Bendito sejas, ó Deus!

Depois de uma grande "travessia do deserto", eis que cheguei ontem a "bom porto", a porto seguro, com 'balizas' bem definidas e sustentadas para ancorar a minha mente.

Foram tempos sofridos - não, não foram nada! - foram dias, foram semanas e foram meses de incerteza, de profunda ansiedade, de obscurantismo quanto ao futuro próximo..., foram, essencialmente, dias e noites menos bem vividos e algumas, bem mal dormidas.

Chegou ao fim! Doravante, volto a ter os destinos do meu destino nas minhas mãos e nas da Providência Divina que a todos guia, a todos conduz por vereda segura, no alto da serrania ou na mais verde planura...

Tenham juízo!...

"O dito por não dito!"

Congratulo-me que assim seja por parte de José Sócrates e Pedro Passos Coelho, líderes do PS e do PSD, respectivamente. E, fico feliz, porque penso ter chegado o tempo de ambos convergirem para pontos de vista comuns que levem ao reequilibrio da situação económico-financeira do País.

Há algum tempo atrás - no da maioria absoluta - o Primeiro Ministro gritava a plenos pulmões a sua irredutível postura de não precisar de ninguém para governar o país de forma sábia e construtiva; bem mais recentemente, Passos Coelho afirmava categóricamente que se fosse preciso derrubar o governo, o faria sem hesitações.

Falaram. Para bem da Nação e da imagem a transmitir para o exterior. Disseram coisas, pouco importantes, embora a 'imagem' mais forte seja a da convergência.

Esperamos todos que possam anunciar rapidamente, outras posições mais radicais e mais pesadas que possam inverter a imagem que o exterior tem de nós. Anunciem, por favor, a paragem de obras que nos endividarão para décadas como o Aeroporto e o TGV; anunciem a paragem de mais auto-estradas que nos não fazem falta neste contexto e neste momento. E, já agora, parem de imediato a aquisição dos submarinos que mais não serão que dois monstruosos elefantes brancos...

Vá lá Senhores da Política: por uma vez que seja e porque o país já não aguenta mais asneiras, ganhem a nossa consideração e o nosso respeito e parem o que tem que ser parado, uma vez que "pobre não pode fazer figura de rico"...

Greves, pois claro!...

O País tem vários sectores de actividade que se encontram em greve. E, para os próximos dias estão agendadas mais manifestações daquele mesmo teor. O País está a parar e isto porque os Trabalhadores não aceitam o congelamento de salários.

O Governo decretou tal congelamento até 2013. Até aqui, estava no seu pleno direito. O problema é que permitiu, ou prepara-se para o fazer, aumentos em alguns sectores cujas situações foram catalogadas de absolutamente excepcionais; estão neste pacote, por exemplo, funcionários da TAP, da EDP, da CGD, da PT para só mencionar os mais gritantes.

Claro, as excepções caem mal, muito mal!

Os sacrifícios, a penúria, o aperto do cinto, a paragem da hemorragia financeira tem que ser solicitada a Todos neste momento especial da Vida de todos. Agora, "comem uns, e esganam-se todos os outros", só podia acabar em acções de protesto...

Luxos!...

Inês de Medeiros vive em Paris.

É deputada pelo PS na Assembleia da República.

Foi eleita nas listas do PS, como sendo residente em Lisboa.

Em suma: trabalha(?) como deputada no nosso Hemiciclo de 2ª. a 6ª.feira e vai passar os fins de semana a casa, o que neste caso representa, ir e vir a Paris todas as semanas.

Está aprovada verba para suportar estes custos, o que nos tempos que vivemos é uma perfeita aberração!

Pergunta-se: foi ela que mentiu ou foi o PS, ao não constatarem o óbvio? É que está a saír-nos caro, a todos...

Casa Pia, finalmente!

Finalmente, a sentença do caso Casa Pia vai ser lida a 9 de Julho próximo.

A meia dúzia, de colunáveis famosos implicados, está toda acusada, em maior ou menor número, da prática de vários crimes.

Veremos como é que a Justiça Portuguesa se pronuncia, pois de aberrações judiciais começamos a "estar todos muito cansados"!...

No reino da Risada

Estreou no Domingo passado na RTP 1 um novo programa. Chama-se "Lado B", é apresentado pelo Humorista Bruno Nogueira e apareceu em horário nobre.

Tem convidados, uma banda residente e está projectado à guisa de "talk show".

