"Andando" por aí...

De repente, eis-me defronte do teclado com um grande vazio de ideias. Nada me ocorre em particular, e no entanto, tanta coisa vai acontecendo ao nosso redor: no Paquistão a terra tremeu violentamente e fez centenas de mortos, para além de largos milhares de desalojados, já que o tipo de construção habitacional naquela zona do planeta é à base de terra e saibro; no Quénia, por mais que o governo local diga que o ataque ao centro comercial está debelado, o que é facto, é que as notícias estão constantemente a desmentir tais afirmações; por cá, encalhou uma traineira em Matosinhos mas, felizmente, salvaram-se os seus quatro tripulantes; Jesus, de forma ténue apresenta desculpas à PSP, o que valha a verdade, lhe fica muito bem; na Síria, continua aquela malfadada guerra a custar horrores a crianças, mulheres e idosos, sem que o mundo se entenda sobre uma atitude que possa parar tais atrocidades; finalmente, nos Estados Unidos, um senador falou, falou, falou durante 21 horas. É caso para dizer que este cavalheiro quer ombrear com Fidel Castro, famoso pelos seus longuíssimos discursos. 

Já vimos este filme

Estamos à porta de eleições autárquicas. Algumas cadeiras vão mudar, outras manterão os seus anafados glúteos e, outras haverá que, pura e simplesmente, deixaram de existir, finaram-se, foram extintas sendo a sua área de jurisdição acoplada a uma qualquer outra já existente.

Travam-se batalhas de palavras e de argumentos em que cada um dos candidatos tenta por todos os meios convencer aqueles que irão às urnas depositar os 'votinhos' a inclinarem-se para a sua côr. Os que lá estão ainda, afadigam-se em obras de última hora para mostrarem trabalho feito; os que aspiram a lá chegar prometem, prometem este mundo e o outro...

Domingo próximo logo se verá. Cantar-se-ão hossanas aos vencedores e arrumar-se-á a propaganda eleitoral num qualquer barracão à espera de uma próxima utilização. E a vida continuará, sempre igual, cinzenta, com a crise estampada em todos os rostos com quem nos cruzamos na rua...

Ai, Jesus...

Jorge Jesus exaltou-se, perdeu a calma, vociferou sobre polícias e 'stewards', esbracejou, fez cara feia e, no fim, teve que meter o rabinho entre as pernas e dar uma explicação esfarrapada de todo para justificar o injustificável. Francamente meu caro, enquanto condutor de homens, de responsável por uma equipa, por um grupo, há que ser mais comedido.

Nuno Crato faz "mea culpa"...

Afinal, o homem dá o dito por não dito!

Nuno Crato, Ministro da Educação depois de dar uma machadada forte há dias atrás, no ensino do Inglês no 1º. Ciclo, vem agora a terreiro emendar a mão, que é como quem diz, apertado por Sindicatos, por Associações de Pais, por docentes da língua, pela Oposição, à porta de eleições, decidiu por bem fazer marcha atrás e recuar no palavreado de há dias. Eu até tinha uma certa admiração pelo homem, mas é inquestionável: o poder deturpa a mente! Se quiser conferir do que os políticos são capazes, dê uma clicadela no 'link' acima...

A "Teacher" foi-se embora...

No 9º. Ano quer provas de Cambridge para aferir conhecimentos dos alunos portugueses e acaba com Inglês no 1º. Ciclo. O homem está tolo?

Tenho Nuno Crato na conta de assizado, ou devo dizer tinha? O cavalheiro antes de chegar à governação englobava paineis de discussão sobre a Educação em Portugal e sempre o fazia com discernimento, com mente aberta, enquanto profundo conhecedor da realidade. Chegou "lá" e, pronto, baralhou-se, perdeu-se, entrou em esquizofrenia pura e passou a ter comportamentos em nada condizentes com o "antes". É uma pena, porque inteligente ele é, só que neste momento tem que fazer e dizer coisas que não são nada consentâneas com o passado recente. Como esta, de se lhe ficar a dever o extermínio puro e simples do ensino do Inglês da 1ª. à 4ª. Classe. Jamais se livrará de ver o seu nome ligado a este terrível legado...

Síria, tanta hipocrisia!

O mundo continua a assistir incrédulo aos bárbaros acontecimentos na Síria.

Morre-se debaixo de bombardeamentos, por envenenamento químico, morre-se à fome, morre-se pela mais dramática penúria de alimentos ditos primários, como o pão, a água, os legumes...

