão, prontificaram-se para fazer tal transferência, mas não obtiveram qualquer resposta dos responsáveis do Beatriz Ângelo.

Em consequência de tamanha espera e tamanha inoperância, perante uma situação que merecia intervenção urgente, o homem de 93 anos já não se encontra entre nós...

Agora, vão fazer inquéritos internos, o IGAS vai pronunciar-se, o Ministro competente, do alto do seu sorriso aparvalhado, vai espalhar "charme" na comunicação social. Enfim, este estado caótico a que já chegamos vai continuar a imperar, vai continuar a ditar as suas leis. Safar-se-ão os mais poderosos, os mais endinheirados. Continuarão a "partir", desta forma estúpida, absurda e absolutamente vergonhosa, toda a populaça que, como eu, tem que aguentar todos os desmandos, todas as asnices e todas as vicissitudes a que estamos sujeitos por quem manda nos destinos deste País.

Educação, que desastre!

Neste momento, são 21,20 horas deste dia 12 de Novembro de 2009, a actual Ministra da Educação, Isabel Alçada está a falar na RTP1, na "Grande Entrevista".

Eu disse falar, mas o que é facto, é que a referida senhora não está a dizer nada. Nada de concreto, nada de efectivo, nada de palpável, nada que augure bom futuro para a Educação neste País. Nem para os alunos, nem para os professores. É tão vaga, tão hesitante, tão vacilante, tão imprecisa, tão previsivelmente vazia de ideias, que parece mais não será, do "que um pau mandado" pela cúpula partidária e governativa.

Ainda não é desta senhor Primeiro Ministro! Ainda não foi desta que acertou no personagem ideal para elevar o nível educacional dos que estão agora nos bancos da Escola, como ainda não será desta que arranjou alguém capaz de apaziguar, de pacificar uma classe de profissionais que bem precisa de paz, para levar a "sua cruz ao calvário".

E digo 'cruz' já que, tanto se fala de avaliação, tanto se fala em divisão de carreira em prof's de primeira (titulares) e os outros... Será licito que um titular de Ginástica, avalie um colega de Português, ou Matemática? Tanto se fala e nada se diz!

O senhor PM e esta Senhora não ignoram que há professores (dos que o são - com estágio pedagógico, a quem ensinaram a ensinar!) aos milhares a receber a "Recibo Verde" e a serem pagos miserávelmente, à hora (como qualquer empregada doméstica, com todo o respeito que tenho por todos aqueles que trabalham limpa e honradamente). Não ignorais, pois não? Então, como o consentis? Será que os professores que todos os dias trabalham com as nossas crianças, nestas condições, podem gostar de gente como vós?

Os professores estão sempre a ser avaliados: pelos seus Coordenador(a) de Escola, pelo Agrupamento de Escolas a que pertencem, e para onde aquela classificação é enviada, e essencialmente, estão todos os dias a ser avaliados pelos seus alunos. Sim, avaliados por "eles", os mesmos (eles e elas) que no fim de cada dia de trabalho, de cada dia de aulas, se despedem do seu ou sua professora com um beijo, um afago...

O que sabeis vós de classificações? Quem vo-lo fizesse a vós, ministeriáveis "personagens de pacotilha"!...