A sugestão do nome do programa - Lado B -, levou-me a imaginar que vinha aí qualquer coisa do tipo: do outro lado, por trás da cortina.

Ora bem, o primeiro convidado foi o "Gato Fedorento" Ricardo A.Pereira. Conversa animada, alguns dichotes engraçados e a coisa não transbordou. Prova superada!

O convidado seguinte foi de "arrasar" a vida a qualquer um. Não é que prometesse mostrar-nos algo de novo, de quem esperássemos algo surpreendente, mas que diabo, deixa lá ver o que é que sai: bom, do ex-ministro "Manuel zinho" não sai nada de jeito. Trivialidades, muita vaidade, algumas parvoíces e uma manifesta falta de jeito para estar em espaço público.

Educação e Saúde, p'ra que vos quero?

Há pouco tempo houve eleições no maior partido da Oposição.

Das mesmas brotou um líder, que não interessa escalpelizar se é o melhor, ou não.

Esse líder, entre variadíssimas afirmações proferidas no discurso de "investidura", e noutros mais à frente, disse que lutaria com denodo para impedir que a Educação e a Saúde jamais fossem privatizadas.

Aqui, chegado a este ponto, estaquei mentalmente, congelei a imagem televisiva que proferia tais enormidades e fiquei ali, quieto, estupefacto, mirando e remirando a postura de "Dandy" do personagem, e tentando perceber se o orador tinha alguma noção do que estava a dizer, se conhecia,  nem que ao de leve fosse, o que se passa no terreno, na vida real, no 'todos os dias' de tantos milhares de portugueses.

Depois de moer e remoer, achei que não; o personagem desconhece o país real. Ignora que grande parte da Educação, entretanto, entregue às autarquias foi por estas alienada, entregue, "vendida ao desbarato" a empresas privadas que mais não fazem do que "comer" ávidamente os dinheiros públicos. Quanto às Câmaras estão-se nas  tintas; através da Educação arranjaram forma de "sacar" ao 'OGE'* alguns milhões mais para se auto financiarem.

Na Saúde, a Comunicação Social anunciou que os Hospitais público-privados apresentaram 300 Milhões de prejuízo no ano passado. Quem vai pagar esta factura? Está-se mesmo a ver, não 'tásse'? Que parcerias são estas que nos custam tão caro? Pois é, há que dar de comer às "famílias políticas", às "clientelas partidárias", aos "afilhados", aos "sobrinhos", a "essa canalha toda"...

Depois, rectificam-se orçamentos, emendam-se cifras, fazem-se 'Pec's'(*)

Que sina esta de sermos (des)governados por gente tão fraquinha...

Os que lá estão, os que são Governo, já começaram a alijar a carga, a 'desfazer-se' de dois sectores tão vitais. Mas... os que estão à porta, os que anseiam por chegar ao poder, não são melhores.

(*) Orçamento Geral de Estado.

(*) Programa de Estabilidade e Crescimento

Cinzas pelo ar...

O mundo zangou-se. A crosta terrestre entrou em convulsão e a Islândia, terra de vulcões, saltou para a crista das preocupações terráqueas, por via da lava incandescente e das cinzas em milhões de partículas expelidas para a atmosfera. Pararam os aviões, pararam os aeroportos, pararam as pessoas, pararam as vidas em frenesim. Por momentos (alguns dias), parece que o mundo ficou em suspenso, a vogar algures na estratosfera.

Um simples espirro do planeta  e eis que o Homem, todo poderoso, ficou inerte, caído, desmaiado, fortemente combalido. Serviu para, pelo menos, nos dar a noção  perfeita e cabal da nossa pequenez...

Eles comem tudo!...

Parece que há uma greve na Galp...

Só parece, porque na verdade, não se deu por ela.

Greve significa que os trabalhadores estão descontentes com a sua entidade patronal, não concordam com posições assumidas por aquela e, vai daí, suspende-se o trabalho para, regra geral, chamar a a atenção do público consumidor, do poder instituído e "penalizar" a empresa para que a administração desta, retroceda nas posições que geraram a discordância.

Então, e esta greve explica-se como? É fácil: - Trabalhadores querem aumento salarial de 2,8%; a Administração contrapõe com 1,5%. Posições irredutíveis de ambos os lados e zás, eis-nos com mais uma greve.