Os americanos querem "punir", os russos não querem perder margem de manobra, os franceses e britânicos por entre avanços e recuos vão pactuando. A China está à espreita de "botar faladura", como o estão o Irão, Israel...

Jogam-se neste tabuleiro poderosos interesses de todas as partes. Como aves de rapina, todos pairam no ar à espreita de dar a sua bicada. E os Sírios, o povo, as gentes da rua e dos bairros, e das cidades em ruínas, será que os senhores da guerra pensam neles?

Benfica à grande

O Benfica ganhou ao Anderlecht por duas bolas a zero na primeira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. E ganhou bem, jogando bem, por vezes de forma bem enleante a manietar completamente o adversário.  Ficou a dever a si mesmo alguns golos mais que poderiam ter dado outra expressão ao resultado, se bem que o mais importante, a vitória, essa foi conseguida, e totalmente merecida. Parabéns Benfica!

Gondomar, do rio ao mar

Gondomar está nas primeiras páginas dos jornais e, não pode dizer-se que seja pelas melhores razões, ou seja, pela arte dos seus artesãos na feitura da filigrana. Não! Gondomar tem este fado: o de andar nas bocas do mundo quando menos se espera...

Políticos parvalhotes

Seguro disse mais uma das suas, que se sintetiza mais ou menos, da seguinte forma:

Eu e o PS queremos acabar com a pobreza em Portugal!

Em que País viverá este senhor, e que promessa mais descabelada e enfadonha esta, para poder, sequer, ser encarada como algo de credível?

Estamos habituados, infelizmente, a que os políticos prometam "mares e fundos", digam uma data de alarvidades no que concerne ao que vai ser o nosso futuro próximo, e depois, zarpem para outras águas dando o dito por não dito, escapando, olimpicamente, aos pingos da chuva, pois quando chover, mas chover a sério, vai ser em cima de quem trabalha ou tem uma pensão de merda, que a água vai cair em catadupas enregelando-nos até aos ossos.

Que raio de parvalhotes estes que nos governam!

Por falar em parvalhotes, o do bonézinho ridículo (aquando das campanhas eleitorais), segundo as más línguas, levou o seu pé de meia para a Alemanha. Nós já lhe conhecemos o jeito para negócios com os germânicos!...

Incêndios florestais

Ardeu este País. Mais uma vida de Bombeiro se perdeu, a 8ª. do mês de Agosto. Fez-se o funeral com honras de Ministro presente e prometem-se medidas para o futuro de modo a acabar com este flagelo: da floresta portuguesa em chamas. Legislação adequada, ao que parece, já existe. Falta é dar-lhe cabal cumprimento e atacar a raiz do problema, isto é, os faltosos, os que não limpam, os que deixam ao abandono, criando assim o "ocasião que faz o ladrão": o fogo devastador que tudo leva na sua frente; floresta, casas, animais, veículos e crucialmente, Vidas Humanas que não podem continuar  a perder-se desta forma tão atroz e sofredora. Haja vontade política para, de uma vez por todas, atacar o problema e os jogos de interesses que os incêndios florestais acobertam.

Bombeiros, obrigado!

Metade deste país está a arder, está ensombrado de fumo. O Caramulo está de novo em chamas. E há dias esteve Gondomar, esteve Paredes, esteve Caminha, esteve... Este País está ainda mais na miséria, mais desgraçado que há uns dias atrás. Este País está negro, escuro, reduzido a cinzas em muito da sua área florestal. Matas e florestas que ontem eram verdes, estão hoje transformadas em terra queimada, terra de ninguém. Arderam árvores aos milhões, minou-se o pulmão desta terra, estamos todos mais pobres. Mas, se os prejuízos são incalculáveis, as perdas são terríveis no que concerne a vidas ceifadas na flor da idade. Hoje mesmo, a notícia que, infelizmente, se esperava: a morte de mais um bombeiro, vida jovem de rapaz de 19 anos que sucumbiu após queimaduras graves na incêndio anterior nas matas do Caramulo, onde aliás, uma outra vida se perdeu, a da bombeira de Carregal do Sal.

Tragédias a mais para um povo já de si tão fustigado nos últimos tempos. Lágrimas pelos que partiram, das suas famílias, das suas corporações, dos seus amigos e o respeito sentido e condoído de todos aqueles que como eu, muito ficam a dever ao trabalho abnegado e heróico dum grupo especial que dá tudo de si sem nada pedir em troca: os Bombeiros Portugueses!