Mostrar mensagens com a etiqueta hospitais. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta hospitais. Mostrar todas as mensagens

03 janeiro, 2024

SNS em agonia

A Saúde anda pela hora da morte!...

É difícil por mais que recuemos no tempo até aos idos de 1976 - ano da criação do SNS - encontrarmos uma situação tão calamitosa, em termos de prestação de cuidados hospitalares, como esta que ora vivemos. 

António Costa, o ainda Primeiro Ministro e, tão irritantemente obcecado em nos fazer crer que não vivemos neste País, mas sim numa qualquer outra República lá da cabeça dele, de conluio com o seu inenarrável Ministro da Saúde, de seu nome Manuel Pizarro, vão atirando para debaixo do tapete todo o caos, toda a ingovernabilidade, toda a incompetência de que padece o Sistema Nacional de Saúde e, por arrasto, todos os Portugueses que tenham que recorrer às Urgências hospitalares.

Tempos de espera que rondam as dez, quinze, ou vinte horas de espera, são coisas de terceiro Mundo, são indignas de um País que se quer projectar a nível de uma Comunidade Europeia, à qual pertencemos. Nunca aconteceu! E, acontece, justamente com um Governo chefiado por alguém que desde a primeira hora nos "vendeu" a ideia: "...connosco a austeridade acabou. Vamos virar a página!..."

Triste sina esta por que passamos. Triste história esta que muitos terão para contar, depois de perderem algum dos seus, nestes tempos de tantos e tantos constrangimentos, que alguns levam ao fecho, puro e simples, de sectores inteiros de certas especialidades, em tantos hospitais de Norte a Sul do País. Ouvir Manuel Pizarro tentar justificar o injustificável, é absolutamente insuportável!


29 outubro, 2023

Saúde em morte lenta!

A Saúde, em Portugal, está pelas ruas da amargura. O "S N S" passa pelo momento mais negro desde a sua criação, há mais de 40 anos, por esse vulto que foi António Arnaut.

António Costa não dá um passo. Fernando Medina não dá um passo. Manuel Pizarro, esse não sabe andar nem sequer, sabe o que anda a fazer.

As Urgências hospitalares fecham por todo o País, de Norte a Sul, com maior incidência quanto à gravidade de tal situação na zona da grande Lisboa. Aqui, nesta metrópole onde a densidade populacional é a mais elevada, vai passar a haver sómente dois hospitais com Urgências Pediátricas a funcionar: Santa Maria e D. Estefânia, encerrando uma data de outros hospitais no que concerne àquela valência específica. É de bradar aos Céus tamanha incompetência, tamanho desnorte de quem devia segurar com mão firme o leme desta barca que somos e que ameaça afundar-se a todo o momento. Onde está a responsabilidade, onde está o respeito, onde está a sensibilidade de quem manda nos destinos da Nação, o que anda a fazer toda essa gente que se acoita na Assembleia da República?...

Manuel Pizarro diz com aquele sorriso algo tolo e descabido: "estamos a trabalhar árduamente para resolver a situação...". Tanto trabalho, segundo ele, e tanta parra, tanta asneira e tanto vazio nas conversações com todos os profissionais da Saúde. Fala, fala e não vemos senão desgraça a acontecer; e mais desgraça virá, segundo Fernando Araújo, director executivo do SNS que prevê um Novembro, que está aí ao virar da esquina, verdadeiramente catastrófico. Se se perderem vidas desnecessáriamente, a quem deveremos imputar tal responsabilidade? Sim, digam-nos!, quem devemos culpar, quem devemos criminalizar?

03 outubro, 2023

Hospitais a fenecer

A recusa dos Médicos em continuar a fazer horas extraordinárias, para além das muitas que já fizeram, leva a sérios constrangimentos em 27 Hospitais deste País, provocando, nalguns casos, o encerramento de Urgências em algumas das especialidades.

É caótico, absolutamente calamitoso este estado de coisas...