No momento actual, de grande contenção salarial (entre os trabalhadores, entenda-se!), parece descabido que estes queiram um tal aumento, quando tantos outros salários estão congelados, e muitos outros ainda, nem sequer salário têm. Mas, também é real, que a PT, a EDP,  a TAP e a CGD vão ter direito a situações de excepção e vão aumentar os seus trabalhadores de acordo com aquilo que entenderem as respectivas administrações. Que raio de País é este com tantas assimetrias, tantas desigualdades, tão negro para uns e tão diáfano para uns quantos? Que miserável terra esta que assim maltrata tantos dos seus filhos?

Finalmente, o argumento gerador da greve na Galp não são os trabalhadores, é a  sua administração, querem ver como? Mais uma vez, é fácil:

Como a petrolífera SÓ teve 300 Milhões de Euros de lucros, a administração acha que este facto é razão suficiente para não poder aceitar a reinvindicação dos que trabalham; por outro lado, permitiu-se distribuir por cerca de 20 dos seus administradores algo como 6,2 Milhões de Euros. Estamos ou não num País de doidos, numa república de 'bananas', um feudo dum qualquer chefe tribal e terceiro-mundista?

Mordomias

O patrão dos patrões veio dar a sua água benta a António Mexia ('patrão' da EDP) quanto aos 3,1 Milhões de Euros atribuídos em prémios. Mais: informou que se fosse numa, por exemplo, Estados Unidos da América, aquele "quadro da eléctrica" ganharia por aí, ou mais, já que administradores com o potencial daquele, se fazem pagar muito bem por esse mundo fora...

É fantástico, como este senhor discute o aumento do ordenado mínimo como algo de pernicioso para a economia nacional e aplaude prémios deste quilate. O corporativismo faz com que "as minorias instaladas no poder e na riqueza" se defendam mútuamente, com unhas e dentes.

Portugal, terra de contrastes

Ouviu-se e leu-se que, doravante, um qualquer preso condenado, por um Tribunal presidido por um Colectivo de Juízes, à pena máxima, ou seja, a 25 anos de cadeia, pode voltar à liberdade em regime aberto e fazer, fora da prisão, uma vida de trabalho, dita normal, se o Director do estabelecimento prisional assim o entender. Esta medida só pode ocorrer após cumprida 25% da pena.

Pergunta-se:

• para presos por crime de sangue - assassinato -, como fica a Família da vitima;
• em termos de justiça, pura e dura, será isto justo?
• tratando-se de um criminoso que pode ser um mero sanguinário, como se protegem os cidadãos deste tipo de facínora?

Para além das dúvidas acima, vamos ter duas situações de melindre, para não dizer algo de mais pesado:

• Os Juízes deliberam "branco" e um Director de prisão escreve "preto";
• A cadeia para "estes presos", vai passar a ser um mero dormitório.

 

E esta, hein!?...

Irmãos, até na desgraça!...

O "Inferno" veio pela encosta abaixo!

Tal como na nossa ilha da Madeira, também as favelas no Rio de Janeiro, construídas em encostas íngremes, derrocaram devido à forte chuva dos últimos dias, tendo levado na enxurrada à "sua frente" tudo o que encontraram: casas, casebres, creches, pequenos bares, lares onde se acoitavam vidas e a vida de tanta gente que se partiu em mil pedaços, se estilhaçou, que desapareceu debaixo de toneladas de escombros. A vida da gente pobre, às vezes, transforma-se num tormento insuportável...

Para Si, p'ra Ti, p'ra Vós todos...

Para Vós todos, para os simpáticos, para os sorridentes, para os bem humorados, para os felizes  e para aqueles que nem por isso, para os que riem e, também para os que choram:

UMA SANTA E BOA PÁSCOA!

Frases soltas...

Nos últimos tempos, sinto que a vida se tem tornado como que um jogo infernal, mais parecendo um jogo virtual, daqueles cheios de figurinhas esquisitas, tipo androides que saltam a toda a hora e possuem 30 ou 40 vidas, que é como quem diz, 30 ou 40 fôlegos...

São jogos cansativos, repetitivos, monótonos, chatérrimos pois, não estimulam, não geram novos raciocínios, não apelam ao exercício da inteligência, não treinam o cérebro. São, a meu ver, bastante estupidificantes e entorpecedores da mente humana.

