O centro da baixa portuense está pejada de turistas de toda a parte. São brancos, são negros, são hindus, são asiáticos, são brasileiros, espanhois, europeus dos quatro cantos, são norte americanos, canadianos, enfim, são uma salada de culturas, de linguas, de credos religiosos, são diferenças abissais no estilo de vida, meu Deus, são, ou começam a ser, verdadeiramente insuportáveis.
Sobem e descem Santa Catarina, inundam a Ribeira e o lado de lá do Rio Douro, a margem de Gaia, pululam e cirandam por tudo quanto é lado, por vezes em grupos, levados por um guia, em intermináveis filas indianas. Gastam dinheiro e isso é bom para os nossos comerciantes, para a nossa restauração e hotelaria, é bom para e economia do País.
Mas, também nos fazem mal! Fazem barulho, à noite em bares e similares, emborcam até à bebedeira e daí advém borrasca. Geram-se barulhos insuportáveis para quem vive nessas zonas e tem que ir trabalhar no dia a seguir. Fazem lixo, conspurcam o espaço público com tudo o que tiverem à mão, não hesitando em atirar o que quer que seja para o chão. Constatei há dias na Santa Catarina, três adultos a beberricarem cerveja, ou sumos em lata, largaram ostensivamente uma das latas, calcaram-na e pontapearam-na na frente de milhares de transeuntes que, como eu, passeavam àquela hora na referida artéria. Foi com toda esta falta de critério ecológico e com todo o desprezo, para com todos os que cá vivem que aqueles "estranjas" se portaram na nossa terra.
Já entendo melhor o porquê de haver já algumas estâncias balneares espanholas que começam a manifestar estarem cansadas de aturar esta turistada de pé descalço, que embora deixem por cá alguns cobres, vêm dar cabo do sossego e da tranquilidade de quem por cá vive e não quer ver a nossa terra conspurcada por alguns destes turistas de meia tigela.
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