Caminhamos para o Inverno a passos largos, época de muitas infecções respiratórias, nomeadamente a Covid-19 que por aí vai cirandando. Se nada fôr feito, se este inédito e terrível estado de coisas não fôr invertido rapidamente, vamos pagar uma factura bem alta, eventualmente, uma factura terminal para alguns de nós!!...


17 junho, 2022

SNS em agonia

O Serviço Nacional de Saúde é um bem inestimável, é uma benção de que nem todos se podem gabar e, é também, uma conquista que importa e, de que maneira, preservar a todos os títulos.

Não sobreviveu uma criança no Hospital das Caldas da Rainha por, supostamente, não haver Médico de Obstetrícia/Ginecologia de plantão, aquando da chegada da grávida à unidade hospitalar... Que lástima, que tal aconteça neste tempo, nesta era neste século!

Tal nefasto acontecimento fez espoletar de imediato casos semelhantes em alguns hospitais Lisboetas, em Setúbal, em Braga, em Portimão. Faltam médicos daquelas especialidades para preencher as escalas de serviço dos ditos hospitais.

Os médicos do SNS estão mal pagos por comparação com os seus colegas que trabalham nos Hospitais Privados e, até mesmo, com médicos tarefeiros contratados a empresas que se dedicam ao "métier". Não é de censurar que cada um procure trabalhar com aqueles que lhes asseguram melhores condições salariais. Não, em boa verdade, não é de censurar. 

Mas, no entanto, e com vista a evitar esta "fuga" dos Médicos do Serviço Nacional de Saúde rumo aos Privados, porque não se regulamenta através de legislação própria que um Médico "feito" nas Universidades e Hospitais-Escola Portugueses, seja levado a cumprir um qualquer espaço temporal mínimo ao serviço do "SNS"? Aliás, a exemplo do que acontece com os pilotos da força aérea, cuja formação é tão dispendiosa. Estes últimos, tanto quanto se sabe, acabam todos a ser pilotos da aviação comercial, não sem antes, terem permanecido alguns anos ao serviço da força aérea, como que a compensar o erário público do muito que neles se investiu. Pensem nisso, todos os implicados no processo, mas pensem mesmo por favor, senão ides acabar com o Serviço Nacional de Saúde!

30 janeiro, 2021

Bombeiros Portugueses, obrigado!

Estamos na casa dos quase 300 epitáfios diários... Tem sido assim, desde há uma boa dezena de dias. Os números, esses malditos conjuntos de hieroglifos - neste contexto, é claro! - que significam vidas, corações que não batem mais, olhos que perderam o brilho, rostos, cujo sorriso se desvaneceu...

Há filas de ambulâncias em várias urgências hospitalares, sendo que os casos mais graves nos últimos dias, aconteceram à porto do Santa Maria, com cerca de 30 daquelas viaturas com gente em sofrimento no seu interior. A espera, essa, prolongou-se por longas horas, com os bombeiros - outra classe dos nossos herois - a permaneceram ali, ao frio, com fome, em desespero.

De imediato, se gerou um movimento de populares que acorreram deixando alimentos, bebidas e uma palavra de incentivo e de conforto. Aconteceu o mesmo, no Garcia de Horta, em Almada. Benditos sejam os Bombeiros Portugueses e benditas sejam as gentes que, súbitamente, aparecem do nada, carregando esperança nos braços.

27 janeiro, 2021

Hospitais, há tempo demais, nos limites

Todos os dias somos inundados pelos números da tragédia que nos assola. Bateu-se mais um recorde infeliz. Continuam a morrer Portugueses a tal ritmo, que as morgues hospitalares já não têm mais espaço para albergar os cadáveres que se amontoam.

Já temos unidades hospitalares que recorrerram a contentores frigorados.

As agências funerárias não chegam para proceder aos funerais daqueles que, todos os dias, aumentam o número dos que nos deixaram.