A propósito de factos estúpidos e entorpecedores do normal desenvolvimento do País, os últimos dias foram férteis, senão vejamos:

• António Mexia, presidente da Eléctrica Nacional, vai receber 3,1 Milhões de Euros em prémios... Prémios, nesta altura?
• Zeinal Bava, presidente executivo da "PT", e seu grupo mais chegado, vai encaixar cerca de 7 Milhões de Euros por razão análoga... Mais prémios, porquê? por trabalhar?!
• 13 Ministros não residentes em Lisboa (embora lá tenham casa), recebem 1.300 Euros por mês (cada um deles) para ajudas de deslocação... Mordomias, a Ministros, nesta altura?!
• Os pilotos da "TAP" ameaçaram fazer greve. Administração cedeu, sentou à mesa da renegociação, e os pilotos - tão desgraçados, coitados! -, são aumentados em 600 Euros mensais!... Que aumentos são estes, maiores que a totalidade do ordenado de milhões de portugueses?
• O Governo vai fechar Serviços de Urgência em Valença. Espanhois de Tuy, declaram receber a nossa população para lhes prestar cuidados médicos!!! Viva Espanha, uma vez mais! Já temos bébés portugueses nascidos em Badajoz... Ponha Deus vergonha na cara de quem nos governa! Que atitude é esta? Não chegam as mortes já ocorridas porque as populações já só têm 'INEM', não têm valências médicas!?...
• Os submarinos do 'P.P' metem água por todos os lados. Durão e Portas, lindos meninos, estão a leste de todos os subornos, de todas as manobras de bastidor... Todos sacodem água do capote. A culpa morre solteira e alguns nababos - nojentos - enchem os bolsos com os nossos impostos!
• Consequência provável do acima exposto: a alemã "Auto Europa" pode ir às malvas... será a perda das famosas contra-partidas?...
• Os enfermeiros estiveram de greve e prometem mais. Em início de vida, querem arrancar a ganhar 1.200 Euros. Até posso entendê-los, mas é utópico este desejo. Como se todos os outros licenciados deste País em começo de vida pudessem aspirar a começar a vida com tais rendimentos... Greves na saúde, são uma desonra para quem as faz!
• Há 900.000 portugueses a "Recibo Verde". Trabalham a troco do que os agiotas dos patrões lhes quiserem pagar - Estado incluído; têm horário, têm deveres, tarefas rotineiras e habituais, cumprem regras disciplinares, e por vezes, já trabalham no mesmo sítio há anos. Não obstante, NÂO têm regalias como férias, subsídios de férias e Natal, direito a baixas por doença, direito a assistência médica, medicamentosa e de internamento hospitalar... Governantes miseráveis, ide-vos!...
• Numa terra em que se incentiva e paga o nascimento de novos cidadãos, as Mulheres trabalhadoras do item acima, se grávidas, têm direito a NADA! Insisto: Ide-vos!...
• E há o 'PEC' pec(ador) que nos leva até à desgraça... não há volta a dar-lhe!
• E há o "Bullying" e a Ministra diz que vai... Mentira!, vão fazer que fazem, sem nada fazer!
• E ficou nas margens da vida o Leandro... Fruto da má sina, dos políticos e da deseducação em que vivemos há duas gerações!...
• E ficou perdido de tudo e de todos, o Luís, o professor que não suportou o insuportável... É mais uma vítima das muitas que se encontram na escuridão, que não falam, que estão segregadas, a quem tiraram tudo!...
• E ainda se fala no aeroporto... Tenham juízo!, quem tem 10 não pode gastar 12!
• E subsiste também o 'TGV', até à capital espanhola, provavelmente para levar e trazer espanhois... Para quê, Senhor? Tu e só Tu, ilumina-os, dá-lhes juízo!...
• E...,e...,e..., as contas deste rosário começam a estar tão gastas..., e eu estou tão farto de aturar estes gajos, esta malta de colarinhos engomados e meros passantes desta feira de vaidades em que exibem toda a sua mediocridade...

Questionarmo-nos é bom. É um exercício mental e de inteligência. Questionar as asneiras à nossa volta e manifestar o nosso desagrado ao poder instalado - qualquer que ele seja! -, é um dever cívico que todos temos. Questionemos, pois...

Bom regresso!!!

Tenho um Amigo, daqueles sabem? que acabou de passar um mau bocado.
Súbitamente, sentiu-se menos bem. Uma dor persistente levou-o à urgência hospitalar e, dum momento para o outro, a vida estava toda virada de pernas para o ar.
Aguentou estoicamente e já lá vai o pior naco. Agora, de regresso ao seio familiar e amparado por todos os que lhe querem muito bem, vai correr tudo de vento em popa.
Estou feliz, muito feliz por ti!
Bom regresso a "casa" Adriano.