Mostrar mensagens com a etiqueta turistas. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta turistas. Mostrar todas as mensagens

28 agosto, 2024

Turistas a lambuzarem-se!

Fui à Baixa Portuense e, não fiquei nem minimamente agradado, com tudo aquilo que me foi dado presenciar.

O Porto está na moda, não há dúvida, tantos são os estrangeiros que cirandam de um lado para o outro num frenesim electrizante, que parece não mais ter fim. São em grupos, são em fila indiana, eles estão aos magotes, eles estão aos pares, aos quartetos, à porta dos sítios mais badalados em sites internacionais e nas redes sociais, como sejam o "Majestic" ou a Livraria "Lello", para já não falar de uma tão emblemática "Torre dos Clérigos" ou da magia das nossas pontes "D. Luís I e D. Maria", nascidas da mente privilegiada de Gustave Eiffel, entre todas as outras que as ladeiam. É um rodopiar incessante, é um turbilhão sempre em movimento, por entre um bruá de ruídos nunca dantes vistos, tais são os meios de locomoção propulsionados a motores de combustão e eléctricos sempre em movimento. Confesso, será bom para a economia do País, não digo que não, mas está longe de ser agradável, de ser bonito de se ver, está a "roubar-nos" a paz e sossego de que também necessitamos para usufruir da vida em pleno.

Para além do que acima fica dito, há ainda uma outra questão que veio tornar o nível de vida do vulgar e tão afamado "tripeiro" num verdadeiro calvário. Isto é, a cidade passou a estar à disposição sim, mas dos estrangeiros que vão tomando conta de todas as nossas esplanadas, de todos os nossos restaurantes, de todas as nossas zonas de lazer... É que a ganância humana é de tal ordem, que sítios há em que um simples café custa 5 euros e um croissant com fiambre, ou queijo atinge a módica quantia de 10 euros!... Se a tudo isto, juntarmos o aumento de lixo produzido, então está mais que na hora de assumir com todas as letras que este turismo tão intenso, tão neurótico, não é lá grande espingarda!

13 julho, 2024

Turistas - o bom e a praga

O centro da baixa portuense está pejada de turistas de toda a parte. São brancos, são negros, são hindus, são asiáticos, são brasileiros, espanhois, europeus dos quatro cantos, são norte americanos, canadianos, enfim, são uma salada de culturas, de linguas, de credos religiosos, são diferenças abissais no estilo de vida, meu Deus, são, ou começam a ser, verdadeiramente insuportáveis.

Sobem e descem Santa Catarina, inundam a Ribeira e o lado de lá do Rio Douro, a margem de Gaia, pululam e cirandam por tudo quanto é lado, por vezes em grupos, levados por um guia, em intermináveis filas indianas. Gastam dinheiro e isso é bom para os nossos comerciantes, para a nossa restauração e hotelaria, é bom para e economia do País.

Mas, também nos fazem mal! Fazem barulho, à noite em bares e similares, emborcam até à bebedeira e daí advém borrasca. Geram-se barulhos insuportáveis para quem vive nessas zonas e tem que ir trabalhar no dia a seguir. Fazem lixo, conspurcam o espaço público com tudo o que tiverem à mão, não hesitando em atirar o que quer que seja para o chão. Constatei há dias na Santa Catarina, três adultos a beberricarem cerveja, ou sumos em lata, largaram ostensivamente uma das latas, calcaram-na e pontapearam-na na frente de milhares de transeuntes que, como eu, passeavam àquela hora na referida artéria. Foi com toda esta falta de critério ecológico e com todo o desprezo, para com todos os que cá vivem que aqueles "estranjas" se portaram na nossa terra.

Já entendo melhor o porquê de haver já algumas estâncias balneares espanholas que começam a manifestar estarem cansadas de aturar esta turistada de pé descalço, que embora deixem por cá alguns cobres, vêm dar cabo do sossego e da tranquilidade de quem por cá vive e não quer ver a nossa terra conspurcada por alguns destes turistas de meia tigela.

06 junho, 2016

C.P. - anda por lá alguém distraído

Levei ao comboio esta manhã um familiar chegado que se encontra a trabalhar na região do Alto Douro Vinhateiro.

A estação de embarque foi a de Ermesinde, a hora de embarque 9,27h sendo que a de destino era a Régua. O comboio entra na gare e percebe-se de imediato pela gente amontoada nas plataformas, que as carruagens vêm repletas, a abarrotar de turistas que ocupam os lugares sentados na sua totalidade.

Largas dezenas de passageiros fizeram toda a viagem, que demora cerca de 1 hora e três quartos, em pé, em equilíbrio instável, segurando malas e sacos de viagem com esforço. São Portugueses que estavam de regresso ao trabalho, passageiros habituais daquele comboio e naquele horário.

Que a C.P. tenha vendido a uma agência de viagens todos os lugares sentados de um dos seus comboios com destino à Régua, até pode parecer bom para o País, para o Turismo e para o desenvolvimento da região. Mas, a mesma C.P. que no resto do ano, vive com os que cá estão, com os que vão e vêm todas as semanas para cima e para baixo, não pode, não deve tratá-los desta forma tão pouco cuidada, desta forma tão infeliz no que concerne à consideração, ao respeito e ao dever de prestar um serviço que se exige com um mínimo de dignidade. As dezenas de Portugueses que hoje se viram mal tratados desta maneira, não compraram os seus bilhetes a preço de saldo. Não! Pagaram-nos na íntegra. A C.P. tem que saber, e sabe com certeza, que acabou por vender, por hipótese, 400 bilhetes quando não disponibilizou mais que 300 lugares... Tinha o dever de ter acrescentado uma/duas carruagens mais à composição. Mas, infelizmente, quem por lá tem que tomar decisões, não sabe o que anda a fazer Que vergonha C.P. - Comboios de Portugal!