13 agosto, 2023

Futebol, assim não!

Agora, mais a frio, pois já se passaram alguns dias depois da final da Supertaça disputada entre Benfica e F.C. do Porto, apetece voltar ao jogo e às peripécias nele praticadas, não por serem de enaltecer ou para mais tarde recordar, mas tão-sómente por nos obrigarem a uma reflexão.

No que ao jogo diz respeito, supremacia global dos encarnados sobre os portistas na maior parte da partida, pelo que o resultado verificado se afigura justo e sem margem para contestação.

Já no que concerne ao comportamento cívico, educacional e desportivo dos intervenientes, há muito para lamentar, já que desde os jogadores, às equipas técnicas, passando pelos bancos de suplentes, muito há para corrigir, ou, se não houver emenda, pois então que surjam medidas punitivas deveras efectivas, para bem do desporto, para bem do futebol e para bem da educação que há que passar aos vindouros.

Não querendo personificar ninguém em particular, dois casos há, no entanto, a quem devemos mencionar os respectivos nomes para que do sucedido se possam tirar as devidas ilações: Pepe, o jogador e Sérgio Conceição, o treinador, ambos da equipa portista. A joelhada do primeiro na nádega de um adversário, já com a bola para além das quatro linhas, é deveras lamentável e mereceu o 2º. cartão amarelo e subsequente vermelho pelo que a expulsão é incontestável. 

Assim, não pensou o treinador portista que se insurgiu de forma verbal e gestual com excessiva veemência, pelo que, também ele, levou ordem de expulsão que não acatou de imediato. O inaudito aconteceu! Jamais se tinha visto um qualquer treinador, que antes de o ser, é considerado um líder e um condutor de homens, recusar obedecer a uma ordem de expulsão vinda do juíz da partida. O acontecido, não pode repetir-se nunca mais, sob pêna de, doravante, se poder fazer de um árbitro de futebol uma mera figura, não de um juíz, mas de um mero e vulgar comediante de pacotilha. Haja decência! Haja decôro e haja, de igual forma, maneira de punir severamente estes excessos que em nada dignificam o desporto rei!

Ana Paula G. - o reencontro!

Estamos numa época de reencontros, de regressos, de reaprendizagens... E isto, nada tem a ver com o facto de estarmos em Agosto e dos emigrantes, aos milhares, que nos entram portas adentro.

Não. Este reencontro a que me refiro tem muito mais a ver com a época pós pandemia(?) que vamos vivendo por estes dias.

Quem teve que trabalhar, por absolutamente imperioso, trabalhou e esteve em contacto com quem teve que estar. Quem, na medida do possível, pôde evitar ajuntamentos, multidões, fê-lo com toda a clareza e a certeza de que estava a fazer o que se impunha. 

Vem isto a propósito, pelo facto de termos voltado a visitar e a receber visitas daquela meia dúzia de eleitos que fazem as delícias da nossa vida, sómente desde há 3-4 meses a esta parte. Reganhamos, reconquistamos, recuperamos. Em suma, estamos mais próximos, mais unidos, mais esfusiantes de alegria, pela nova faceta, pelo novo colorido que pudemos dar às nosssas vidas.

Há dias, aconteceu-me mais um desses reencontros... E, foi emotivo, foi sentido, foi de uma alegria contagiante em todos os que no reencontro, acharam que o calor, que a ternura, que o amor de um abraço, pode conter em si mesmo, um mundo completo de sensações que nos inundam de um calorzinho intenso que nos afaga de mansinho. A magia de um abraço pode ser um acto de ternura infindável que nos enche e preenche por dentro e por fora.

Fui com os meus, todos os de casa. Chegamos com expectativa no olhar e fomos recebidos pelo tal abraço pleno de empatia, e pelo amor estampado nos olhos. Foi fenomenal. Foi o tal reencontro, com o passado feito de algumas décadas, que a todos soube bem. Foi como um presente espiritual, como um bálsamo que nos inebriou as entranhas. Abençoados sejam todos aqueles a quem podemos dizer: "gosto muito de ti", só com um olhar.