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21 outubro, 2011

Redundâncias

Dia de calor intenso neste Outubro que teima em levar o Verão pelo Outono adentro.
Uma esplanada cheia de Clientes com apetite em plena hora de almoço. Debaixo de guarda-sóis gigantescos, grupos de gente jovem comiam e conversavam, riam e falavam. Resolvi comer dentro das instalações, longe do calor tórrido e do burburinho das vozes no ar.

Atende-me um jovem solicito que, no entanto, se movimenta com pouca destreza. Deambula do balcão para as mesas e em sentido inverso como uma barata tonta, como se não sabendo o que tem para fazer, o que deve fazer.
Anota o meu pedido e repassa-o ao balcão.
De forma bem audível para toda a Sala, o chefe grita com ele: "não é assim, é assado, mas tu és burro ou quê?"; "não serves para nada, mexe-me esse corpo". O rapaz tenta abrir uma garrafa e, quer seja pela falta de jeito, quer pelo enxovalho público, esboroa a rolha. O estalajadeiro pede-lhe a garrafa e enquanto retira os restos de cortiça, vai humilhando o rapazote e atira-lhe: "vai-te embora, pira-te daqui, quero-te aqui às cinco e meia".

Comi depressa. tinha uma preocupação na cabeça, queria ir à minha vida, mas mesmo que assim não fosse, aquele empresário da restauração mexeu-me com os nervos.
Pedi a conta ao "chefe". Espetou-me um 'ticket' minúsculo na mão e nem me perguntou se queria ou não, a factura a que eu tinha direito e que ele, ao receber um montante, me deveria ter entregue. São assim os 'estalajadeiros', chefes de um qualquer 'boteco' que serve batatas fritas em óleo queimado e tiram finos de cerveja morta, são assim muitos dos empresários actuais. Impacientes, prepotentes e malcriados.