Faltam médicos. Faltam enfermeiros. Falta pessoal paramédico. De que adianta criar mais e mais espaços, mais e mais enfermarias, se não tivermos recursos humanos das mais díspares valências, para trabalhar nesses espaços?

Infelizmente, estamos a ser notícia pelos quatro cantos do mundo pelas piores e mais terríveis razões. Oxalá, consigamos saír deste atoleiro em que nos encontramos, logo que possamos.

25 novembro, 2020

Ventiladores e escolhas selectivas

Os hospitais estão a rebentar pelas costuras e não se vislumbra remédio rápido. As unidades de cuidados intensivos já não suportam  muito mais tempo, o excesso de pacientes que todos os dias lá caiem. O inevitável está a acontecer, sendo que esta inevitabilidade tem a ver com a atribuíção selectiva de ventiladores, a doentes que apresentem mais possibilidades de sobrevivência, por relação com todos os outros cujo cenário clínico seja mais complicado...

É verdade! Estamos chegados ao ponto em que as equipas médicas vão ter que fazer escolhas: A quem atribuir uma máquina de suporte de vida e a quem se encosta a maca no corredor, deixando que o destino, que o acaso faça o resto...

Há doença a rodos nos hospitais, há doença nos lares, há doença nas cadeias, há doença nas escolas, há doença nos transportes públicos, há doença nas esplanadas - quando a funcionar -, há doença na comunidade, há doença a circular, há doença e mais doença... 

"Prometem-se" vacinas para... fim de Dezembro, princípio de 2021. É verdade que esse é o caminho, a vacinação da população mundial em massa. Só que subsiste no ego de cada um de nós a pergunta que a todos aflige: E quando é que isso será? Quando poderemos aspirar  a vermos essa tarefa, verdadeiramente gigantesca, posta em prática?


21 janeiro, 2015

Estamos a morrer nas "Urgências"

Portugal está em sobressalto. A população está alarmada com o número inusitado de mortes que estão a acontecer nos corredores das Urgências dos nossos hospitais. Ninguém quer vêr os corredores do hospital como a antecâmara da morgue. 
Os doentes, devido ao frio, devido ao maior afluxo de pessoas, devido à falta de médicos e enfermeiros, devido a teorias economicistas em que se reduziram equipas em vez de se proceder ao seu reforço, estão a morrer "cheios de saúde", que é como quem diz: estão ali as paredes, estão ali os meios técnicos, aquilo são sítios preparados para salvar vidas e morre-se esquecido em cima duma maca, encostado numa qualquer parede, sem a mínima atenção para o último sôpro de vida, porque são escassos ou, significativamente insuficientes, os meios humanos nomeados, escalados... Porque são poucos, porque não compareceram ao serviço, porque adoeceram aos molhos, porque não se responsabiliza criminalmente quem deveria responsabilizar-se. Há gente com responsabilidades - médicos e enfermeiros - a faltarem ao serviço apresentando atestados para tal. Não se discute aqui, se são bem ou mal pagos, se são os necessários ou há carências. O importante perante uma tal vaga de portugueses em desgraça, é guardar as "guerras" que houver para travar para mais tarde e, acorrer-se a quem mais precisa antes que haja mortes a lamentar que, em circunstância alguma, deveriam acontecer...

Está na hora do senhor Ministro da Saúde, chamar as pessoas pelos seus nomes e responsabilizar de forma séria e de uma vez por todas, todos aqueles que, por isto ou por aquilo, não deveriam trabalhar em Saúde. Está também na hora do próprio Ministro fazer o seu acto de contricção e perguntar a si mesmo, quantas destas mortes não vão "viver com ele" para o resto da sua vida, bem lá no mais recôndito do seu sêr? Senão, de que serve a correria louca em que os abnegados Bombeiros deste país levam doentes aos hospitais, correndo sérios riscos de vida, se depois os deixamos horas e horas a fio à espera de socorro?