20 janeiro, 2013

Guerrinhas de manjerona

Passos Coelho responde a António José Seguro. Este retruca e faz insinuações. O primeiro volta à carga e deixa acusações. Seguro apoplético responde em gritaria. Passos, afinal mais seguro, sorri e invectiva.

Esta lengalenga de "agora vou eu, e depois vais tu" é nem mais nem menos, o cerne da discussão política quanto à reformulação do estado social da Nação. Estes dois cavalheiros entretêm-se a fazer um exercício idiota, a brincar aos meninos ricos, como se o país não esteja atulhado de situações desesperantes que carecem resolução urgente.

Há crianças com fome em Elvas, como as há no Porto, em Estremoz, em Setúbal ou em Macedo de Cavaleiros. O presidente da Câmara de Elvas, numa manifestação de grande humanismo decidiu que as crianças do concelho, além de pequeno-almoço e almoço, também precisam de jantar. Que atitude a deste autarca!

Seguro diz que tem alternativas e que até já as propôs ao país. Que distraídos devemos andar todos. 
Passos Coelho "promete" mais austeridade se, entretanto, conseguirmos sobreviver a uma tormenta que inunda a nau tormentosa em que "eles" transformaram as nossas vidas.

Em boa verdade vos digo: as nossas chances não são nada de espantar com massa cinzenta deste quilate à frente dos destinos de todos nós.

11 janeiro, 2013

Rendas habitacionais

Vá-se lá saber como e porquê, eis que o "BNA - balcão nacional do arrendamento" está criado. Não, não existe fisicamente em nenhum lado, não há funcionários públicos a atender o pessoal, não é visível, não está disponível numa qualquer loja de cidadão. Está a funcionar "online", isto é, funciona na Internet, está "à mão" para quem a tem, e não existe para quem dela não usufrua. 
À conta disso, de quem tem posses para a ter, eis que os senhorios começaram a inundar as caixas de correio dos seus inquilinos com pedidos de aumento das rendas, que em certos casos, poderão chegar a cinco, seis, oito vezes mais...
Prevê-se que muitos milhares de portugueses não vão aguentar tais aumentos no momento actual das suas vidas. Daí que o BNA mais não seja que o primeiro passo para o despejo legalizado e para mais miséria social

06 janeiro, 2013

Sporting, ergue-te das cinzas!

O Sporting perdeu em casa. Mais uma vez! Agora foi com o Paços de Ferreira e já está sómente 2 pontos acima da linha de água, que é como quem diz, se o campeonato não acaba depressa, ainda vamos ter o clube leonino a lutar para não descer de divisão. 
"Os Cinco Violinos" de outrora, devem estar a revolver-se lá no Olimpo dos verde-brancos e a questionarem-se sobre as labaredas deste inferno em que a sua equipa está mergulhada.

04 janeiro, 2013

Banif, a desgraça continua

BANIF recebe injecção de capital de 1.100 Milhões de Euros do Estado português. Mas o estado português somos nós todos e, eu não me lembro de ter metido parte do meu dinheirinho naquele banco.
Mais uma vez, o Governo ajuda os banqueiros, os administradores, os gestores dos meios financeiros, que mais não são que os verdadeiros coveiros do estado caótico a que chegamos, em termos de dívida pública.
Assim é fácil: a coisa começa a descambar, emprestaram dinheiro a quem não deviam (vulgo amigos, afilhados e outros interesses privados) e quando a barca mete água, eis que aparece a benção salvadora que  mais não é que a soma dos nossos impostos. Sacrifícios, cortes cegos, roubos de igreja, tudo nos é imposto em benefício de meia dúzia de chico-espertos. Para quando a coragem de acabar com este estado - miserável - de coisas?
Ah!, para que conste:
Com tal injecção o estado passou a deter 61% do capital do banco;
bizarramente, tal maioria não lhe confere mais que 49,4% do poder de voto. Ou seja, somos maiores para pagar, mas continuarão a ser os privados a decidir para onde irão os nossos dinheiros. 
Isto não é de loucos? Não andam a brincar com todos os portugueses?

Bem-vindo!

2013 aí está!
Novo Ano, novas virtudes, novas esperanças, novo fôlego..., pecados velhos.
Dizem que vai ser complicado, que vai ser um "ai Jesus", que agora é que vão ser elas!
Aguardemos com moderado optimismo e grande dose de esperança, tendo fé que somos capazes de subir montanhas a pique, que no fim nada de terrível acontecerá.
Já agora, Bom Ano a todos!